Capítulo 983
Olivia ficou por um momento embaraçada ao lado das crianças, voltando a si, encontrou o olhar profundo de Daniel.
Ele apenas a encarou com os olhos, sem dizer uma palavra, mas como se estivesse dando uma ordem irresistível.
Olivia, encarando aquele olhar intimidador, sentia–se pressionada e, sem hesitar mais, caminhou silenciosamente até o lugar vazio ao seu lado, sentou–se, pegou os
talheres e começou a tomar o café da manhã.
“Mamãe, eu quero que você nos leve para a escola hoje.” Iria encheu a boca de saliva, fez beicinho e balbuciou as palavras como um peixinho.
“Eu também quero!” Inês levantou a colher que tinha em mãos.
“Eu também gostaria que a mãe nos levasse.” Joel piscava seus olhinhos pretos, com um ar de tristeza.
Olivia, por reflexo, olhou para Daniel ao seu lado, mas viu que ele continuava a comer calmamente, sem intenção de interferir.
Ela entendeu o que ele queria dizer e, respondendo às crianças, disse: “Tudo bem, depois do café, a mãe leva vocês para a escola.”
“Mãe, você tem que vir nos buscar à tarde, eu não quero que o Fábio venha. Sem ver a mãe, eu sinto vontade de chorar.” Iria falava e já começava a sentir o nariz arder, com lágrimas brotando em seus olhos, ela levantou sua mãozinha gordinha e enxugou os olhos.
Aquela expressão de tristeza e fofura fazia o coração de Olivia doer.
Qual é o sentido de recusar o pedido das crianças?
“Tudo bem, a mãe vai buscar vocês na hora de sair da escola. Comam logo, só indo para a escola de barriga cheia é que terão energia.”
Olivia colocou um camarão suculento no prato de cada um.
“É, tenho que comer logo para crescer e ficar alto, e quando for grande vou proteger a mãe.”
Iria, com suas mãozinhas rechonchudas, segurava a colher de forma desajeitada e com habilidade, levava o camarão à boca, fazendo biquinho como um peixinho,
mastigando com prazer.
Era uma graça.
Olivia observava, seu rosto revelando inconscientemente um sorriso cheio de amor maternal, mesmo em seus olhos, esse amor maternal caloroso podia transbordar.
Daniel se virou inadvertidamente e viu Olivia olhando para as crianças com olhos sorridentes e calorosos.
Uma onda de emoção surgiu nos olhos perspicazes de Daniel, e ele fez uma breve pausa segurando os talheres.
Momentos depois, ele voltou ao normal e continuou a tomar o café da manhã tranquilamente.
Após o café, Daniel foi para a empresa de carro.
Olivia chamou as crianças para pegarem suas mochilas e também se preparou para sair.
Fábio iria levá–los de carro, mas Olivia interveio: “Fábio, eu mesma vou levá–los de carro para a escola, um carro pequeno é o suficiente para nós cinco, assim não chama tanta atenção quanto a grande van.”
“Senhorita Souza sabe dirigir?” Fábio perguntou.
“Sei sim, já dirigi antes, não tem problema.” Olivia respondeu.
Vendo que ela estava decidida, Fábio não insistiu mais.
Olivia dirigiu um dos carros pretos da Villa Serenidade, levando os quatro filhos embora.
Heitor sentou–se no banco do passageiro, enquanto os outros três pequenos estavam no banco de trás.
O carro estava equipado com assentos infantis, o que dava segurança e tranquilidade a Olivia.
a caminho do Jardim de Infância Capital, passariam por um parque, e Olivia estacionou o carro nas vagas próximas.
Ela desceu com as crianças e sentaram–se em um banco de frente para o lago..
“Vamos sentar aqui um pouco antes de irmos para a escola“, Olivia sugeriu aos pequenos.
“Sim, eu adoro vir ao parque com a mãe“, disse Iria, radiante, seus olhos brilhantes e cheios de admiração, sorrindo e mostrando suas covinhas.
As crianças eram sempre bem comportadas na presença de Olivia.
Sentada ao lado de Heitor, ela perguntou: “Heitor, se você usar suas habilidades de hacker para invadir um celular ou um computador, você consegue deletar arquivos específicos?”