Capítulo 908
Olivia encarou os olhos negros e gelados de Daniel, e suas pupilas tremeram.
Todo a área da vila de Sete Rios era dele, não apenas esta villa, mas todas as villas estavam sob o controle de Daniel. Ele possuía um poder imenso, não havia nada que ele não pudesse fazer.
“Dói… solte–me…“, a respiração de Olivia estava acelerada, parecia que o osso de seu queixo iria se partir, puxando seus nervos, causando uma dor tão intensa que sua cabeça começou a doer.
“Você ainda sabe o que é dor?” Daniel inclinou seu corpo sobre ela, seu rosto bonito confrontando o dela, o hálito gelado sendo exalado na face dela.
Perigoso, imponente, intimidador.
Esse frio, penetrava os ossos de Olivia.
Olivia, sem entender, suportava a ira dele, mas estava muito nervosa e assustada. “O que eu fiz?”
Ela sentia uma inquietação interior, será que ele sabia que ela havia se encontrado com Rodrigo hoje?
Fora isso, ela não havia mentido para ele.
“Fazendo o quê com Rodrigo? Não vai me contar?” Daniel com uma perna em pé no chão e a outra ajoelhada na beira da cama, sua estatura alta e esbelta se curvando sobre ela, uma aura fria e intimidadora envolvendo Olivia.
À luz suave da lua, seu corpo era tão grande e intimidador.
O corpo de Olivia estava tenso, sob o olhar aterrorizante de Daniel, seu corpo começou a tremer de medo. Ela sabia que ele havia descoberto seu encontro com Rodrigo.
“Hoje eu realmente me encontrei com Rodrigo, conversamos por dez minutos e ele partiu“, admitiu Olivia. Já que Daniel estava ciente do encontro, ela não poderia esconder isso.
“Não me leva em consideração, é?” A aura em torno de Daniel se tornou ainda mais sombria e fria como uma geada, sua face se aproximando ainda mais, quase tocando a dela, a frieza emanando sobre ela, fazendo Olivia tremer.
“Não é isso. Eu realmente só conversei com Rodrigo por alguns minutos, não fizemos nada.”
“Nada? E as pílulas anticoncepcionais que você comprou para tomar? Olivia, você já decidiu não querer os quatro filhos?” A voz baixa e fria de Daniel soava como vinda do inferno, gélida, intimidante.
O coração de Olivia deu um salto, e suas pupilas se contraíram.
Daniel sabia até sobre as pílulas anticoncepcionais que ela havia comprado?
Ele estava vigiando–a?
O medo e o pavor dentro dela cresciam desmedidamente.
Ela entrou em pânico e disse rapidamente: “Você está enganado, como eu poderia fazer tal coisa com Rodrigo? Rodrigo veio até mim apenas para me dar esta mansão, porque Sergio pediu que ele me entregasse. Eu comprei as pílulas anticoncepcionais para carregar comigo, para o caso de você aparecer a qualquer momento, depois eu tomar e não ficar desprotegida como nas últimas vezes, e tenho medo de engravidar. Se eu ficar grávida, você pretende se casar comigo?”
Olivia explicou a situação da mansão sem ocultar nada, era algo que Daniel poderia verificar facilmente, que a propriedade era um legado de Sergio.
Também era verificável que Rodrigo era amigo de Sergio e que ele havia sido instruído a entregar a mansão para ela, o que era compreensível.
Mas Olivia não revelou o verdadeiro propósito das pílulas anticoncepcionais.
Ela não poderia revelar o abuso que sua mãe havia sofrido por parte de Gabriel, temendo que se isso viesse à tona, Teresa pudesse ficar mais traumatizada e pensar em suicídio.
Olivia não podia deixar transparecer nada que pudesse machucar Teresa.
Tendo visto com os próprios olhos Teresa pendurada diante dela, ela não queria reviver aquele terror e desespero uma segunda vez.
Se houvesse uma próxima vez, ela perderia sua mãe.
Por isso ela não ousava falar, pois para Teresa, aquilo era uma vergonha, uma sombra em seu coração.
Se Daniel soubesse, ele certamente confrontaria Teresa, e o dano psicológico que isso causaria a ela era impensável.
“Então, você comprou a pílula para mim?” A voz magnética de Daniel tinha um tom quase provocador, perigoso e opressivo.
No entanto, a força com que ele segurava o queixo dela havia diminuído consideravelmente. A dor na mandíbula diminuiu, e a cabeça dolorida de Olivia de repente se aliviou. Ela respirou com dificuldade e disse com certeza: “Sim, não tenho outro homem além de você. De quem mais eu deveria me cuidar?”
