Capítulo 907
Acontecimentos na Comunidade Lejá permaneciam inaudiveis para o segurança, que só podia relatar as cenas que seus olhos captavam,
Após ouvir o relato do segurança, a expressão do belo rosto de Daniel congelou, e uma aura gélida o envolveu instantaneamente,
Mesmo através do telefone, o segurança podia sentir o peso da atmosfera tensa, tremendo de medo e com o coração apertado, sem coragem de prosseguir.
No entanto, Daniel ainda não tinha desligado.
Sabendo que o Sr. Griera esperava pelo restante da história, o segurança, sob pressão, continuou: “Depois, a Srta, Souza voltou para a mansão e não saiu mais.”
Assim que terminou de falar, a ligação foi encerrada. O segurança enxugou o suor frío da testa, pensando em como o trabalho hoje tão difícil, onde qualquer deslize podería desagradar o Sr. Griera e trazer consequências também para sí.
Daniel tinha um olhar gélido e emanava uma frieza.
Jogando o celular de lado, a mão que segurava a caneta apertou–a com tanta força que se partiu ao meio, espalhando tinta por sobre um monte de papéis e manchando–os de preto.
Após tomar seu remédio, Teresa foi acompanhada por Olivia, que se preocupava com o estado emocional dela, temendo que ficasse sozinha com seus pensamentos perturbadores.
À noite, ela decidiu dormir com Teresa.
Teresa disse a ela: “Olivia, você ainda não tomou banho. Vá se limpar, depois suba para o quarto no segundo andar para dormir, eu estou bem.”
“Já faz tempo que não dormimos juntas, eu queria passar a noite com você hoje,” disse Olivia, balançando de leve o braço de Teresa com um tom afetuoso.
“Eu quero ficar um pouco sozinha, não consigo dormir com você aqui. Vá, seja boa e volte para o seu quarto. Não se preocupe, eu não vou fazer nada tolo novamente,” confortou Teresa, apertando a mão de Olivia.
Olivia temia que Teresa se machucasse novamente, mas ao ouvir sua promessa e ver que seus olhos e expressão estavam normais, ela finalmente relaxou.
“Bem. Se precisar de algo, é só me chamar, bem descanso.” Olivia cedeu.
“Bem descanso, Olivia.”
Sua mãe também precisava de espaço privado.
Olivia saiu do quarto de Teresa, tomou um banho quente e escolheu um quarto no segundo andar perto da escada para se instalar.
Durante a noite, seu sono foi inquieto, entre sonhos e vigília, mantendo–se sempre alerta para qualquer chamado de Teresa.
Ela abriu os olhos sonolenta e viu uma sombra escura ao lado da cama. Sem se preocupar, ela fechou os olhos novamente, pronta para continuar dormindo.
De repente, seu cérebro percebeu algo e ela acordou assustada.
Abriu os olhos e sentou–se, percebendo que a sombra ainda estava lá, tornando–se cada vez mais nítida, como um espectro alto, gelado e sombrio.
Olivia ficou paralisada de medo e se afastou rapidamente.
A sombra se moveu, inclinando–se em sua direção, e uma mão grande agarrou seu queixo com força.
A palma áspera continha uma força inegável.
Uma dor aguda se espalhou pelo queixo de Olivia, torcendo seu rosto enquanto ela instintivamente segurava a mão do homem: “Quem é você?”
“Como assim? Tem outro homem que viria ao seu lado da cama?” A voz baixa e fria soava cortante como o gelo.
Essa voz, profunda e única, desencadeou as memórias de Olivia.
Era Daniel!
Com o nervosismo de Olivia ligeiramente aliviado, o medo rapidamente a tomou novamente. A dor intensa no queixo a lembrava que Daniel estava em um estado de humor muito ruim. “Daniel, por que você veio de repente? Como você tem a chave daqui?” Olivia, aguentando a dor, segurava sua mão com força, tentando fazê–lo relaxar um pouco, pois seu queixo doía muito, causando também uma dor pulsante em suas têmporas.
“Todo a villa nesta área é meu; existe algum lugar onde eu não possa entrar?” Daniel aumentou a força, erguendo o rosto dela para encontrá–lo, e em meio à escuridão, os olhos negros e profundos de Daniel brilhavam com um brilho fantasmagórico, ameaçador como o de uma fera selvagem.
