Capítulo 756
A respiração invasiva de Daniel se aproximava, infiltrando–se nos poros de Olivia, sua respiração desacelerava, o seu coração acelerava.
Ela segurava o contrato com a mão, paralisada no ar.
Aos olhos dela, o reflexo era apenas o rosto severo e anguloso de Daniel, seus olhos negros fixos nela, esperando sua reação.
O silêncio no escritório era tal que Olivia só podia ouvir o som ampliado de sua própria pulsação.
“Devo ser eu a tomar a iniciativa?” Em um instante. Daniel agarrou no seu pulso.
A aspereza do toque fez Olivia se contrair: “Sr. Griera, eu estou aqui apenas representando o Grupo Fontes para discutir uma parceria com o senhor, não quero misturar assuntos pessoais com os profissionais. O que há entre nós dois pode ser discutido à noite. Se não lhe convém agora, posso voltar noutro dia…”
Ela não sabia o que tinha provocado em Daniel, ou talvez o que tinha feito para irritá–lo novamente.
Seu olhar era tão perigoso que parecía capaz de devorá–la a qualquer momento.
Depois de dizer isso, Olivia encarou–o com um olhar repleto de pânico, esperando que ele soltasse sua mão.
Os olhos profundos de Daniel a fitavam com intensidade misteriosa, fazendo com que o coração de Olivia batesse ainda mais desordenado, engolindo em seco nervosamente.
Enquanto ela esperava resignada, como da última vez, ser consumida por ele ali mesmo no escritório, Daniel largou a mão dela e agarrou o contrato dela.
Ele começou a folhear o contrato diante dela.
Os ombros tensos de Olivia relaxaram, e ela suspirou aliviada em silêncio.
Ela estava extremamente nervosa que ele continuasse a pressionar sobre,se a parceria seria com ela ou com o Grupo Fontes.
Ele a soltou subitamente por causa daquela frase sobre discutir a questão entre eles à noite?
Foi de propósito que ela disse isso, para sair da situação embaraçosa em que se encontrava.
Ela não queria mais sentir o pânico e o perigo como da última vez.
Ela tinha sido pressionada contra a porta de vidro do escritório, enquanto Bruno ainda tocava a campainha, aquela sensação intensa, estimulante e assustadora, ela desejou morrer ali mesmo para esconder seu constrangimento.
Mesmo depois de saber que a porta de vidro era do tipo que permite ver de dentro para fora,
Capitulo 756
mas não de fora para dentro, a sombra no seu coração permaneceu densa.
Olivia ergueu os olhos e olhou para Daniel à sua frente, que examinava o contrato rapidamente, mas com atenção, a aura de um astuto empresário estava evidente em cada detalhe,
Ele lia rapidamente, mas cada item era claramente compreendido.
A última página do contrato continha possíveis imprevistos e cláusulas de indenização que poderiam ocorrer durante a parceria.
Se houvesse problemas com a entrega, causando perdas irrecuperáveis, o Grupo Griera tería de compensar de acordo com as exigências do mercado e emitir um pedido público de desculpas.
E havia também fatores de força maior que poderiam levar a perdas, os quais precisaríam ser tratados por meio de negociação entre as partes.
Essas cláusulas eram condições necessárias a serem incluídas no contrato, que geralmente nunca precisariam ser usadas, mas eram incluídas como precaução contra imprevistos.
Era algo normal.
Quase todos os contratos assinados por Daniel continham essas cláusulas preventivas.
Ao final, tanto os motivos para a parceria quanto os lucros eram normais.
Daniel assinou o seu nome na última página e entregou o contrato para ela: “Diga ao Vicente que da próxima vez ele mesmo deve vir para assinar o contrato.”
Olivia agarrou o contrato rapidamente, sua alegria mal disfarçada, e disse apressada: “Claro, eu certamente passarei a mensagem.”
Na verdade, ela também não gostava que o Grupo Fontes a tivesse enviado para negociar com Daniel. Lidar com Daniel em sua vida pessoal já a deixava stressada, e ela realmente não queria ter de enfrentá–lo também no trabalho.
Daniel voltou a se sentar na cadeira de presidente, e Olivia disse respeitosamente: “Sr. Griera, vou me embora, preciso voltar para a empresa.”
Daniel não disse nada, Olivia recuou até a porta e saiu do escritório do presidente.
