Capítulo 748
Logo que Olivia falou, olto pequenos olhos negros se voltaram para a porta. Ao verem Olivia, os seus olhos inocentes brilharam.
A expressão que há pouco estava triste e prestes a chorar, foi instantaneamente substituida pela empolgação.
“Mamãe!”
“Mamãe!”
“Mamãe!”
“Mamãe!”
Os pequenos largaram Fábio e correram em direção a Olivia, balançando suas perninhas curtas e correndo com a determinação de um empresário.
Olivia agachou–se e abriu os braços, pronta para acolher os seus pequenos amores.
Inés, na pressa, tropeçou com o pé esquerdo no direito e caiu de bruços no chão, deslizando um pouco para a frente no piso de mármore liso.
“Inês!” Olivia exclamou com o coração na mão, sentindo uma dor imensa.
“Senhorita!” Fábio também chamou preocupado.
Antes que os adultos pudessem reagir, Inês se apoiou no chão com as mãos e se levantou com um movimento ágil, continuando a correr em direção a Olivia sem hesitar.
Os outros três pequenos chegaram primeiro ao abraço de Olivia, que já estava com as pernas fracas. Com a empolgação das crianças, ela quase caiu para trás com eles.
Um par de braços fortes segurou sua parte de trás, estabilizando–a.
Ela conhecia o calor e a força daquele toque sem precisar de olhar – era Daniel. O coração de Olivia, emocionado, acalmou–se um pouco, e ela segurou firmemente os três pequeninos no colo.
Inês, que chegou um pouco atrasada, não encontrou espaço e, meio confusa, hesitou, mas logo achou um espaço para se aconchegar no abraço de Olivia.
Com uma mão, Olivia abraçava as duas crianças, sem conseguir conter a saudade, beijou primeiro a bochecha rechonchuda de Iria, depois Inês, seguido por Joel e Heitor!
Era como beijar gelatina.
Suaves, macios e com cheirinho de leite que lhe subia à cabeça!
O coração adolescente de Olivia explodia de alegria.
“Mamãe, por que você não veio a casa durante tantos dias? Eu senti tanta falta que não
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consegui nem comer.” Iria murmurou com os lábios emburrados, expressando o seu descontentamento.
“Ai, meu amor, Iria ficou magrinha de fome. Desculpa, mamãe não devia ter ficado tanto tempo sem vos vir visitar. Estive ocupada com trabalho, mas amanhã levo vocês para brincar com a vovó, que tal?” Olivia sentia um caloroso afeto e com carinho beliscou as bochechas redondas
de Iria.
“Oba, oba, estou com tanta saudade da vovó!” Iria dançava de felicidade.
“É, eu também estou com saudade da vovó.” Joel concordou com a cabeça.
“Eu também estou com saudades.” Disse Heitor.
“Eu quero morar com a vovó!” Inês falou, com lágrimas brotando em seus olhos.
Olivia sentiu um misto de tristeza e impotência em seu coração. Ela se levantou e olhou para Daniel procurando aprovação.
Ela não tinha discutido com Daniel sobre levar as crianças para ver a avó no dia seguinte.
Agora, tendo falado isso para as crianças de repente, ela temia que Daniel não concordasse.
Daniel captou o olhar ansioso e incerto dela e disse: “O amanhã resolve–se amanhã.”
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Com isso, ele olhou para Fábio: “Já jantaram?”
“As crianças acabaram de jantar há pouco, vou preparar uma refeição para duas pessoas agora mesmo,” Fábio respondeu imediatamente, mas antes que pudesse sair, ouviu a voz de Daniel.
“Não precisa, leve–os para tomar banho e descansar mais cedo.” Daniel instruiu.
“Sim, senhor.” Fábio assentiu, chamando os empregados para levar as crianças para o banho.
Olivia, por um momento, encontrou–se com o olhar profundo e negro de Daniel e sentiu seu coração parar, rapidamente desviando o olhar: “Iria, Inês, deixem a mamãe ajudar vocês no banho.”
Ela apressou–se em seguir os passos das crianças em direção ao banheiro.
Ficar com Daniel era perigoso, só o olhar dele já era demais para ela.