Capítulo 650
Olívia voltou a si e olhou para a sua mãe.
A mãe tinha passado dois dias na detenção, mas parecia que tinham sido dois anos.
Os cabelos embranqueceram bastante, até o rosto parecia muito mais envelhecido, e o mais importante, a sua antiga confiança, que costumava ser dominante e rodeada de felicidade vibrante, desaparecera.
Era como se tivessem sugado sua energia vital, deixando–a apática.
Uma dor surgiu no coração de Olívia, a alegria trazida pelos filhos não era apenas dela, mas de toda a família.
Os quatro filhos enchiam a casa de vida e agitação, especialmente com Iria, sempre tão animada.
De repente, todos os quatro filhos já não estavam mais em casa, deixando o ambiente ainda mais vazio, e como não se sentir desolada com a ausência de Teresa, que adorava a agitação?
Olívia também estava a sofrer.
Embora tivessem provado a inocência de Teresa e ela tivesse sido libertada, Olívia não sabia se Daniel ainda permitiria que vissem as crianças.
Naquele dia, na família Griera, Daniel, sem piedade, mandou–a embora, dizendo que ela não merecia nenhum dos filhos.
Essas palavras significavam que ela não poderia mais ver as crianças?
Olívia não tinha coragem de perguntar.
Provocá–lo poderia ter consequências terríveis, e hoje ela já tinha sentido isso.
“Mãe, descanse por alguns dias. No sábado, veremos se podemos visitar as crianças“, Olívia consolou.
Teresa concordou com um aceno de cabeça.
No dia seguinte, Olívia foi trabalhar como de costume.
Vicente organizava uma reunião com todos e, a meio, teve que sair.
“Olívia, venha comigo.”
Vicente levou Olívia da sala de reuniões para o escritório e disse com uma expressão séria: “Eu vou ao funeral da avó Griera e preciso de um acompanhante. Se você quiser vir comigo, eu a levarei. Se não quiser, levarei Vitória.”
No dia anterior, ele não tinha sido claro, mandando Olívia falar com Daniel sobre o contrato, e Olívia percebeu as suas intenções e ficou irritada.
1/2
17:02
Capitulo 650
Hoje, ele simplesmente lhe disse a verdade: se ela quisesse ir, iria; se não, não haveria pressão.
O funeral da avó Griera…
Olívia estava muito abalada, há poucos dias avó Griera estava bem, ajudando Daniel, repreendendo o Velho Sr. Griera e olhando carinhosamente para as crianças a brincarem.
Ela sempre quis que Daniel tivesse filhos, para poder ajudar a criá–los, porque adorava crianças.
Ela tinha acabado de se reunir com os pequenos e, em poucos dias, avó Griera faleceu.
Pensando nisso, Olívia sentia um peso no coração.
Embora o Velho Sr. Griera sempre tivesse sido hostil a Olívia, avó Griera sempre foi gentil e
amável com ela.
Olívia também queria se despedir dela.
Olívia respondeu a Vicente: “Eu vou.”
“Ótimo, troque por uma roupa preta e venha comigo“, disse Vicente, antes de se dirigir ao vestiário do escritório para trocar de roupa.
Olívia não tinha roupas pretas prontas, então comprou um conjunto em uma loja no térreo do prédio da empresa e se trocou.
No cemitério.
Muitas pessoas compareceram ao funeral, incluindo amigos do Velho Sr. Griera, amigos de avó Griera em vida, empresários que colaboravam com a família Griera, e famílias nobres que tinham relações com a família Griera, todos estavam presentes.
O céu estava coberto por uma leve chuva. Olivia estava ao lado de Vicente, segurando um guarda–chuva para ele.
Na frente do túmulo, Daniel e o Velho Sr. Griera estavam na linha de frente, Bruno segurava um guarda–chuva para Daniel, e a governanta da Casa Antiga dos Griera para o Velho Sr. Griera.
O Velho Sr. Griera segurava a urna funerária de avó Griera, seu rosto envelhecido estava imerso em tristeza, seus olhos turvos cheios de lágrimas, e sua voz rouca e trêmula dizia: “Luísa, já tínhamos marcado a data para celebrar nosso septuagésimo aniversário de casamento, como você pode ter coragem de partir assim?”
2/2
