Capítulo 584
“Você é um desgraçado!” Teresa chorava enquanto dava um tapa brincalhão no braço de Gabriel.
“Ai…” Gabriel sentiu uma dor aguda e sugou o ar entre os dentes.
“O que foi, não morra, hein? Se for para morrer, que não seja na minha frente.” Teresa ficou desesperada, apesar de suas palavras duras, seus olhos estavam cheios de preocupação.
“Liga para o 911, e me leva para o hospital, senão eu vou mesmo perder a vida.” Gabriel tentava suportar a dor, respirando com dificuldade.
*Tâ, tâ, vou ligar agora mesmo…” Teresa tremia ao pegar o celular e discou para o serviço de emergência.
Olivia foi torturada até altas horas da madrugada e acabou adormecendo de exaustão.
Daniel parou o que estava fazendo e, na escuridão, seus olhos negros brilhavam como os de um animal selvagem, fixos no rosto pálido e frágil de Olivia. Ele apertou os dentes em frustração.
Levantou, pegou um cigarro.
Fumou um cigarro atrás do outro, mas nada acalmava a inquietação em seu coração.
Quando começou a amanhecer, ele se vestiu e saiu.
Quando Olivia acordou, jâ passavam das dez da manhã. Tentou se mover para se levantar, mas a dor era tão intensa quanto se tivesse sido atropelada por um caminhão.
Sentia cada osso do corpo como se mal conseguisse mantê–los no lugar. Cada movimento era uma agonia.
Ela tentou várias vezes se levantar, sem sucesso. Desistiu e ficou deitada, com o rosto enterrado no travesseiro, as lágrimas molhando a fronha.
O que ela fez de errado para merecer tamanha tortura?
Daniel chegou ao escritório.
Bruno the entregou um pacote: “Sr. Griera, sua encomenda, chegou ontem no final do expediente, é um documento lacrado.”
Como Daniel havia saído antes do final do expediente no dia anterior, a entrega não pôde ser feita a tempo.
Um documento lacrado normalmente indicava algo confidencial.
Daniel abriu o envelope e um cartão caiu de dentro.
BUD
Bruno pegou no cartão e colocou–o na mesa de Daniel, era um cartão bancário.
Daniel deu uma olhada rápida no cartão e continuou a tirar os itens do envelope, encontrando uma folha de papel com algo escrito.
Seus olhos escuros percorreram as linhas escritas.
[Eu perguntel sobre o seu número de conta, mas você não me disse, então eu tive que enviar o meu cartão, com o valor completo que você me enviou – Olivia]
Ao ler a nota, os olhos de Daniel escureceram ainda mais e seu ar ficou mais sombrio. Ele olhou para Bruno: “Quando essa encomenda chegou?”
“Ontem a t
tarde, quase na hora de fechar.” Bruno, assustado com a expressão de Daniel, respondeu prontamente.
Daniel franziu as sobrancelhas.
Olhou para o remetente no envelope, que vinha de um local próximo à Comunidade Lejá.
Pelo processo de entrega, o pacote deveria ter sido enviado na manhã anterior.
Ou seja, antes de Daniel ter encontrado Olivia e a família “em flagrante” tentando gastar o dinheiro, Olivia já tinha enviado um bilhão e cem milhões por correio!
Os olhos de Daniel escureceram e ele apertou a nota em sua mão.
No quarto do hotel.
Olivia, chorando, adormeceu novamente.
O som da porta do quarto se abrindo instantaneamente a despertou.
Ela abriu os olhos, olhando para a porta com apreensão, e Daniel entrando.
Olivia estava tensa e alarmada, incapaz de se mover, apenas observava com os olhos, como uma defesa.
As memórias da noite passada, onde ele a tomou sem misericórdia como uma fera selvagem, ainda estavam frescas em sua mente. Seus apelos e explicações foram inúteis.
Ela não queria e não poderia suportar uma segunda vez.
Com o corpo em alerta, ela não queria que ele se aproximasse, mas ele se aproximou da cama com seu corpo, olhando para ela com os olhos baixos: “Onde está doendo?”
