Capítulo 557
Daniel lançou um olhar profundo e sombrio para ela, notando suas bochechas ruborizadas, seus olhos escuros como abismos, enquanto engolia em seco.
Caminhou até o banheiro e fechou a porta atrás de si.
A água do chuveiro caia em um murmurio constante, enquanto o vapor embaçava o vidro fosco, tornando a silhueta em movimento no interior apenas parcialmente visivel.
Embora Olivia estivesse exausta, ela sabia que não podia demorar. As crianças a aguardavam no andar de baixo, ansiosas para brincar com ela.
Ela escolheu um vestido de gola alta do armário para vestir e, após se arrumar, desceu as escadas.
A mesa do jantar, a cena era harmoniosa e calorosa.
Daniel sentava–se a um lado da mesa retangular, impecavelmente trajado em seu terno, al imagem da elegância, como se nada tivesse acontecido.
Comia o café da manhã com movimentos graciosos.
Em frente a ele, sentavam–se quatro pequenos encantadores, os pequeninos comportando–se. bem e comendo quietinhos.
Normalmente, o almoço em casa com os quatro pequenos era um evento animado, com conversas e comida espalhada por toda a mesa.
Mas agora, os pequenos estavam todos quietos, comendo de maneira ordenada e sem distrações, cada um com um guardanapo em volta do pescoço para evitar derramamentos.
Empregados estavam de prontidão ao lado das crianças, prontos para atender a qualquer necessidade.
Olivia observava a cena com uma mistura de tristeza e emoção.
De fato, com o pai deles as crianças tinham as melhores condições e cuidados.
Com ela, os últimos quatro anos haviam sido repletos de tumulto e caos.
“Não importa o quão cruel seja uma pessoa, sempre terá sentimentos pelos filhos.“, pensou Olivia. Daniel deveria ser bom para as crianças, afinal.
Mesmo que ele não gostasse de crianças, eles ainda eram seus parentes de sangue.
“Mamãe, você chegou. Esse camarão está delicioso, vem comer,” a voz doce e infantil de Iria chamou por Olivia, revelando sua natureza de amante da comida. Com os olhos brilhando de alegria, ela segurava o rabo do camarão com suas mãozinhas rechonchudas, mastigando com satisfação, com molho de soja manchando os cantos de sua boca.
Ela parecia um pequeno gatinho manchado, irresistivelmente adorável.
Olivia não pode conter um sorriso e caminhou ate la, analizando a situação antes de se
sentar.
Do outro lado de Daniel, os quatro pequeninos ocupavam os lugares, e não havia mais espaço. Do lado oposto, não havia cadeiras ou talheres postos, apenas ao lado de Dantel havia uma cadeira e um conjunto de talheres vazios.
Era obvio que o lugar ao lado de Daniel era reservado para ela.
No entanto, havia uma aura de perigo invisivel em torno de Daniel, e Olivia não queria sentar–se ao seu lado, pois isso a faria sentir–se constrangida.
Ela queria sentar–se com as crianças, mas não havia espaço ao lado delas,
Após considerar, ela não teve escolha a não ser sentar–se ao lado de Daniel,
“Mamãe, come o camarão,” Heitor, o pequeno cavalheiro, acabara de descascar um camarão e. levantando–se em sua pequena estatura, colocou a carne de camarão na tigela de Olivia.
Ela se inclinou educadamente, sorrindo: “Obrigada, Heitor…”
Ao se inclinar, a abertura de seu decote revelou mais pele do que pretendia.
Heitor, que estava olhando para ela, viu os hematomas em sua pele e sua expressão infantilmente bonita se tornou séria num instante: “Mamãe, o que aconteceu aquí? Você se
machucou?”
Apontando para baixo de seu próprio pescoço com as pequenas mãos, ele perguntou com surpresa e preocupação.
Olivia, surpresa, olhou instintivamente para a direção indicada por ele e viu as marcas deixadas por Daniel. Ela ficou imediatamente constrangida e desconfortável, rapidamente. ajustou sua gola e, com um sorriso forçado e um olhar evasivo, tentou disfarçar seu embaraço: “Não é nada, mamãe se machucou sem querer…”
Dizendo isso, ela lançou um olhar carregado de censura para Daniel.
Tudo culpa dele! Ele havia sido muito descuidado.
Ela tinha feito questão de vestir uma roupa de gola alta e, mesmo assim, as crianças tinham. visto as marcas.
Os olhos escuros de Daniel encontraram os dela, cheios de reclamação.
Capitulo 550
