Capítulo 519
O médico não saiu, seu olhar pousou no rosto dela, hesitou e, ainda assim, falou: “Vejo que essa cicatriz no seu rosto é recente, também pode usar o creme. Cicatrizes novas têm efeito, mas depois de envelhecerem, não terá mais efeito nenhum.”
Olivia se lembrou que Natália havia machucado com um objeto pontiagudo, deixando uma cicatriz que havia sarado, e a casquinha caldo no dia anterior..
Foi somente com o que o médico falou que ela recordou: “Certo, obrigada, doutor.”
O médico brincou: “Você é a familiar de paciente mais educada que já vi.”
Olivia ficou ligeiramente surpresa, e então lembrou que, desde que chegaou, havia agradecido ao médico várias vezes.
“Descansa um pouco, cuidar de quatro crianças também é cansativo,” recomendou o médico. antes de sair do quarto.
Com um sorriso ainda nos lábios, Olivia baixou os cilios levemente, sentindo o coração, que antes estava ansioso e desconfortável, ser curado pela doçura e ternura dos filhos.
Não demorou muito para que Teresa chegasse com duas porções de feijoada e pães com umas bebidas refrescantes para todos.
Ela colocou as coisas de lado, entregou a feijoada para Olivia, dizendo: “Coma alguma coisa. você ainda não comeu nada hoje.”
Olivia respondeu: “Não estou com fome agora, pode comer você. Antes de voltar para casa, eu comi.”
Antes de sair da Vila Serenidade, Daniel a havia feito comer algo à força.
Teresa não insistiu mais, pois estava mesmo com fome, e começou a comer a feijoada com satisfação.
Em pouco tempo, ela terminou de comer, jogou o prato no lixo e disse: “Os pães são para as crianças, assim que acordarem, podem matar a fome. A feijoada não pode esperar, vai esfriar. coma logo.”
Teresa pegou a porção, se aproximando dela.
Olivia olhou para Iria adormecida em seus braços, sem coragem de acordá–la.
A pequena havia chorado por tanto tempo, e com dificuldade havia adormecido.
Ela disse: “Estou com a Iria nos braços, não é prático comer agora, eu espero.”
Teresa, então, levou um pouco da feijoada até a boca de Olivia.
Surpresa e desconfortável, Olivia estava prestes a pegar com as mãos.
Mas Teresa a interrompeu: “Não se mexa, eu te dou de comer, a criança acabou de dormir,
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seria uma pena acordá–la.”
Foi então que Olivia abriu a boca, aceitando a comida que lhe era oferecida.
Embora constrangida, seu coração ficou comovido.
Apesar dos seus vinte e sete anos, diante de Teresa, ela ainda era uma criança.
Quem tem mãe sabe o tesouro que tem.
Daniel chegou na portagem para verificar o trabalho dos policiais na inspeção dos veículos.
Os policiais reportaram a Daniel os veículos que consideravam suspeitos.
Suspeitos, mas que não correspondiam à descrição dada por Daniel, por isso foram liberados.
*Haviam apenas três carros com crianças, um deles com dois filhotes, um de dois anos e outro de cerca de um ano. Outro carro tinha um garoto de oito anos. E havia um terceiro com uma menina de quatro anos, que estava machucada. Os pais estavam apressados para levar ao hospital, e o ferimento parecia sério, então não quisemos atrasar muito.”
Ao ouvir isso, a expressão de Daniel ficou sombria, com uma aura opressiva.
Havia uma menina de quatro anos que se encaixava na idade?