Capítulo 494
O Sr. Batista ficou ligeiramente embaraçado, mas logo superou, mantendo um sorriso amigável no rosto: “Minha senhora, isso não é papel, é um cheque. Basta levá–lo ao banco e sacar o dinheiro.”
Teresa, que detestava ser enganada, respondeu com firmeza: “Eu não sei nada sobre cheques, estou velha demais para essas coisas e não sei sacar. Não quero cheque, quero ser paga em dinheiro vivo ou façam uma transferência bancária.”
O Sr. Batista sorriu, dizendo educadamente: “Infelizmente, não temos essa quantia em dinheiro aqui. Que tal se eu a acompanhar até o banco e lhe mostrar como sacar o dinheiro?”
Depois de pensar um pouco e considerar que estaria acompanhada por ele, Teresa concluíu que, se fosse enganada, poderia simplesmente levá–lo para prestar queixa à polícia. Ela o encarou, certificando–se de que ele não fugiria, e concordou.
O Sr. Batista subiu para informar ao Rayan e logo saiu com Teresa. Em pouco tempo, o banco transferiu três milhões para a conta dela.
Ao ver a confirmação do depósito, Teresa transbordava de alegria.
Ela disse ao Sr. Batista: “O dinheiro caiu na conta, então eu vou indo. Pode voltar para a sua casa.” Teresa, com o celular em mãos, saiu animada.
Mas ela não retornou diretamente para casa e sim deu uma volta pelos condomínios. Ela
queria comprar uma casa.
Sua família de seis pessoas vivia na Capital há três ou quatro anos, sempre alugando casas, mudando–se conforme o local de trabalho de Olivia. Era uma vida nômade.
Esse sentimento lhes dava pouca segurança.
Se comprassem uma casa e se estabelecessem, talvez sua família não fosse mais menosprezada.
Ao menos, Olivia teria mais confiança ao escolher com quem casar.
Mas após dar uma volta e se informar sobre os preços, Teresa foi surpreendida pelo mercado imobiliário exorbitante.
Os três milhões que tinha mal seriam suficientes para comprar um banheiro, que dirá uma
casa.
Ela pensou que três milhões seriam muito dinheiro, mas na hora de gastar, percebeu que não podia comprar nada. Não era de admirar que sua família fosse menosprezada.
Não era de admirar que a família Griera dissesse que Olivia não era digna de se casar com eles.
A realidade bateu forte, e Teresa se sentiu melancólica e angustiada. Ela se culpava por não
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ser capaz de oferecer a Olivia um apoio sólido.
Com os três milhões e um coração pesado, Teresa retornou para casa. Ao chegar, Otávio, do clube de jogos, ligou convidando–a para jogar mahjong, questionando se ela não estava jogando porque sua filha não estava ganhando dinheiro.
Teresa ficou furiosa, odiava que falassem mal de sua filha.
Ela podia criticar sua filha cem, mil vezes, mas não deixaria que outros falassem mal dela nem
uma vez sequer.
Determinada a provar o contrário, Teresa aceitou o desafio de jogar, e jogar alto!
Ela queria mostrar a todos que sua filha tinha, sim, ganhado dinheiro!
Além disso, ela imaginou que sua presença imponente na mesa de jogos, talvez pudesse intimidar os outros jogadores. Se ela ganhasse em termos de presença, certamente ganharia ainda mais dinheiro, enchendo seus bolsos!
Com tanto capital inicial, ela poderia ganhar um pouco a cada dia, e quem sabe, eventualmente, ter o suficiente para comprar uma casa?
Com esse pensamento, Teresa dirigiu–se ao clube de jogos.
Olivia tinha ido cedo para o Grupo Griera, para trabalhar. Era segunda–feira, dia útil.
Ontem, Daniel havia dito que ela deveria fazer hora extra até as sete da noite.
Seu horário de trabalho havia sido inexplicavelmente estendido, e Olivia estava bastante chateada.
Sentada em frente ao computador, digitava no teclado, fazendo o trabalho do dia.
A porta foi tocada duas vezes, e sem tirar os olhos do monitor, Olivia disse desanimada: “Pode entrar.”
Bruno entrou com um sorriso formal no rosto: “Secretária Souza, faça um café e leve para o escritório do presidente.”
Olivia não estava muito a fim de ver Daniel e respondeu com desdém: “Assistente Bruno, você não está com tempo agora? Faça você.”
“Sr. Griera só gosta do café que você faz,” disse Bruno.
“E antes de eu chegar, como é que o Sr. Griera se virava?” perguntou Olivia.
Antes de você chegar, não importava quem preparava a bebida, era tudo igual. Mas depois que você veio, ele só queria o que você preparava. Essa é a sua diferença.