Capítulo 438
Jimena falava mais, e Olivia ficava cada vez mais envergonhada, com o rosto vermelho como uma beterraba. O complicado era que Jimena era muito direta e soltava qualquer coisa que the viesse à mente, sendo uma pessoa de personalidade aberta e direta.
As palavras dela traziam à mente de Olivia imagens involuntárias da noite anterior, quando Daniel a fez passar por poucas e boas.
Com o rosto ainda mais corado e constrangido, ela repreendeu: “Jimena, estou tentando falar sério aqui, você pode parar de brincadeira?”
Olivia se aninhou nela no sofá, rolando um pouco, e então sentou–se, olhando–a com reprovação.
“Está bem, eu paro de rir.” Jimena se sentou, prometendo, comprimindo os lábios na tentativa de segurar o riso, mas não aguentou e riu tanto que seus ombros tremeram. Olivia apenas a observava com um olhar melancólico.
Jimena sabia que estava sendo inadequada rindo daquela forma, mas não conseguia se
conter.
Ela limpou a garganta e, com as mãos, fez um gesto como se estivesse praticando capoeira, inspirando e expirando.
Com algum esforço, conseguiu conter o riso e falou seriamente: “Olha, eu acho que você não saiu perdendo nessa, não tem por que ficar triste.
Pense nisso, aquele homem é o Daniel. Daniel, entendeu? Ele é tão bonito, tem um corpo tão bom. Eu mal posso dormir se eu quisesse. A vida é para ser aproveitada, você conseguiu uma grande vantagem, amiga.”
Jimena deu um tapinha consolador no ombro de Olivia.
“Você quer, é? Pode ficar com ele.” Olivia gesticulou displicentemente.
Jimena ficou sem graça: “Eu me ofereci, mas ele não me quis.”
Olivia cobriu o rosto com as mãos: “Você está perdendo o foco. O que eu quero saber é como ele descobriu que eu não tinha saído de casa e que me encontrei com o Sergio. Eu tinha certeza que tinha feito tudo perfeito. Ele é muito esperto, tenho medo que um dia ele descubra sobre os meus filhos, mas na verdade ele já descobriu.” “Mesmo que ele descubra, não tem problema. Fale com ele sobre a guarda e a pensão alimentícia. Ele é rico, cuidar dos próprios filhos é o mínimo que ele pode fazer, certo? Você não precisa se esforçar tanto.” Jimena sugeriu.
“Eu tenho medo é dele descobrir e querer levar meus filhos embora, me proibindo de vê–los. Ele é autoritário e arrogante, e sabendo que eu sou filha do Gabriel, então, ele me odeia.” Disse Olivia.
Jimena pensou por um momento e concordou com a cabeça: “Verdade, temos que arranjar
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uma maneira de proteger as crianças, sem deixar o Daniel descobrir. Você lutou tanto pra criá–las até agora, não é justo ele chegar e levar.”
“Me ajuda a pensar num plano que seja infalível e discreto.” Olivia sentou–se ao lado dela.
As duas quebraram a cabeça, mas não chegaram a nenhuma conclusão.
De repente, o celular de Jimena tocou. Era Carlos que estava ligando!
Jimena ficou tão animada que mexeu freneticamente nas mãos, deixando o telefone cair duas vezes. Ela respirou fundo, tentando acalmar seus nervos, antes de atender a ligação. Com uma voz suavizada, ela disse: “Alô, como é que você lembrou de me ligar? Tava com saudades?”
“Vai catar coquinho!” Do outro lado da linha, Carlos expressou seu desdém: “Dá pra falar direito, sem ser nojenta?”
Jimena ficou perplexa.
Ela tinha tentado ser gentil e foi criticada por isso.
Ela expirou, segurando o sentimento de injustiça e disse: “Qual é a boa, o que você quer comigo?”
Olivia: “……”
Um segundo antes, ela estava impressionada com a voz sedutora de Jimena, e no próximo, ela estava agindo de maneira vigorosa.
A expressão “velha“, que saiu tão naturalmente, surpreendeu até a Olivia que estava bem ao lado.
Para Carlos, aquela era a Jimena de sempre: “Lembra da última vez no hotel, que eu te fiz um favor?”
“Que hotel, que favor?” Jimena perguntou, irritada e sem entender a situação de imediato.
Então, de repente, lembrou–se e sua voz ficou hesitante: “Ah, aquela vez. Lembro sim, te ajudei a afastar os pretendentes e você me ajudou a despistar o guarda–costas. Concordamos em ficar quites naquela época. Eles haviam acordado que estava tudo resolvido e que não se falariam mais.
Por isso, ela ficou tão surpresa quando Carlos ligou.
“Sem dívidas uma ova! Você me enganou, agora vai ter que se responsabilizar!” A voz irritada de Carlos transparecia sua raiva.
