Capítulo 396
Olivia é colocada na enfermaria.
Sergio a segue.
Olivia está deitada na cama, com a cabeça envolta em gaze, que ainda está escorrendo um líquido vermelho escuro.
Não sei se é jodo esterilizado ou manchas de sangue.
Olhando para Olivia deitada na cama, com o rosto pálido, o coração de Sérgio parecia uma faca, uma pontada de culpa.
“Quando ela vai acordar?” Sérgio perguntou à enfermeira.
“Ela vai acordar logo.” a enfermeira respondeu.
Sérgio se aproximou, parou ao lado da cama, e curvou–se para olhar bem para Olívia.
Seu rosto bonito e de olhos esbugalhados tinha uma brancura não natural, com os lábios descorados e cílios longos que lançavam sombras sobre as pálpebras, criando um tom azulado sob os olhos.
Ela parecia ainda mais frágil e abatida.
Ao ver Sergio, seu coração se apertou e seu coração doeu.
levantou a mão, querendo tocar seu rosto, mas quando seus dedos quase a alcançaram, um misto de amargura, dor e saudade o invadiu.
ele não queria apenas tocar seu rosto, mas abraçá–la fortemente e nunca mais soltá–la.
Ele a amava, com uma paixão que não conhecia limites, que o assombrava em sonhos…
A mão de Sérgio, suspensa no ar, tremeu levemente, pronta para acariciar seu rosto.
de repente, Olívia abriu os olhos, e aqueles olhos brilhantes capturaram imediatamente toda a atenção.
Sérgio parou, sua mão congelou no ar.
“Sérgio.” Olívia o reconheceu, sua voz fraca.
“Estou aqui.” Sérgio rapidamente recuou a mão, fingindo que nada estava prestes a acontecer, ansioso e nervoso, seus olhos calorosos fixos nela: “Como você está? está sentindo algo?”
Olivia balançou a cabeça gentilmente, mas o menor movimento da cabeça a fazia sentir–se pesada e fraca, e ela franziu a testa desconfortavelmente.
Sergio percebeu isso e disse apressadamente: “Você teve uma concussão, melhor não mexer tanto a cabeça.”
Só então Olivia entendeu o motivo de sua dor, sentindo também uma náusea súbita.
1/2
15:29
Ela respirou fundo, diminuiu a velocidade e olhou para Sergio novamente para ver uma grande escoração na metade do rosto dele, sangue vermelho, seco, aderido ao muco amarelo, uma massa de terra e poeira sobre um vermelho fresco da ferida.
Era uma visão chocante.
Obviamente, ainda sem atendimento médico.
“Você se machucou,” disse Olivia preocupada, “vá tratar isso com um médico.”
“Não é nada, só um arranhão,” respondeu Sérgio.
Olivia disse: “Como pode ser só um arranhão se é no rosto? E Se não tratar direito, pode infeccionar e deixar cicatrizes,” disse Olivia, falando sério.
“E dal se ficar uma cicatriz?” Sérgio respondeu, meio desanimado.
“Não fica bem, um homem tão elegante como você com uma cicatriz no rosto, não teme que isso afete sua aparência?” ela perguntou com sinceridade.
Os olhos quentes e feridos de Sergio de repente parecem ver esperança, e ele pergunta: “Você se importa com o valor do meu rosto?”
Sua pergunta era carregada de emoção e franqueza.
Os olhos quentes e ensolarados estão cheios de expectativa e nervosismo.
Olivia fez uma pausa e olhou para ele fixamente.
Depois de um relacionamento de dois anos, ela o conhecia bem.
Sabia que ele ainda tinha esperanças.
Olivia baixou o olhar, desviando–o dele: “Sua família com certeza se importaria, ficariam preocupados.”
“E você?” Sérgio insistiu na pergunta, pois para ele, a preocupação de todos os outros era irrelevante, exceto a dela, que era o que mais prezava no mundo.
Olívia estava em uma situação difícil, sem saber o que responder.
Ela não queria dar–lhe esperanças, sabendo que não havia possibilidade entre eles, não queria que ele continuasse a se iludir.
2/2