Capítulo 291
Teresa, indignada e autoritária, não escondia sua preocupação pela filha Olivia. “Eue empresa é essa que te faz trabalhar até tarde da noite mesmo no fim de semana? Me diz o nome que eu vou lá ter uma conversa séria com o seu chefe!”Nas palavras exasperadas e autoritárias de Teresa, estava a dor que sentia por sua filha Olivia.
Ela só sabia que Olivia tinha deixado o Grupo Griera e que fora atraída por outra empresa com um salário bem mais alto, para uma posição de secretária.
Mas Teresa não fazia ideia de que Olivia tinha voltado a trabalhar para o Grupo Griera.
Consciente disso, Olivia apressou-se em dizer: “Mãe, dinheiro fácil não existe, né? Quanto maior o salário, maior o trampo. É assim que a roda gira.”
Ao ouvir a filha, Teresa compreendeu e, suavizando o tom, suspirou: “É verdade. Bem que você podia arranjar um marido, hein? Quando é que você volta? Hoje é sábado, as crianças estão com saudades.”
“Mamãe, eu quero ir a um bom jantar com a mamãe.” A voz infantil de Iria, cheia de expectativa, veio pelo telefone.
“Eu quero ir ao shopping com a mamãe”, Inês falou com sua voz fofa e cheia de marra.
“Ei, mãe, quem é esse tal de ‘trabalho extra’ que não deixa você vir pra casa? Eu não gosto dele”, Joel falou com entusiasmo.
“Mãe, você já acabou o trabalho? A gente pode ir buscar você”, Heitor disse, mostrando ser compreensivo.
Mesmo Através da tela do celular, Olivia sentiu um calor aconchegante, amada e necessitada por seus quatro pequenos tesouros; ela era realmente muito sortuda.
Todo o Seu ser irradiava calor.
“Logo A mamãe tá aí, se divirtam com a vovó e me esperem, tá bom?” Olivia falou docemente.
“Sim, mamãe”, responderam as crianças quase em uníssono.
“Amo vocês.”
“Nós também te amamos, mamãe”, disseram em coro, com suas vozes suaves e adoráveis que derreteram o coração de Olivia.
“Até mais, meus amores”, ela disse com um sorriso, e desligou o telefone.
“Bang!” A porta do quarto atrás dela foi escancarada com um chute.
O estrondo foi ensurdecedor.
Assustou tanto Olivia que seus ombros tremeram e o celular em sua mão caiu.
Ela se virou para trás em estado de choque e viu Daniel entrando com pernas esguias, caminhando rapidamente, com um frio glacial permeando seu corpo, autoritário e intimidador.
Seu rosto estava sombrio e carregado.
Ao vê-lo, o coração de Olivia falhou uma batida.
“Quem é que você está chamando de ‘amor’?” Daniel, furioso, aproximou-se e apertou o queixo dela, forçando seu rosto para cima.
Seu hálito gelado e furioso a atingiu, e entre dentes ele disse, ardendo em raiva: “Eu estou perguntando, quem é que você está chamando de ‘amor’? Fala!”
Ainda na noite passada, ele havia acabado de lembrá-la de reconhecer quem era seu homem.
Ela concordou rapidamente, mas agora estava ao telefone com outro homem, chamando-o de ‘amor’.
Será que ela era igual à sua mãe, Patricia?
Pensando em sua própria mãe, pensando em seu pai que morreu tragicamente, a raiva no coração de Daniel ficou ainda mais intensa e o fogo em seus olhos antigos cintilou.
A força em sua mão aumentava sem controle.
Olivia sentiu como se seu queixo fosse se partir, lágrimas brotaram de seus olhos enquanto tentava, em vão, afrouxar o aperto dele, dizendo com dificuldade: “Eu… eu estava falando com a minha mãe…”
“Está tentando me enganar?” Naquele momento, a raiva havia tomado conta de Daniel.
“Eu Não estou mentindo”, Olivia insistiu, com dor, o rosto contorcido.
Daniel finalmente soltou o aperto, acenou com a cabeça e pegou o celular do sofá, entregando a ela: “Tudo bem, liga de novo e repete exatamente o que você disse antes!”