Capítulo 177
A sensação quente e firme percorreu de suas mãos até o coração, carregada com uma tensão masculina arrebatadora. O coração de Clivia disparou descontrolado, batendo como uma bola de pingue–pongue, repleto de palpitações, medo e inquietação. Ela temía reviver os eventos de cinco anos atrás.
Incapaz de repeli–lo, Olivia agarrou seus lábios e mordeu com força. “Ah!” Daniel gemeu de dor, soltando–a. Seus lábios estavam inchados e molhados, refletindo um brilho úmido. Os olhos grandes e límpidos dela estavam marejados de lágrimas cintilantes, uma mistura de vulnerabilidade e doçura que o fazia querer protegê–la.
Ao tentar afastar–se, Olivia foi contida pelos braços fortes de Daniel, tornando a ideia de fugir uma fantasia distante. Irritada, ela levantou os olhos furiosos: “Daniel, me solta! Invadir meu quarto no meio da noite e fazer isso comigo, você sabe que é crime!”
Ele levantou a mão, o polegar manchado com sangue fresco do corte em seu lábio. “Ótimo! Você gosta de morder, não é mesmo?” Com um sorriso e uma voz profunda, ele esclareceu: “Esse quarto é meu. Você está na minha cama. Não seria isso que você queria?”
E continuou: “Além disso, foi você que me agarrou, beijando e acariciando.”
Olivia, chocada, arregalou os olhos, compreendendo finalmente seu engano. O que ela tinha abraçado não era seu animal de estimação. mas as pernas de Daniel. Com os olhos cheios de pânico e embaraço, ela tentou soltar–se do aperto.
Com um sorriso forçado, ela tentou desviar o foco: “Eu estava sonhando, não sabia que eram suas pernas… e este quarto, minha avó que me deixou ficar aqui, não sabia que era seu. Vou embora agora, hehe, estou indo…”
Daniel viu através das intenções dela. Ela tentava fugir depois de causar problemas? Ele a segurou com força, dizendo com uma voz grave: “Aonde você pensa que vai? Acendeu o fogo, agora apague. Essa é a lei do mundo, entendeu?”
Enquanto as bochechas de Olivia coravam de vergonha, ela tentou argumentar: “Você nunca ouviu falar que ‘não há nada mais difícil de lidar do que uma mulherzinha‘? Eu sou apenas uma mulher simples, não conheço as regras do seu mundo. Por favor, me deixe ir como se eu fosse um peido.”
Daniel arqueou a sobrancelha, intrigado com a atitude ousada dela. Comparada às herdeiras refinadas, cuja elegância e nobreza eram imitadas, ela era interessante demais.
Ele perguntou, se divertindo: “Então, você é um brutamontes ou uma mulherzinha?”
“Eu sou…” Olivia começou a responder, mas a porta foi aberta abruptamente, interrompendo sua resposta.
