Capítulo 148
Ao ouvir as palavras de Daniel, o coração de Olivia, que já era inocente e aflito, se apertou ainda mais, ansioso.
Se não conseguisse explicar com clareza, ela realmente iria para a cadeia.
Ela entrou em pânico e disse incoerentemente: “Eu não roubei isso, foi a minha vizinha Paula que disse que achou e ia me devolver. Cinco anos atrás, eu Perdi um pingente igualzinho a esse. Todo mundo da vizinhança sabia que eu tinha perdido o pingente. a Paula de repente falou que tinha achado o meu pingente, aí eu voei de volta da Capital, até paguei três mil reais de agrado pra ela, quem diría que o pingente era falso…”
Embora as palavras que ela disse estivessem bagunçadas e desorganizadas, Daniel ainda ouviu o ponto em suas palavras.
Seus olhos negros ficaram cada vez mais frios, penetrando uma onda de suspeita: “Você tá dizendo que perdeu um verdadeiro?”
O policial, que escutava ao lado, não entendia nada da conversa. Afinal, o pingente era mesmo de jade verdadeiro. Essa história de verdadeiro ou falso o deixou confuso.
Olivia assentiu com a cabeça, com os olhos claros, brilhando com lágrimas inocentes, lábios levemente franzidos num gesto de tristeza, ela disse: “Sim, eu perdi um verdadeiro há cinco anos e nunca o encontrei.”
O coração de Daniel acelerou subitamente, e ele a puxou para perto, erguendo o queixo dela com o dedo para que seus olhos se encontrassem.
Seus olhos frios e escuros, severos e sérios, olhavam para ela, sem poupar suas expressões: “O que você perdeu era o pingente da sua prima Sofia?”
Olivia negou com a cabeça: “Não, era meu. foi um homem que me deixou esse pingente. minha prima Sofia morreu afogada quando tinha três ou quatro anos.”
Ao ouvir as palavras dela, a mente de Daniel se encheu de eletricidade, tão excitante, emocionante, ardente e chocante quanto aquela noite chuvosa e estrondosa de cinco anos atrás.
Ele observava os olhos límpidos e cintilantes de Olivia, seu rosto magro e pálido, além dos lábios pequenos e vermelhos como cerejas.
Tudo era tão familiar, tão natural.
Não era à toa que, ao vê–la pela primeira vez, ele sentira uma estranha sensação de conhecimento, como se estivesse gravada em seu sangue.
O perfume dela, o toque suave de sua pele, até a sensação de mordê–lo era exatamente a mesma!
Afinal, ela era a mesma mulher com quem ele havia dormido cinco anos atrás!
Olivia viu o par de olhos escuros dele olhando para ela, parecia haver estrelas cintilando em seus olhos, bem como uma onda de choque inexplicável e profunda emoção.
Olhando para seu coração um pouco em pânico, ela gaguejou: “O que foi, Sr. Griera? Está tudo bem?”
Daniel manteve seu olhar fixo nela, soltou seu queixo e anunciou: “Eu Vou pagar a fiança dela. Sobre a verdade do roubo do pingente, vou trazer provas à delegacia até o final da tarde.”
Essa afirmação era dirigida ao policial, que parecia relutante em aceitar.
Bruno, que estava atrás, mostrou uma identificação ao policial.
Olivia não viu claramente que tipo de documento era, só viu que, depois que o policial viu aquele documento, o rosto dele mudou instantaneamente, e imediatamente se tornou respeitoso e cauteloso.
“Ok, vamos soltá–la agora.”
As algemas de Olivia foram retiradas, ela fez o procedimento necessário e saiu da delegacia acompanhando Daniel.
Era a segunda vez que Ela entrava na delegacia e a segunda vez que Daniel a resgatava.
Embora Em ambas as ocasiões ela tenha sido mal–entendida e injustiçada.
se ninguém tivesse limpado seu nome, com certeza ela teria sido presa.
E nas duas vezes, foi Daniel quem lhe devolveu a inocência.
Ela se sentia ao mesmo tempo grata e injustiçada.
Sentia–se ofendida por ter sido incriminada e acusada injustamente tantas vezes. Ela estava criando quatro filhos e com uma pressão de trabalho já enorme, as injustiças frequentes pesavam ainda mais. Até a pessoa mais otimista e forte teria seus momentos de desânimo e fraqueza.
Foi a aparição de Daniel, Em seu momento mais difícil e vulnerável, que lhe trouxe luz e esperança.
Em um turbilhão de emoções, ela sentia um misto de gratidão e mágoa.
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Capítulo 148
Ela alcançou o ritmo de Daniel, seguiu–o rapidamente ao lado dele, disse: “Sr. Griera, muito obrigada mesmo. A gente mal se conhece e você já tá me dando essa força. Nem sei como agradecer, viu? aquela casa que você construiu pra minha família, quanto custou? Quando eu juntar uma grana, eu prometo que vou te pagar aos pouquinhos.”
Os passos de Daniel pararam abruptamente, e Olivia freou os pés junto com ele.
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