Capítulo 1108
Olivia permanecia imóvel, olhando para o bolso de Daniel, pois o celular dele tocava insistentemente ali.
Daniel recolheu seu olhar perspicaz, retirou o celular do bolso, lançou um olhar ao visor e, com uma quase imperceptível franzida de sobrancelha, estendeu o aparelho para Olivia: “Atende.”
“Eu?” Olivia apontou para si mesma, incrédula.
Era o celular de Daniel, e ele estava pedindo que ela atendesse? A relação deles estava tão intima a ponto de ela poder atender suas ligações sem mais nem menos?
Ele conhecia pessoas que eram magnatas dos negócios ou aristocratas de classe alta. Ela não conhecía ninguém, o que ela diria se atendesse?
Enquanto Olivia hesitava, Daniel a apressou: “Atende logo.”
O celular continuava a tocar em sua mão.
Olivia viu que o celular em sua mão não parava de tocar e vibrar, e se não atendesse logo, a chamada seria desligada automaticamente.
Diante da atitude decidida de Daniel, ela simplesmente pegou o celular de sua mão e só então percebeu que se tratava de uma chamada de vídeo, e não de uma ligação comum.
E O nome que aparecia era Fábio!
Fábio estava fazendo uma chamada de vídeo para Daniel, seriam os pequenos ligando?
No mesmo instante, Olivia entendeu, e seu coração hesitante se encheu de alegria, e ela pressionou o botão para atender.
No vídeo, apareceram os olhos grandes e expressivos de crianças adoráveis, com cílios longos e curvados – e não era apenas uma criança, mas quatro. Quatro pares de olhos grandes preenchiam a tela, e seus cílios longos e encaracolados eram irresistivelmente bonitos.
Qual era a situação? As quatro crianças estavam reunidas em frente ao telefone, olhando ansiosamente para a câmera, como se estivessem esperando ansiosamente por algo?
“Heitor, Joel, Iria, Inês, o que vocês estão fazendo aí? colando os olhos na câmera, estão tentando assustar o pai de vocês?” Olivia falou com Um sorriso nos lábios, e sua voz naturalmente se tornou mais suave e
carinhosa.
Não importava o quanto ela estivesse irritada, ao ver as crianças, toda a sua irritação se dissipava, sendo substituída apenas pelo calor maternal e pela paciência afetuosa.
“Uau, é a mamãe!” exclamou Iria ao ouvir a voz de Olivia, seus olhos se arregalando de surpresa e felicidade, sua voz doce mal conseguindo conter o entusiasmo.
Seus olhos se ampliavam na tela, parecendo ainda maiores, como duas esferas negras e brilhantes.
““É mesmo a mamãe!” Joel também expressou sua surpresa e alegria: “Nossa, o Fábio não estava mentindo, encontrar o papai é encontrar a mamãe.”
Eles haviam ligado para Daniel com o propósito de fazer com que o pai os levasse até a mãe, mas nunca imaginaram que ao ligar para o pai, eles veriam diretamente a mãe, o que foi uma surpresa maravilhosa.
“Mamãe, senti muito a sua falta.” Quando Inês viu sua mãe na tela do celular, não conseguiu conter as lágrimas que brotaram em seus olhos negros e inocentes, com a boca trêmula e os olhos marejados.
A pequena parecia tão triste que partia o coração de quem visse.
Assim que viu Inês prestes a chorar, Olivia imediatamente se sentiu aflita e a consolou, dizendo: “Inês, não
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chore, a mamãe está aqui e a mamãe também sente sua falta…….“.
Nos últimos dias, internada no hospital, ela realmente sentia falta das crianças, mas Daniel não havia levado as crianças para visitá–la. Ela também estava de mal com Daniel e não queria ir para a Villa Serenidade.
Embora ela não estivesse fisicamente na Villa Serenidade, seu coração estava constantemente preocupado com os quatro pequenos.
“Papai é um mentiroso, ele é um grande vilão! Ele disse que se nós fôssemos bons na escola, veríamos a mamãe, e nós fomos bons por vários dias, mas ele não nos levou para ver a mamãe.” Heitor pegou o celular, afastou–o para que todos pudessem ser vistos claramente na tela e, com uma carinha séria, fez sua queixa.
Ouvindo Heitor falar abertamente mal de Daniel, Olivia se assustou e olhou para Daniel com preocupação, temendo que Heitor tivesse irritado Daniel.
No entanto, ela viu que Daniel mantinha uma postura serena e um olhar profundo e pensativo em sua direção.
Olivia lhe deu um sorriso sem graça e disse: “palavras de criança não devem ser levadas a sério, palavras de criança…”
