Capítulo 1043
Olivia acompanhou as crianças e Teresa para o carro.
“Mamãe, estou com tanto calor, quero tomar um sorvete.” O carro tinha acabado de iniciar sua jornada quando Iria, segurando o braço de Olivia com delicadeza, o agitava levemente e expressava seu desejo com um olhar que derretia corações.
País W encontrava–se em plena estação quente, com temperaturas bem mais altas do que no país de origem. Assim que desceram do avião, Olivia sentiu o calor intenso, que tocando a pele, parecia sauna.
Embora o carro tivesse ar–condicionado, o clima abafado e sufocante ainda deixava uma sensação de opressão no peito e sede.
“Eu também quero sorvete, estou com tanto calor,” disse Inês de forma tímida, com seus olhos negros inocentes fixos em Olivia.
“Mamãe, eu também quero, eu quero dois sorvetes,” Joel fez beicinho.
Heitor, até aquele momento estava calado, manifestou–se: “Mamãe, está tão quente, eu quero beber água gelada.”
Olivia olhou para os quatro pequeninos com seus olhares apelativos, sentindo–se preocupada e solidária.
Eram uma da manhã, as crianças haviam dormido um pouco no avião, mas ao desembarcarem e saírem do aeroporto, o clima sufocante de País W era quase insuportável.
Se as crianças não repousassem devidamente e ainda tivessem que suportar esse calor, correriam o risco de sofrer insolação?
A resistência das crianças é mais fraca que a dos adultos, qualquer descuido pode levar a doença. A insolação não é tão simples quanto um resfriado, pode ser fatal a qualquer
momento.
Olivia estava angustiada e preocupada, e falou para Rodrigo, que estava no assento do passageiro: “Podemos parar em algum lugar com lojas para comprar algo gelado para refrescar as crianças?”
O carro era amplo, uma van de sete lugares com Teresa e três crianças atrás, Olivia e Iría no meio, e Rodrigo no passageiro, além do motorista. Havia espaço de sobra, mas mesmo assim o ar continuava pesado.
“Sim, Sr. Melo, vamos comprar alguns sorvetes para as crianças antes de continuarmos. Elas são pequenas e não podem suportar como os adultos,” Teresa também expressou sua preocupação, e acariciou a face vermelha de Joel com calor.
“Há uma loja logo à frente, podemos parar lá. A culpa é minha, por ter decidido às pressas e não ter preparado tudo com antecedência,” Rodrigo estava ciente da vulnerabilidade das
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crianças e sabía que qualquer problema poden ser uma questão de vida ou morte
Ele não pretendia negligenciar a condição fisica das crianças para ganhar alguns minutos
E de fato sentia–se culpado por não ter planejado melhor.
O plano de ajudar Olivia a fugir foi apressado, e Rodrigo só teve tempo de preparar a rota de fuga e alguns aspectos mais importantes, mas não havia pensado nos detalhes.
“Sr. Melo, você já nos ajudou tanto, não precisa se culpar, estamos mais é agradecido, disse Teresa com emoção.
Ela estava verdadeiramente agradecida a Rodrigo do fundo do coração. Sem ele, seria impossível para ela e Olivia levarem as crianças embora tão tranquilamente.
Elas nem conseguiriam sair da Capital, quanto mais do país.
Os meios de transporte que poderiam usar exigíam registro de nome para a compra de bilhetes. Assim que comprassem, Daniel podería imediatamente rastrear suas informações e seguir seu trajeto.
Esse era o motivo pelo qual Olivia aguentava tantas humilhações ao lado de Daniel, mas não conseguia fugir com as crianças.
“Dispense as formalidades, tia,” disse Rodrigo gentilmente.
O carro estacionou na frente de um pequeno supermercado.
Teresa e Olivia saíram do carro com as crianças.
Assim que entraram no supermercado, os quatro pequeninos correram para a geladeira de sorvetes, tentando espiar o interior do freezer, com suas mãozinhas apoiadas na borda e pescoços esticados para ver os sorvetes lá dentro, com olhares ansiosos que eram uma mistura de fofura e compaixão.
“Deixem que eu escolho para vocês,” Olivia se aproximou e abriu a porta da geladeira.