Capítulo 96
Ângela Alves sentiu um arrepio e apressou–se a dizer: “Vamos tomar café da manhã, então não vamos incomodar o Sr. Martins.”
Enzo Alves girou os olhos, puxou uma cadeira e sentou–se. “Mana, ele é teu chefe e também irmão do Elton, por que não comemos todos juntos?”
Ele queria ver o que havia de estranho por trás disso!
Angela Alves suava frio. Esse garoto realmente tinha um jeito de se enturmar, sem cerimônia com ninguém.
“Enzo, nosso grande chefe prefere comer sozinho, em paz.”
Ela puxou a manga de Enzo Alves, mas ele não se mexeu, até abriu o cardápio, pronto para fazer o pedido.
Felipe lançou–lhe um olhar profundo. “Não tem problema, vamos comer juntos.”
Ângela Alves queria se enterrar, sentou–se e lançou um olhar furtivo ao irmão.
Esse moleque só sabia causar confusão!
Elton sentou–se ao lado de Felipe e pediu um café da manhã à francesa. “Desde que nosso pai morreu, nunca mais comemos juntos.”
Felipe tomou um gole de café, em silêncio.
Não havia lembranças agradáveis de comer com ele.
Angela Alves percebeu que o clima estava um tanto estranho e apressou–se em sorrir, tentando suavizar a atmosfera.
“Na verdade, é muito normal irmãos brigarem quando crianças. Eu e Enzo Alves também brigávamos muito. Uma vez, ele estragou meu desenho e me disse que tinha sido o cachorro. Fiquei tão brava que dei nele uma surra, fez ele chorar alto.”
Enzo Alves engasgou–se. Isso realmente tinha acontecido? Ele não se lembrava.
Ele sorriu, sem querer desmentir. “Não se engane com a aparência delicada da minha irmã, como se fosse uma fada. Na verdade, desde pequena ela é muito valente, e quando briga, não tem piedade.”
Elton olhou para Ángela Alves, com um brilho terno nos olhos. “Sua irmã é mesmo corajosa.
Aquele mendigo que tinha tentado abusar dela na estação de metro acabou em estado vegetativo depois de um confronto com ela.
Ela era diferente das outras mulheres, que rapidamente o entediavam. Ela sempre tinha algo que o atrala profundamente.
A frieza nos olhos de Felipe crescia silenciosamente, a atenção de Elton sobre ela fazia com
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que ele sentisse um impeto violento.
Ângela Alves fez uma careta. “As meninas precisam aprender a se proteger e não deixar ninguém tirar vantagem.”
Enquanto falava, ela lançou um olhar furtivo para Felipe.
Ele olhou para ela naquele mesmo instante, e por um breve momento, seus olhares se encontraram no ar, gerando faiscas.
Felipe endureceu o olhar, com uma frieza palpável. Ela se sentiu congelada, encolheu o pescoço e rapidamente desviou o olhar, baixando a cabeça para tomar um gole de leite quente.
Felipe tocou inconscientemente a ferida no canto da boca, uma lembrança da mordida da “pequena cadela” do dia anterior.
Ela era afiada e eloquente!
Enzo Alves percebeu algo e de repente lembrou–se da boca inchada e ensanguentada de sua irmā na noite anterior.
Será que…
Um brilho astuto passou por seus olhos.
Parecia que a cena de ontem não tinha sido uma ilusão!
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Ele tomou um gole de iogurte e sorriu maliciosamente: “Outro dia, no Clube Musa, vi o Sr. Martins com duas namoradas trocando ciúmes. Como é que hoje não as trouxe e está de férias sozinho?*
Ångela Alves engasgou–se e cobriu a boca, tossindo baixinho várias vezes.
“Enzo, não fale asneiras.”
Ela virou–se rapidamente e sorriu desculpando–se para Felipe. “Sr. Martins, meu irmão ainda é jovem e não sabe o que diz, não leve a mal.”
Felipe percebeu a hostilidade na voz de Enzo Alves, pousou o garfo e a faca e olhou–o severamente. “Com qual olho você viu que elas eram minhas namoradas?”
Enzo Alves fez uma careta. “Vi com os dois olhos. Elas chegaram até a brigar, se não fossem suas namoradas, por que agiriam assim?”
“Elas não me interessam!” respondeu Felipe secamente, com um tom sério e frio.
“Espero que você não esteja interessado na minha irma, porque ela é sua futura cunhada.”
Enzo Alves torceu a boca, prestes a dizer algo mais, mas Ângela Alves o silenciou com um pedaço de torresmo. “Come logo, temos que ir para o set de filmagem daqui a pouco.”
Esse moleque, por que está tão estranho hoje? Parece que não está agindo como sempre.
