Capítulo 726
Na manhã seguinte, Galeno fol cedo para a mansão de Ramalho, e cada um pós seus fones de ouvido e o broche de Tigrezinho.
“Nilo, você consegue ver alguma coisa?”
“Consigo.” – A voz de Nilo vinha pelo fone.
O broche de Tigrezinho tinha uma função de zoom de duzentas vezes, capaz de monitorar os acontecimentos num raio de vários quilômetros.
Ramalho sorriu: “Galeno, seu irmão também é muito inteligente, assim como nós… inteligente“.
Galeno sorriu maliciosamente: “Dizem que o semelhante atrai o semelhante, não é mesmo? Pessoas inteligentes sempre se juntam“.
Galeno também colocou um anel de prata. Zito era alérgico a prata, um arranhão em sua pele sería o suficiente para identificá–lo. Ele era apenas uma criança, o contato casual com o anel era muito difícil.
Ele era apenas uma–criança, um contato casual não levantaria suspeitas.
Os dois foram primeiro a uma padaria.
Como não era fim de semana, o lugar não estava muito cheio, mas algumas pessoas entravam de vez em quando.
“Tio, o Zito se disfarçaria de garota?” – Galeno perguntou em um sussurro.
“Talvez.” – Ramalho assentiu com a cabeça.
“Ele é alto?”
“Um pouco mais baixo do que eu. Eu tenho 186 cm, ele deve ter 183 cm.” – Ramalho respondeu.
Galeno coçou o queixo: “Então ele provavelmente não se vestiria de mulher. Uma mulher tão alta chamaria muita atenção“.
Naquele momento, quase todas as pessoas que entravam e saíam da padaría eram meninas, que geralmente gostam mais de doces.
Elas decidiram ir para a praça.
Havia mais pessoas lá, o que tornava mais fácil se esconder. Era bem possível que Zito aparecesse.
Elas fingiram brincar enquanto observavam o ambiente.
Mas todos pareciam normais e não havia ninguém que se destacasse.
Galeno suspirou: “Tio; talvez tenhamos subestimado Zito. Pode ser que ele não esteja sempre nos seguindo, mas apenas aparecendo aleatoriamente.”
Ramalho disse em voz baixa: “Ou talvez durante nossas férias… foi quando ele nos seguiu. Ou talvez não seja ele mesmo, mas alguém que ele manda… me seguir. Ele tem muitos… muitos subordinados, e todos obedecem às suas ordens. Se alguém desobedece, é picado por… insetos venenosos, como aconteceu comigo.”
Galeno ficou indignado: “Zito não age como seu irmão de verdade, ele é muito mau, como os valentões da escola que costumavam incomodá–lo. Olhe para mim e para Nilo, somos muito próximos, ele nunca
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me maltratou e eu também nunca o maltrataria.”
Ramalho concordava, sempre tinha que obedecer a Zito, que se não o fizesse, o ameaçava com insetos venenosos ou o envenenava, deixando–o tonto, com dores de cabeça e estômago.
A tia nunca falava mal de Zito, sempre o elogiava e o chamava de esperto, enquanto criticava Ramalho por ser bobo e desobediente. Ele até começava a suspeitar que Zito era o filho dela.
“É por isso que não quero mais voltar para Cidade Estrela. Se voltar, vou ser maltratado por Zito e pela tia, Ε e meus pais não acreditam em mim, pensam que estou doente, que me machuco sozinho.”
Galeno deu um tapinha em seu ombro: “Fica tranquilo, tio. Tio Felipe já providenciou sua residência permanente. De agora em diante, esta é sua casa, e nós somos sua família. Ninguém mais vai maltratá–lo. Nós acreditamos em você, não a bisavó. Estou começando a achar que ela também faz parte dos bandidos, ela e Zito devem estar escondendo algum tipo de conspiração.”
Ele fez uma pausa e continuou: “Se conseguirmos pegar o Zito, as mentiras da sua tía serão desmascaradas e ninguém mais acreditará nela.”
Ramalho concordou vigorosamente: “Você está certo, tenho que descobrir onde está o Zito.”
Galeno ficou em silêncio por um momento, pensando: “Tio, tenho a impressão de que tia e Zito têm algum relacionamento secreto com Leila. Se não, por que eles se preocupariam com o fato de ela ter sido envenenada? Por que eles o pressionariam para obter um antídoto?”