Capítulo 723
Ramalho também não entendia, nunca antes tinha falhado.
Talvez seja por causa do… bebê que ela está carregando. Ele não cometeu nenhum crime, então, se Zorro punir Leila, o bebê que ela está esperando vai… morrer também.”
Essa explicação parecia fazer sentido e ser razoável.
Galeno suspirou: “Então, tudo o que podemos fazer é esperar que ela tenha o bebê e depois marcá–la com o Selo da Morte“.
Ele não queria de jeito nenhum que o filho daquela megera se tornasse seu irmão ou irmã, e Nilo certamente também não queria.
Foi então que Nilo chamou: “Galeno, hoje minha mãe vai visitar a Mansão Martins, você quer vir conosco?”
“Claro.” – Galeno assentiu; assim que terminasse de aprender hipnose com seu primo, ele iria ao encontro de Nilo.
Ramalho levou Galeno ao escritório para começar sua aula, quando seu celular vibrou, era uma mensagem.
[Ramalho, seu Selo da Morte falhou ontem?]
Ramalho estremeceu, [Como você sabe?]
[Eu sei de tudo sobre você, irmão. Porque você não ouviu o irmão, Zorro ficou bravo, e foi por isso que o selo falhou. ] Ramalho inchou as bochechas, [Leila é uma grande vila, assim que ela tiver o bebê, Zorro vai castigá–la com certeza. ]
[Quem é vilão, o irmão decide.]
Ramalho ficou furioso, pôs as mãos na cintura e olhou furiosamente para o celular: “Zito também é um vilão, eu odeio Zito.”
Galeno leu a mensagem e lhe deu um tapinha no ombro: “Primo, é melhor confiar em nós mesmos do que nos outros. Se o Zorro não a punir, faremos justiça com nossas próprias mãos, como fizemos antes.”
Ramalho assentiu vigorosamente: “Certo, como mensageiros da justiça, não podemos deixar a Leila escapar!”
Naquela tarde, Ângela foi buscar Galeno e o levou para a mansão dos Martins.
Galeno decidiu compartilhar um segredo com Nilo, com a permissão do primo.
Depois de fechar a porta do quarto, ele fez um gesto silencioso: “Nilo, vou contar um segredo para você, mas você tem que jurar que não vai contar para ninguém, nem para o tio Felipe e nem para a mamãe“.
“Prometo que não vou contar.” – Nilo assentiu seriamente com a cabeça.
Galeno tirou o selo do bolso: “Nilo, você sabe o que é isso?”
“Um selo.” – Nilo respondeu.
Galeno sorriu misteriosamente: “Isso não é um selo qualquer, é o Selo da Morte do Zorro.”
Nilo tremeu um pouco: “Selo da Morte?”
“Sim.” – Galeno sussurrou em seu ouvido: “Se alguém te incomodar, é só marcar a pessoa com este selo e o Zorro enviará a Morte para levá–la.”
Nilo arregalou os olhos: “Isso parece com o Death Note, será que alguém realmente pode ser levado?”
“Sim, quando seu primo sofreu bullying na escola, ele marcou todos os valentões com o Selo do Zorro, e eles foram levados pela Morte.” – Galeno continuou: “Eu também o usei. Nas últimas férias, quando dois meninos malvados estavam intimidando um menino mais novo, eu os marquei com o Selo do Zorro e eles acabaram brigando e ficando com o rosto todo machucado.”
Nilo ficou atônito, pois nunca tinha ouvido falar de algo tão incrível.
Ele pegou o selo e o examinou de perto, parecia ser um selo comum, sem nada de especial.
“Será que coisas como essa realmente acontecem no mundo real?”
Galeno suspirou: “Mas ultimamente não está funcionando.”
“Por quê?” – Nilo perguntou rapidamente.
Galeno explicou: “Antes de ontem, tentamos usá–lo em Leila, mas ela continuou bem, Zorro não a castigou. O primo recebeu uma mensagem do irmão Zito, dizendo que como o primo não o ouviu, o Selo do Zorro falhou.”
Capítulo 724
Nilo disse 0 Zito também sabe da história do selo do zono?
R
O selo do Zomo foi o zito que deu para o nosso primo, são dois no total, ele me deu um. – Galeno explicou.
Nilo alisou o queixo, pensativo, e após um breve momento, seus olhos brilharam: “Entendi, na verdade não existe Zorro, foi o Zito que se disfarçou. Depois que o primo marcou os bandidos com o selo, Zito se passou por Zorro e os castigou em segredo.
Geleno achava que sua análise fazia sentido.
Para ser sincero, ele realmente queria que o Zorro existisse de verdade.
Embora fosse um gênio, ele ainda era uma criança e, como todo mundo, era cheio de fantasias.
E ele esperava que essas fantasias se tornassem realidade.
“Seria ótimo se o Zorro realmente existisse.”
Nilo somriu: “Nós também podemos ser o Zorro, e há o Batman, o Homem–Aranha, o Homem de Ferro…”
Galeno fez beicinho: “Mas nós não temos superpoderes“.
“O Batman também não tem superpoderes, ele usa armas de alta tecnologia, eu posso inventá–las.” – Nilo falou com convicção.
“Eu também posso.” – Galeno somriu e, se não estava enganado, Zito deve ter hipnotizado aquelas pessoas, criando a ilusão de suicidios ou acidentes. Quando dominasse a hipnose, ele poderia, como Zito, hipnotizar os bandidos a qualquer hora e lugar e puni–los.
Em outra sala.
Felipe serviu dois copos de suco, entregando um para Ângela: “Leila provavelmente não nos incomodará por um tempo“. Ângela não tinha tanta certeza: “É melhor não contar com isso ainda“.
Conhecendo Leila, mesmo desfigurada e sem coragem de se mostrar, ela continuaria a persegui–lo.
“Posso lhe perguntar uma coisa?”
“O que é?” – Ele arqueou uma sobrancelha.
“Eu deveria ter tomado a última dose do antibiótico agora, mas o médico subitamente estendeu o tratamento, pedindo que eu continuasse por mais três meses. Você sabe por quê?”
Ela perguntou casualmente, como se fosse uma pergunta trivial.
Felipe acariciou sua cabeça, tentando manter a calma: “O médico deve ter seus motivos, seguir as orientações dele é o correto.”
Ângela o encarou com um olhar afiado e profundo: “Você pode me dizer a verdade? Os bacteriófagos estão em falta, por isso a dose foi reduzida?”
Felipe passou o braço em volta dos ombros dela: “Não se preocupe, o instituto de pesquisa vai logo desenvolver novos bacteriófagos.” Ângela franziu a testa: “Os bacteriófagos realmente são desenvolvidos pelo instituto?”
Se o instituto podia desenvolver bacteriófagos, por que ele teria procurado Ramalho sobre o assunto?
O coração de Felipe deu um salto, ela teria adivinhado alguma coisa?
“O que mais poderia ser?”
Ele tentou manter sua voz ainda mais calma do que o normal, para que ela não percebesse nada de errado.
Mas Ângela não conseguia se acalmar; uma sensação de desconforto se espalhou por seu coração como nuvens escuras.
“Felipe, você realmente não mentiu para mim?”
Felipe a abraçou, com o coração apertado: “Não pense em bobagens, isso não é bom para a sua saúde..
Ângela suspirou levemente: “Talvez eu esteja pensando demais. Certamente você não faria um acordo com Leila, não trocaria o bacteriófago por um divórcio ao se casar com ela. Estou me valorizando demais, não sou tão importante assim para você sacrificar sua dignidade.”
Felipe engasgou com a declaração, inicialmente nervoso, mas agora um tanto divertido.
“Claro que não, eu faria isso? Será que sou tão bobo assim?”
“Não é, você é muito mais inteligente do que eu.” – Ela mostrou um semblante triste, seus longos cílios caindo sobre as pálpebras pálidas, lançando uma sombra de lágrimas.
“Se eu não tivesse sido descuidada, não teria sido envenenada e não precisaria dessa injeção mensal de bacteriófagos que ameaça a
