Capítulo 719
Ramalho estava se tomando cada vez mais desobediente e até teve a audacia de mentir para seu irmão, que ficon furioso e decidin punilo.
Com as bochechas infladas, Ramalho protestou: ‘Eu sou bom, é o men imão que não é, ele é que é o vilão!”
Ele jamais entregaria o antidoto a Zito, aquela era sua criação exclusiva.
Durante todo o dia ele cuidou meticulosamente do seu Lira e Bebe para protege to das criaturas venenosas de Zito.
Na manhã seguinte, quando viu que o Lira e Bebe estava ileso dentro da rede de proteção, ele respirou aliviado.
Ele estava se preparando para fazer sua higiene matinal e tomar o café da manhã quando um segurança entrou “Estamos.com problemas, St. Ramalho, uma praga invadiu o jardim e devorou todas as flores durante a noite“.
Um espasmo de pânico percorreu o coração de Ramalho enquanto ele descia as escadas correndo.
O jardim estava desolado.
As folhas, antes exuberantes, tinham sido devoradas, restando apenas os caules nus.
Ao redor dos canteiros de flores, havia inúmeros corpos de pequenas mariposas, um espetáculo horrível.
Os guardas da noite eram Martin, Rolando e Jason.
Rolando relembrou: “Ao amanhecer, vi muitas mariposas estranhas ao redor dos postes de luz e chamei Martim para borrifá–las com inseticida. As mariposas desapareceram e apagamos as luzes para não atrair mais. Elas deviam estar mortas, como poderiam ter comido as flores?”
Ramalho estava desolado, com lágrimas nos olhos.
Ele tinha plantado aquelas flores com as próprias mãos; eram suas amigas.
Com uma pinça, ele examinou um dos corpos das mariposas.
“Era uma espécie mutante de mariposa noturna, bem menor que o normal… O inseticida comum não as mata, só as atordoa. Mas elas têm uma vida curta, sobrevivem apenas um dia. Depois de saírem dos casulos, entram em uma fase de alimentação voraz e se reproduzem loucamente.”
Martim estava chocado: “Então, deve haver ovos dessas criaturas por todo o jardim?”
Ramalho assentiu, ele precisava preparar uma solução que as exterminasse antes que outras plantas fossem danificadas.
Ângela e Felipe chegaram rapidamente com Galeno.
“Primo, foi o Zito que fez isso?”
Ramalho confirmou com um aceno de cabeça, as lágrimas rolando como pérolas.
“Ele estava com raiva porque eu não lhe dei o antídoto e machucou minhas flores para me castigar. Sempre que eu me recusava a obedecer, Zito me castigava. Minha tia nunca me ajudou e até disse aos meus pais que eu estava doente e me machucando.”
Ângela e Felipe trocaram olhares. Zito claramente não era a segunda personalidade de Ramalho, mas uma pessoa real.
Íris estava encobrindo a existência de Zito.
Nem mesmo as tigresas maltratam seus filhotes; Íris era mais cruel do que uma delas.
Galeno abraçou Ramalho, emocionado: “Primo, sua tia e o Zito são muito ruins. Mamãe e tio Felipe vão protegê–lo e fazer com que eles fiquem longe para que nunca mais o machuquem.”
Os olhos de Ângela escureceram com determinação.
Zito e Íris estavam se esforçando tanto para obter o antídoto para Leila, o que significava que ela ainda era útil para eles.
Caso contrário, já a teriam abandonado.
Felipe reforçou a segurança e instalou câmeras de vigilância em um raio de cinco quilômetros ao redor da vila, garantindo que nenhum membro da AK se aproximasse sem ser detectado.
Ramalho cerrou os punhos com determinação: “A partir de hoje, a guerra contra Zito começa oficialmente.”
Galeno expressou sua preocupação: “Primo, você está em campo aberto e Zito está nas sombras. Como você vai lutar contra ele sem nem mesmo saber como ele é?”