Capítulo 678
Ramalho mostrou a lingua para ela e disse: “Você é muito ruim no jogo de cartas, hein?”
Bárbara ficou vermelha de vergonha e respondeu: “Desculpa, Senhor, eu vou estudar e melhorar meu jogo.”
A patroa havia pedido que ela acompanhasse o senhor para fazê–lo feliz e, se por acaso ele se afeiçoasse a ela, Bárbara poderia deixar para trás seu emprego mal remunerado como assistente.
Felipe deu um tapinha no ombro de Ramalho e brincou: “Primo, não é que ela seja ruim, é que nós somos demais. Ainda não nasceu ninguém que possa nos vencer“.
“É verdade” – riu Ramalho, coçando a cabeça.
Bárbara, ansiosa para não decepcionar Ramalho, disse rapidamente: “Senhor, eu também sei jogar Lobisomem, Quem é o Espião e outros jogos de adivinhação e mímica…”
Ramalho voltou a dar a lingua e provocou: “De qualquer forma, você não pode me vencer. Eu prefiro brincar com… com o Galeno. Não gosto de jogar com meninas, elas choram quando perdem“.
Bárbara se apressou em dizer: “Eu não vou chorar, prometo“.
Ramalho tirou um pirulito do bolso e o ofereceu a ela: “Aqui, um doce para você“.
“Obrigada, senhor.” – Bárbara pegou o pirulito com alegria.
Ramalho perguntou: “Há quanto tempo você está com… com a minha tia? Eu nunca a vi
antes”
Bárbara levantou um dedo: “Um més“.
“Só um mês?” – Ramalho murmurou, baixando a voz: “E você viu meu irmão Zito? Ele veio
com a tia dele?”
Bárbara ficou surpresa: “Quem é Zito? Você tem um irmão?”
Felipe entrou na conversa: “Quantas pessoas vieram com você?”
“Além de mim, mais cinco. Eles estão no hotel” – Bárbara respondeu honestamente.
“E um médico também veio?”
Bárbara assentiu: “Sim, o Dr. Tommy.”
Felipe coçou o queixo pensativo. Se suas suposições estavam corretas, Bárbara não era subordinada da ‘pequena tia‘, mas sim uma namorada em potencial para o primo. Ela com certeza não sabia dos segredos da ‘pequena tia‘ e Zito.
“Isso é bom. Se a ‘pequena tia‘ tiver algum problema de saúde, você deve nos avisar
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Imediatamente.
“Certo.” – Bárbara concordou com um aceno.
Naquela tarde, Iris desceu as escadas.
“Ramalho, já faz um tempo que a tia veio para a Cidade Mar, as coisas mudaram por aqui, não é? Amanhã você me leva para passear?“– ela perguntou.
Ramalho fez uma cara de pouco amigável: “Amanhã é fim de semana, já fiz planos com o Galeno para sairmos de férias. Está tudo combinado“.
“A Bárbara pode vir conosco? É a primeira vez dela em Ciudad Mar, e ela quer conhecer o lugar também” – sugeriu Iris.
“Ah?” – Ramalho coçou a cabeça, visivelmente desconfortável com a ideia de levar um estranho para o passeio, e ele tinha certeza de que Galeno não o queria junto.
Bárbara olhou para ele suplicante: “Senhor, eu posso cozinhar para o senhor, sei fazer muitas coisas gostosas“.
Felipe sorriu levemente e disse: “Se a ‘tiazinha‘ estiver bem, ela pode vir conosco. E podemos aproveitar a oportunidade para experimentar o pombo no espeto do Luminous Restaurant“.
“Perfeito” – concordou Íris com entusiasmo: “Não tenho comido muito fora ultimamente, mas sinto muita falta do pombo no espeto do Cidade Mar. Quando eu costumava vir aqui, comia um todo dia. Eles são assados até ficarem crocantes por fora e macios por dentro, uma iguaria que me faz salivar só de pensar“.
Ramalho baixou a cabeça, chupando o pirulito com desanimo.
Com sua tia por perto, certamente não seria tão divertido.
E talvez Zito resolvesse fazer uma aparição surpresa também.
Com esse pensamento, ele sentiu um calafrio.
No dia seguinte, assim que o carro de Felipe chegou, Galeno correu animado com sua mochila para entrar no veículo, sentando–se ao lado de Ramalho.
“Tio, eu trouxe o jogo de tabuleiro de detetive, a gente pode jogar juntos.”
Ramalho fez uma careta: “Minha tia também vai chegar, com certeza não vamos nos
divertir tanto.”