Capítulo 614
Leila começou a suspeitar que nos últimos dias tinha sido iluminada por uma luz. celestial, como se tivesse sido abençoada.
Nesse momento, um aroma irresistível vinha da cozinha do barco.
Vitória reconheceu imediatamente o cheiro de enguia assada, lambeu os lábios e se levantou num salto: “Vamos, vamos, vamos comer enguia assada. E não é que o tempero da cebolinha faz toda a diferença? O sabor está divino.”
Leila ficou sem palavras.
Parece que ela também estava com fome.
Em plena luz do dia, com todos os olhares voltados para ela, Ângela certamente não teria se atrevido a lhe dar um remédio para aborto. Não havia motivo para recusar, era como se ela fosse uma empregada servindo a patroa.
Angela assou a enguia, regou–a com um molho secreto, e o aroma sedutor se espalhou por todo o barco, fazendo até mesmo os seguranças salivarem.
Ela também preparou uma grande panela de sopa de peixe, que, misturada ao arroz, estava incrivelmente saborosa.
Ramalho comeu com tanto gosto que foi um prazer observá–lo.
“Eu não quero mais voltar para Cidade Estrela, quero ficar… ficar em Cidade Mar, paral sempre estar com Galeno, Anjo e meu primo.”
Felipe sorriu: “Claro, depois que a vovó comemorar seu nonagésimo aniversário, você volta com a gente.”
Na visão dele, deixar Ramalho em Cidade Mar, sob sua vigilância, não só atrairia Zito como também evitaria que ele fosse manipulado pela tia pequena, matando dois coelhos com uma cajadada só.
“Isso é ótimo.” – Ramalho gritou de excitação.
Ele não gostava de Cidade Estrela, não queria ver a tia nem Zito. Aqui ele tinha bons amigos como Galeno, Anjo e o primo, ninguém ria de sua gagueira ou o chamava de burro.
Galeno também estava contente, ele queria que o tio ficasse em Cidade Mar para sempre, assim poderia aprender muito com ele.
Angela serviu uma tigela de sopa para Ramalho, sabendo que ele provavelmente não recebia muito carinho em casa, mas era alguém que ansiava por isso mais do que qualquer outro.
Ramalho tomou um gole e saboreou: “Está deliciosa.”
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Angela sorriu levemente: “Se você gostou, tome mais um pouco.”
De repente, um pensamento surgiu em seu coração: talvez o único que pudesse realmente derrotar Zito e acabar com AK fosse Ramalho.
Afinal de contas, ele era a pessoa que melhor conhecia o Zito neste mundo.
Leila foi a que menos gostou da refeição. Quanto melhor Angela cozinhava, mais irritada
ela ficava.
Ela se sentia superada em tudo.
“Querida, não quero dormir sozinha esta noite. Você pode ficar comigo, por favor?”
*Se eu chutar você sem querer, vai ser tarde demais para chorar.” – Felipe respondeu com frieza.
Leila se sentiu despenteada pelo vento: “Mas eu tenho medo de ficar sozinha.”
“Deixe o segurança ficar com você” – disse Felipe.
No fundo, Leila estava furiosa, certa de que Angela estava rindo dela às escondidas, zombando dela por ter sido negligenciada,
Vitória deu um tapinha no ombro dela: “Leila, Felipe está pensando no bebê. Ele está preocupado que você possa machuca–lo em seus sonhos. O médico não disse que o melhor para uma grávida é dormir sozinha?”
Essas palavras deram a Leila uma desculpa para sair da situação.
Ela acariciou sua barriga saliente: “Eu entendo.”
Após o jantar, o céu já estava escurecendo.
Todos foram para o convés observar as estrelas.
Sem a poluição das luzes, as estrelas pareciam excepcionalmente brilhantes.
“Brilha estrelinha, quero ver você brilhar, lá no céu tão alta, como um diamante no ar.”
Galeno cantou com sua voz infantil.
Victoria percebeu que, às vezes, esse menino soava tão maduro, como um pequeno adulto, e, às vezes, ele realmente voltava a ser uma criança de três anos.
“Galeno, tire sua máscara para que a tia possa ver como você é.”
*Não posso, esta é minha máscara protetora, não posso tirá–la.”
Galeno balançou a cabeça como um boneco com mola.
Victoria começou a suar: “E no verão, você vai usá–la também? Como será o calor?”
“No verão, tenho uma máscara feita de seda fria, é muito fresca, não é quente.” – Galeno
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fez uma careta.
“Mas então nunca saberemos como você é de verdade.”– Vitória fez beicinho.