Capitulo 563
malho olhou para Galeno com um sorriso e disse: “Você é meu primeiro amigo de verdade, ninguém… ninguém nunca quis ser meu amigo antes.”
Por que?” perguntou Galeno.
“Eles acham… eles acham que eu sou estúpido.”
“Você não é burro, você é muito inteligente.”
“Eles não queriam… não queriam brincar comigo, só queriam copiar… copiar meu dever de casa, e depois havia as crianças más que ficavam implicando comigo.” – disse Ramalho, sentindo–se injustiçado.
Galeno levantou a mão e lhe deu um tapinha no ombro: “De agora em diante, vou brincar com você. Vou protegê–lo. Se alguém lhe der uma bronca, eu lhe darei uma lição“.
“Então seremos amigos para sempre.”
“Combinado, mindinho.” – Galeno estendeu o dedo mindinho.
Ramalho imitou o gesto e estendeu seu próprio mindinho: “Juro pelo mindinho, nunca o quebrei.”
Angela comprou alguns brinquedos para cada um deles e pediu ao segurança que os
colocasse no carro.
Depois, ela os levou para comer a sobremesa.
Galeno tirou de sua mochila um pequeno modelo de nave espacial
“Ramalho, fui eu que fiz, é um presente para você, de um amigo para um amigo.”
Ramalho, comovido, encheu os olhos de lágrimas: “Galeno, você é tão legal comigo, vou te considerar meu melhor amigo”
Angela pensou que a infância de Ramalho deve ter sido solitária, sem amigos. Ele tinha muita vontade de fazer amizade com outras crianças.
Para ele, ela e Felipe, Aida eram como adultos, como irmãos mais velhos, somente outras crianças poderiam ser seus verdadeiros amigos.
Quando Ramalho e Galeno quiseram ir ao banheiro, Felipe pediu ao segurança para acompanhá–los.
Ramalho tirou secretamente de sua mochila um selo com um formato estranho.
“Galeno, também quero te dar um presente.”
Ele sussurrou muito baixinho: “Este é o Selo da Morte, se alguém te incomodar, ou você encontrar uma pessoa má, é só carimbar isso nela que a Morte a levará. Você é meu
melhor amigo, por isso estou te dando.
Galeno ficou surpreso, seus olhos brilhando de curiosidade: “Mesmo? Vai ser levado
mesmo?”
“Sim. Ramalho assentiu com a cabeça.
“Você já o usou?”
“Sim.”
“A pessoa que recebe o selo morre?”
“Morre.”
Galeno não estava assustado, pelo contrário, estava animado.
“Uau, isso é incrível.”
“Eu só tenho dois, um é seu e o outro é meu, agora ninguém vai ter coragem de mexer com a gente.” – Ramalho disse: “Esse é o nosso segredo, você não pode contar para ninguém, senão vai perder o efeito.”
“Concordo, não vou contar nem para minha mãe.” – Galeno fez um gesto de silêncio e rapidamente escondeu o selo em seu bolso.
O mundo das crianças está sempre cheio de contos de fadas e fantasias, e elas acreditam nessas histórias de todo o coração.
Embora fosse uma criança prodigio, Galeno ainda era apenas um garoto de três anos com a cabeça cheia de imaginação.
Quando os dois saíram do banheiro,
viram um homem agredindo uma mulher. Ele segurava seu cabelo e a agredia com socos e chutes.
“Sua baixa, você me despreza porque eu não tenho dinheiro, você só gosta de pessoas com dinheiro, você é uma mulher interesseira. Você espera que um homem rico se interesse por você? Se você não se casar comigo, vai acabar sozinha“.
“Você ainda tem a coragem de pedir um dote de cinquenta mil? Você sabe quanto é cinquenta mil? É o sustento da minha familia inteira. Vocês estão casando ou vendendo a filha? Ainda tem a cara de pau de pedir dinheiro? Vou acabar com você, sua interesseira.”
Ele disse isso e levantou a mão para dar um tapa na mulher.
A mulher estava coberta de sangue e gritava desesperadamente.
Mas todos ao redor apenas observavam e filmavam, ninguém ousava intervir porque o homem estava armado com uma faca.
Ramalho estufou as bochechas de raiva.
“Galeno, ele é uma pessoa ruim, não é?”
“Sim, ele é.” – Galeno concordou, lembrando–se de repente do selo em seu bolso.