Capítulo 537
Aída cruzou os braços e refletiu por um momento, até que de repente bateu na mesa com força. “É possível sim, lembro que uma vez o primão voltou da casa da tia
pequena com a mão toda picada por um inseto venenoso, que até inflamou e ficou sério. A pequena tia foi muito negligente, deixando uma pessoa assim na casa do meu primão, abusando dele.”
Felipe acariciou o queixo, demonstrando preocupação. “O que me preocupa agora é que ele pode estar controlando o nosso primo mais velho em segredo. Você não disse que os animais de estimação do primo estavam morrendo de forma misteriosa? Talvez tenha sido ele, para ameaçar nosso primo a obedecê–lo.”
“Primo, sua suspeita faz todo o sentido. Esse homem deve ter segundas intenções, querendo prejudicar a pequena tia ou a família Valentim. Vou mandar alguém investigar agora mesmo.” Aída imediatamente tirou o celular do bolso e notificou os assistentes, D e E, para investigarem discretamente e a todo custo encontrar esse canalha chamado Zito.
Felipe esboçou um sorriso malicioso. “Quem diria, hein, você sendo tão jovem e já
com tantos contatos.”
Aída fez uma careta. “Primo, as aparências enganam.”
Felipe aconselhou: “Essa questão deve ser tratada em segredo, para não espantar a presa. Qualquer coisa que descobrir, me avise imediatamente.”
“Claro.” Aída acenou com a cabeça. “Fique tranquilo, eu sei o que estou fazendo.”
De longe, do meio das flores, Enzo Alves acenou para ela. “Aída, vem logo, vamos explorar o vale.”
“Ah.” Aída levantou–se e correu até ele.
Felipe também a seguiu.
Atravessando as flores, chegaram a um pequeno vale.
O riacho murmurante era tão claro que se podia ver o fundo.
“Vamos começar a aventura!” Galeno ergueu o braço com entusiasmo, adorando explorar.
“As pedras estão escorregadias, tenha cuidado.” Nilo advertiu ao lado.
Capitulo 537
A trilha estreita à frente era ladeada por rochas, permitindo a passagem de apenas
uma pessoa.
Felipe trouxe dois seguranças, um na frente e outro atrás.
Passando pelo cânion, encontraram outra área de flores.
As flores eram tão vibrantes que pareciam chamas.
No meio do caminho, avistaram uma sombra negra se movendo rapidamente em sua direção.
Felipe, rápido nos reflexos, sacou a adaga da cintura e um relâmpago prateado
cortou o ar.
A adaga cravou–se firmemente na sombra, com precisão e força.
A sombra, uma cobra venenosa, debateu–se por um momento antes de ficar imóvel.
Os duas seguranças rapidamente pegaram as crianças no colo.
Ângela se aproximou e viu que era uma serpente venenosa.
Em terrenos selvagens, com matagais, é comum encontrar cobras venenosas.
“Melhor seguirmos pelo caminho de pedras para evitar a mata.”
Felipe concordou e contornou o canteiro de flores até chegar a uma cachoeira.
A cachoeira caía como uma faixa de prata, num espetáculo majestoso.
Nilo segurou a mão de Galeno. “Mãe e pai, vamos tirar uma foto de familia.”
Aida prontamente tirou o celular do bolso. “Deixa que eu tiro para vocês.”
Os quatro posaram sob a cachoeira, e Felipe, com seu braço forte, envolveu o ombro de Ângela.
Apenas Ângela sabia que aquela estava sendo a primeira foto de família deles juntos. Seu coração se encheu de emoções.
Ela desejava tanto viver dias tranquilos, sem conspirações, sem traições, sem intrusos.
Uma vida familiar pacífica e harmoniosa.
“Vou contar até três e todos dizem ‘cheese‘.”
A voz de Aída interrompeu os pensamentos dela.
Ela sorriu levemente, iluminando seu rosto.
Aída tirou várias fotos.
A família parecia saída de um conto de fadas, toda a gente são belíssimo.
Galeno pegou seu celular. “Aída, eu te ajudo a tirar uma foto com seu tio.”
“Beleza.” Enzo Alves naturalmente segurou a mão de Aída e os dois se posicionaram diante de uma grande rocha.
Então, sentaram–se de costas um para o outro na rocha, fazendo uma pose
descolada.
Galeno sorriu com malícia: “Por que vocês não fazem um coração com as mãos?”