Capítulo 471
Essa espécie de carro, Ângela também tinha um, que lhe foi dado como parte do acordo de divórcio.
Ela se sentou deliberadamente na janela do outro lado, mantendo distância dele.
“Você… não está me seguindo secretamente, não é?”
A expressão de Felipe escureceu um pouco. Além de Justina, que a seguia todos os dias como motorista e assistente, ele também tinha arranjado outros seguranças para protegê–la discretamente.
Será que ela havia descoberto?
“Não estou interessado em sua rotina, desde que eu possa garantir sua segurança.”
Ângela tirou um rastreador que havia sido modificado por Aída: “Alguém colocou isso na minha bolsa, pensei que fosse você.”
Felipe pegou o rastreador para dar uma olhada e uma onda de frieza surgiu em seus olhos: “Quando isso foi colocado?”
Por sua pergunta, Ângela sabia que não tinha nada a ver com ele.
“Não sei, descobri hoje quando estava fazendo compras. Se não fosse por uma criança ter deixado minha bolsa cair no chão, acho que não teria notado.”
Ela falou, olhando para ele com um olhar penetrante e significativo: “Quem estaria tão interessado em me seguir?”
O olhar de Felipe ficou gradualmente sombrio, como se estivesse sendo invadido pelas trevas.
“Me dê isso.” – Ele poderia rastrear o sinal até a outra ponta e descobrir quem estava por trás disso.
Ângela sorriu com astúcia: “Pedi a um amigo que o modificasse, agora posso controlar o GPS“.
Uma sombra passou por seu belo rosto: “O Elton encontrou alguém para modificá–lo para você?”
O que mais o irritava era que, não importava o que acontecesse, ela sempre se voltava primeiro para Elton e só depois para ele.
Ângela olhou para ele com desdém: “Elton não está na Cidade do Mar, não posso ter meus próprios contatos?”
Recentemente, Elton havia sido convidado por uma emissora de TV para filmar um grande documentário cultural no ocidente e estava ocupado.
No entanto, as pessoas dele descobriram que Leila havia voltado para a Cidade Mar via País K.
Ela intencionalmente viajou por vários países e pegou vários voos para despistar.
Ele já havia enviado alguém para investigar no País K, mas ainda não havia notícias.
Uma sombra escarlate passou pelos olhos gelados de Felipe. Elton não estava lá e ela não escolheu contar a ele primeiro, quanto desconfiança isso mostrava?
Ele estendeu a mão e a puxou para si, enterrando a cabeça em seu pescoço e sugando avidamente seu doce perfume.
As sensações de formigamento e coceira a fizeram estremecer involuntariamente, tentando afastá–lo, mas o braço de aço dele era forte demais para resistir.
Ela percebeu as intenções dele e seu rosto empalideceu.
“Não exagere, não temos mais nada um com o outro, isso é assédio!”
“E daí?” – Ele puxou o casaco dela e sem cerimônia deslizou a mão sob sua blusa, apertando seu peito.
“Não!” – Ela balançou os punhos, batendo alternadamente em seus ombros, mas não conseguiu impedir o avanço dele.
“Idiota, as outras mulheres não são suficientes para você?”
Ele ainda precisava vir atrás de sua ex–mulher para desabafar?
Ele franziu a testa: “Você realmente quer que eu procure outras mulheres?”
Ela chutou a panturrilha dele: “Eu não quero, e você vai parar por isso?”
“Mesmo que você queira, eu não vou procurar, eu só quero você.” – Ele abaixou a cabeça e a beijou.
Ele se manteve casto por ela, ela tinha que “servi–lo” – bem, era seu dever, e ela não podia recusar!