Capítulo 398
Na entrada Imponente do portão de ferro da Mansão Martins, Lella esperou pacientemente até ver o segurança, que fora avisar de sua chegada, retornar.
“Desculpe, Srta. Leila, a Gabriela disse que não está recebendo visitas por esses dias.”
Leila sentiu um aperto no coração: “Eu não sou uma estranha, sou Leila, a futura nora dela.”
Mas o segurança não se importava com quem ela era Ele apenas seguia as ordens da Gabriela. “Por favor, volte para casa.”
Não tendo outra escolha, Leila ligou para Vitória Martins.
Rapidamente, Vitória Martins chegou dirigindo seu carro: “Leila, entra, eu te levo pra dentro.”
Ela estava completamente a favor de Lella assumir seu lugar, ansiosa para que Felipe se livrasse logo de Ângela Alves, aquela intrusa sem classe.
Na visão de Vitória, uma intrusa como Angela deveria ser esmagada pela nobreza de uma herdeira de familia rica, sem jamais ter a chance de se reerguer.
O que ela não esperava era que o segurança não abriria o portão.
“A Gabriela ordenou que, sem a permissão dela, a Srta. Leila não deve entrar na Mansão Martins. Se a Srta. Vitória insistir em trazê–la, então a Srta. Vitória também não poderá entrar.”
“Você…”
Vitória Martins ficou furiosa, mas sem opções, teve que pedir para Leila sair do carro e entrou sozinha para falar com a Gabriela.
Naquele momento, a Gabriela estava ouvindo música tranquila e tomando chá na sala de chá.
Ela era a única que estava a par de tudo. Felipe precisava de sua mãe para manter a ordem na familia Martins e proteger Nilo.
Embora ela não gostasse de Ângela Alves, nunca foi indecisa em assuntos importantes.
Vitória Martins entrou: “Mãe, a Leila está lá fora esperando. Por que você não quer vê–la? Você não gostava tanto dela antes?”
A Gabriela olhou para ela com desdém: “Melhor você não se envolver nisso sem pensar, Leila Já não é a mesma de antes.”
Vitória Martins fez uma careta: “Isso não importa, o que conta é que Felipe ainda a ama e quer se casar com ela. Devemos apoiar Felipe.”
“Se os nossos antepassados não tivessem discernimento, hoje quem estaria no controle da familia Martins seria Fidelia, e não eu.”
A Gabriela bateu a xícara de chá na mesa com força, assustando Vitória Martins: “Você está querendo apoiar Ângela Alves? Ela é uma vergonha, se envolvendo com Elton e manchando a reputação de Felipe. Ela não tem o direito de ser a Gabriela da família Martins.”
“Você sabe muito bem que Ângela Alves se separou de Felipe porque nossos inimigos
causaram tumulto, levando à morte de Noe. Meu coração se parte só de pensar no meu pobre neto assassinado.”
A Gabriela cobriu o peito com a mão: “Ângela Alves foi forçada a assinar os papéis de divórcio quando partiu, e ainda sofreu a dor de perder um filho. Seja lá o que ela tenha feito, é compreensível. O passado não deve ser revivido.”
Vitória não tinha pena dela, ela desprezava todas as mulheres de origem humilde que tentavam se casar com grandes famílias. E Henrique, o cego, sempre gostava dessas mulheres.
“Leila foi o primeiro amor de Felipe. Se ela não tivesse desaparecido, eles já estariam casados.”
“Você também sabe que isso foi no passado. Ela desapareceu por seis anos. Quem sabe o que aconteceu nesse tempo ou com quem ela esteve? Não seja ingênua, vendida e ainda por cima contando o dinheiro para os outros. Se você fosse pelo menos um pouco inteligente, não estaria nessa idade sendo enganada por um Henrique.”
A voz da Gabriela tornou–se severa. Antigamente, ela havia se dedicado tanto ao confronto com Fidelia que negligenciou a educação daquela filha, permitindo que ela se desviasse do caminho certo.
Vitória Martins foi repreendida pela mãe e ficou alternando entre palidez e rubor no rosto, sem ousar dizer mais nada. Ela só pôde sair, frustrada e em silêncio.
Leila a viu sair e apressou–se em sua direção. “Irmã Vitória, posso entrar para ver a Sra. Gabriela agora?”