Capítulo 318
Angela Alves e Elton retornaram à sua casa na Cidade Misteriosa.
Dudu salu voando da casa, ao encontro deles, dizendo: “Eles voltaram, eles voltaram!”
Sempre que retornavam, Galeno estendia o braço para que Dudu pousasse sobre ele.
Nilo, claro, desconhecia esse costume e, por sua natureza reservada, dificilmente teria tal calor
com um pássaro.
Dudu voou ao redor dele e depois para fora do quintal, piando incessantemente como se buscasseo jovem mestre. “Galeno, Galeno…”
Nilo sabia que o pássaro tinha descoberto seu disfarce, mas ele não ligava, quem se importaria com o que um pássaro diz?Ele entrou em casa sem mais delongas.
Angela Alves e Elton tinham preocupações demais para notar tais detalhes.
Ängela estendeu a mão e chamou Dudu de volta, prendendo–o na gaiola..
Após subirem, ela começou a arrumar as malas, enquanto os empregados ficariam para cuidar da casa.
Desta vez, ao partirem, não sabiam quando retornariam.
Este era–o lugar que podiam verdadeiramente chamar de lar.
Ela adorava a comunidade, onde os vizinhos frequentemente se reuniam e visitavam uns aos outros, especialmente durante as festividades, quando se revezavam para organizar festas, diferente da vida em Cidade Mar, onde se podia passar um ano sem conhecer os vizinhos.
Ela e Elton pegaram o vinho que guardavam para presentear os vizinhos mais próximos, despedindo–se.
“Galeno, você não quer se despedir da Janet, do Tommy e do Aron?” Eles eram os melhores amigos de Galeno.
Nilo sacudiu a cabeça. “Não é necessário, logo estaremos de volta.”
Angela Alves quis dizer algo, mas se conteve e pediu que ele fosse para o seu quarto, enquanto ela e Elton saíam com o vinho.
Depois que partiram, Nilo vagou sozinho por um tempo.
Dudu bicava a gaiola, dizendo: “Mentiroso, mentiroso, safado, safado!”
Nilo ficou frente a frente com ele e disse seriamente: “Eu não sou um mentiroso, sou o irmão do Galeno!”
Eles eram filhos da mesma mãe, portanto, irmãos.
Dudu continuou bicando a gaiola, como se quisesse desafiá–lo, “Mentiroso, mentiroso, safado,
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safado!”
Nilo franziu a testa e ameaçou: “Se continuar me xingando, não vou levá–lo para Cidade Mar para encontrar Galeno.”
Dudu pareceu entender e, assustado, fechou o bico e escondeu a cabeça sob as asas.
Não demorou para Nilo encontrar o quarto de Galeno..
Havia muitos desenhos e também modelos de casas, naves espaciais, tanques, aviões de combate… todos criados e montados por Galeno.
Parece que ele também tinha uma inteligência acima da média, como Nilo.
Quando Angela Alves voltou, Nilo já havia tomado banho e estava deitado na cama, pronto para dormir.
Ela beijou seu rosto, ele estava incomumente silencioso hoje, talvez por estar resfriado.
“Amor, está se sentindo mal em algum lugar?”
Nilo balançou a cabeça em negação.
Angela Alves checou sua testa e, notando a temperatura normal, ficou aliviada.
“Quer dormir com a mamãe hoje?”
Nilo concordou com um aceno. Desde que ele se entendia por gente, sempre dormia sozinho e gostava de sua privacidade.
Angela deitou–se ao lado dele e o envolveu em seus braços. De volta à Cidade Mar, o mais importante era proteger Galeno e manter seu rosto longe dos holofotes.
Se Felipe descobrisse que ele era Noe, com certeza o levaria embora.
Nilo encostou a cabeça no ombro dela,
O abraço da mãe era tão quente. Apesar de ser independente e forte, no fundo, ele ansiava pelo amor de sua mãe e por um lar completo com ela presente.
Como seria bom se a mãe pudesse voltar para casa, para o lado dele e do pai!
Mas, se isso acontecesse, Galeno ficaria sem mãe.
Enquanto isso, Galeno estava em um avião a caminho da Cidade Mar.
Ele estava um pouco entediado, que estranho, as pessoas no avião simplesmente não conversavam nem jogavam.
Se papai e mamãe estivessem ali, eles brincariam juntos, desenhariam e tirariam fotos… não se sentiriam entediados nem por um momento.
