Capítulo 3
Angela Alves sentiu todos os seus nervos se tensionarem de repente.
Era um assalto?–Ele era cego?
Vestindo roupas da Shopee que não custavam mais que cinquenta reais cada, como ela poderia parecer rica?
“Mano, sou pobre, não tenho um centavo no cartão e ainda estou devendo dois mil. Por favor, me deixa em paz?”
“Não diga tanto assim.”
O homem careca, com uma expressão ameaçadora, forçou–a a andar até um Honda preto estacionado ali perto.
Quando ele abriu a porta do carro para empurrá–la para dentro, uma faca afiada foi colocada em seu pescoço.
“Quer apostar quem morre primeiro?”
O careca arrepiou–se e antes que pudesse reagir, a mão que segurava a faca foi agarrada.
A pessoa aplicou tanta força que o homem gritou de dor como se estivesse sendo abatido.
Ângela Alves, aterrorizada, não se atreveu a se mover e foi passada como uma mercadoria para as mãos de um homem de preto, que a colocou dentro de um Rolls Royce prateado.
Havia um homem sentado no carro.
Sua postura esguia e rosto deslumbrante, não era outro senão Felipe.
“Martins… Sr. Martins!”
Os nervos de Ângela ficaram ainda mais tensos.
Além de não roubar dinheiro, o chefão não parecia muito mais seguro que um criminoso.
Seu rosto estava frio como gelo.
Felipe olhou friamente para o ventre ainda plano de Ângela.
“Ouvi dizer que está grávida do meu filho?”
Ele foi direto ao ponto, pegando Ângela Alves de surpresa.
“É… foi um erro médico, eu também sou vítima.”
Ela se encolheu no canto, baixando os olhos, sem ousar olhar para ele, seu olhar era assustador, como se pudesse esmagá–la.
Felipe a observou com um traço de escárnio.
Onde estava a coragem que ela teve no elevador para “seduzi–lo?”
“Já marquei consulta com o médico para fazer o aborto amanhã.”
Ah?
Ângela Alves estremeceu.
Ele queria abortar o bebê?
Sua futura esposa não queria que ela desse à luz?
Eles não estavam em acordo?
“O filho é seu, eu acatarei sua decisão.”
Ela não disse mais nada. Já que ele tinha decidido, não havia motivo para se preocupar. Na verdade, até que não era tão ruim.
Felipe estreitou seus olhos, uma nuance de cor apareceu em seu olhar, tornando–se profundamente sério.
“Você tem algum pedido?”
Ele havia enviado alguém para investigar no departamento de design da GM; essa mulher era gananciosa e valorizava muito o dinheiro. Era uma boa oportunidade para ela pedir o que quisesse, ele acreditava que ela não perderia essa chance.
Ångela Alves mordeu o lábio.
Como ela ousaria fazer exigências a ele?
Além disso, ele também era uma vítima. Se fosse para buscar compensação, seria com o hospital.
“Você não vai me demitir por causa disso, vai?”
Felipe pausou, “Eu sempre separo o pessoal do profissional.”
“Isso é bom, desde que eu possa manter meu emprego, não tenho outros pedidos.”
Ângela Alves deu uma língua para fora.
Ela havia passado por muitos dificuldades para finalmente entrar no Grupo GM; aquele trabalho era tão importante para ela quanto sua própria vida.
Felipe ficou surpreso, isso era completamente diferente do que ele havia imaginado.
Será que essa mulher havia mudado, ou estava jogando um longo. jogo?
Quando ele pensou sobre as insinuações dela no elevador, ele considerou mais provável que ela fosse calculista.
Parece que ela era uma pessoa astuta.
O carro entrou na vila nos arredores.
“Esta noite, você ficará aqui. Amanhã de manhã, levarei você ao hospital.”
“Ah.” Ângela Alves obedientemente seguiu a empregada para o andar de cima.
Ela adivinhou que ele estava preocupado que ela fugisse com o bebê, por isso a “confinou” lá.
Ela era tão tola assim?
Felipe sentou–se no sofá e tomou um gole de café.
Seu subordinado Kevin entrou.
“Sr. Felipe, o homem que sequestrou a Sra. Alves já confessou que estava agindo sob as ordens da Sra. Silva. Já trouxemos a Sra. Silva.”
Felipe já suspeitava disso.
Tina entrou chorando e gritando, sua atuação poderia rivalizar com a de uma vencedora do Oscar.
Ela planejava agir primeiro e, antes que Felipe descobrisse a verdade, matar aquela mulher. Não esperava que ele agisse antes dela.
“Felipe, eu não queria mentir para você, estava preocupada que aquela mulher fosse usar a criança para lhe chantagear, por isso pensei em controlá–la primeiro e depois lhe contar a verdade.”
Felipe mexeu o café na xícara e, com uma lentidão deliberada, disse cada palavra: “Não precisa se preocupar, amanhã, eu vou levar ela para fazer um aborto.”
Tina estremeceu violentamente. “Você vai acabar com a gravidez?”
“O que mais?” Felipe levantou uma sobrancelha, com um olhar extremamente frio.
Tina não podia acreditar, temendo que Felipe a estivesse enganando.
“Pode ser seu único filho saudável.”
O olhar de Felipe se endureceu, e uma aura intimidadora o envolveu de repente.
“Melhor faltar do que ter em excesso. Nem toda mulher tem o direito de ter um filho meu.”
Ele ergueu os olhos levemente, e um brilho frio passou pelo rosto de Tina, afiado como uma lâmina.
Tina tremeu. “Isso é bom, assim aquela mulher não vai poder lhe atormentar com a criança.”
Para ela, isso era claramente vantajoso, caso contrário, teria que encontrar uma maneira de matar aquela mulher.
Enquanto conversavam, Ângela Alves estava escondida no patamar da escada, ouvindo furtivamente.
Como alguém do seu nível, um pequeno pessoal, poderia ser
considerada importante aos olhos do chefão? Como poderia permitir que ela desse à luz seu filho?
Ela tinha consciência de sua posição, sabendo que se era um erro, deveria ser corrigido.
de carro
Na manhã seguinte, bem cedo, ela foi levada para o hospital.
Ela estava calma, mas assim que se sentou na cadeira de cirurgia e viu o bisturi afiado ao lado, começou a ficar nervosa.
O médico pegou o bisturi. “Está pronta?”
Seu coração deu um salto.
“Pronta… estou pronta.”
Engoliu em seco com força e virou–se para olhar para Felipe, sentado ao lado.-
Ele havia entrado também na sala de cirurgia, como se temesse que ela desistisse, querendo garantir que ela terminasse o procedimento.
“Senhor Martins, você pode sair, por favor? Não se preocupe, eu vou terminar a cirurgia.”
Ela ainda era virgem, pelo menos lhe dê um pouco de privacidade.
Felipe ignorou completamente o pedido dela, impávido. “Façam o exame nela.”
Que exame?
Enquanto Ângela Alves estava confusa, o médico já havia colocado o transdutor do ultrassom em sua barriga.
“Há dois sacos gestacionais, são gêmeos! Um mês e meio, os batimentos cardíacos estão normais.”
O quê?
Ela estava grávida de gêmeos?
Ângela Alves sentiu um aperto no coração e instintivamente fechou ost olhos, sem coragem de olhar para o monitor do ultrassom.
Duas pequenas vidas que iriam se perder, era inevitavelmente doloroso.
Mas Felipe observava a tela atentamente, um brilho fugaz passando pelos seus olhos.
“A cirurgia acabou, troque de roupa e venha comigo.”
На?
Ângela Alves ficou atônita, abriu os olhos e olhou para ele, com medo de ter entendido errado.
“A cirurgia… ainda não foi feita.”
Ele não deu explicações, apenas olhou para o relógio. “Você tem cinco minutos, sem enrolação.”
Ângela Alves estava confusa.
Será que ele havia mudado de ideia por serem gêmeos?
Entrando no carro, ela estava um pouco assustada, encolhida ao lado da janela, de vez em quando lançando olhares furtivos para o homem ao seu lado..
Seu rosto bonito não mostrava nenhuma emoção, como se usasse uma máscara de gelo.
Coração de chefe, como uma agulha no fundo do mar, impossível de se decifrar!
O motorista na frente se virou para relatar a Felipe, “A senhora Silval estava o tempo todo na porta da maternidade, mas nossos homens a distraíram.”
Felipe assentiu levemente. “Vamos.”
Como ele poderia realmente se livrar das crianças? Era apenas uma cortina de fumaça.
Ângela Alves não podia imaginar o que ele estava pensando, sentindo–se inquieta. “Para onde estamos indo?”
Felipe tirou um maço de papéis da pasta e passou para ela. “Assine aqui, coloque sua impressão digital.”
O que era isso?
Assim que pegou para ver, ficou muito chocada.