Capítulo 227
Angela Alves acabara de entrar no apartamento quando Felipe apareceu, trazendo um semblante carregado de nuvens sombrías.
Ele vira o carro do Elton no portão do condomínio.
“Você não ia hoje pra Vila Céu Azul cuidar da sua mãe?”
Angela Alves sentou–se no sofá, pegou uma cereja e a colocou na boca. Após saboreá–la. respondeu com um ar desinteressado: “Elton vai pros Estados Unidos amanhã. Fui à casa de praia dele para uma despedida.”
Felipe sentia uma irritação difícil de engolir ou de expressar, agitando–se em seu peito e deixando–o extremamente inquieto.
“Desde quando ele se tornou mais importante do que sua mãe?”
“Foi minha mãe que me pediu para ir. Ela sempre diz que em casa você conta com seus pais e na rua com seus amigos. Não é todo dia que se faz um amigo como o Elton; tenho que valorizar nossa amizade” – Ela falou com seriedade.
O canto da boca de Felipe se apertou e seus olhos fitaram Ângela como se estivessem disparando chamas: “Amizade? Você está me levando embora?”
Ângela engoliu, reunindo coragem para encará–lo, com um brilho desafiador nos olhos: “Por que você fica tão irritado toda vez que estou com Elton? Não me diga que está com ciúmes?”
Felipe ficou atônito por um momento, depois negou firmemente em sua mente.
Ele não gostava dela, como poderia estar com ciúmes?
A raiva era puramente porque ela ignorava suas palavras e fazia o que queria.
Ele odiava mulheres que eram muito espertas!
“Não se engane, você é minha completa antítese. Mesmo que só restasse você em todo o universo, eu não estaria interessado!”
Palavras simples, diretas e ásperas.
Com uma capacidade ofensiva e insultante imensa.
Ângela Alves sentiu o impacto dessas palavras, e sua espinha tremeu violentamente.
Na verdade, ela sabia que ele não gostava dela, mas ele vivia zombando que ela estava com ciúmes, então ela queria retaliar. Usar sua própria magia contra ele!
“O sentimento é mútuo” – ela murmurou, quase inaudível, mas Felipe ainda assim ouviu e sentiu a raiva crescer dentro de si.
“Você é insuportável!”
10-40
Capitulo 227
Ele poderia se enfurecer com ela a qualquer minuto!
Os dedos de Ângela se apertaram e suas pálpebras caíram, lançando uma sombra triste sobre suas longas pestanas.
“Talvez, depois que o bebê nascer, eu deva deixar a GM. Assim, você não terá que me ver nunca mais.”
Se Helena se tornasse a esposa do presidente, mesmo que se tornasse uma supervisora, ela não teria uma vida fácil. Melhor mudar de emprego logo.
Felipe sentiu uma estranha pontada em seu coração: “O que você está dizendo?”
Ela olhou para cima, levantando a voz: “Estou dizendo que depois que o bebê nascer, eu vou desaparecer. Vou desaparecer da sua vida, para que você não precise mais se preocupar comigo.”
Ele ficou chocado, como se algo tivesse atingido seu ponto fraco, e seu rosto empalideceu levemente!
A palavra “desaparecer” tinha se tornado um tabu para ele recentemente.
“Você não vai a lugar nenhum!”
Ele a agarrou pelos ombros quase que bruto demais e a puxou para perto, selando–a com um beijo violento.
“O quê…”
Ela perdeu a cor, confusa, tentando afastá–lo, mas os braços fortes de Felipe a envolveram, imobilizando–a completamente, deixando–a à mercê de sua invasão.
Ele nem sabia o que estava acontecendo consigo mesmo, só de pensar que ela poderia desaparecer e nunca mais ser encontrada, ele se sentia perturbado, com um medo inexplicável!
Tudo por causa daquele maldito pesadelo que teve, que o afetava profundamente! Ângela Alves começou a ficar sem ar, sua mente girando, corpo mole como água corrente.
Seu beijo era selvagem, ardente, dominador, como se quisesse engolir sua pessoa, seu coração, sua alma.
Ele tinha que admitir, beijá–la era viciante, sua pureza, seus lábios doces como a papoula mortal, uma vez tocados, era impossível se desvencilhar, e ele só queria se afundar naquele abismo sem fim.
Não se sabe quanto tempo depois o ar carregado de intimidade foi cortado por um som alto de telefone.
Era o celular de Felipe tocando.
Ele estava extremamente irritado, sem vontade de atender, mas o celular insistia.
10:40
Ele olhou para a tela, era Helena.