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Destino Cruzado Não Soltar! Capítulo 1

Capítulo 1

O médico sorriu levemente, e Ângela Alves sentiu como se tivesse ouvido a maior piada do século.

Solteira desde o berço, sem nem um namorado, que gravidez seria essa?

Não era como uma enguia capaz de reprodução assexuada, certo?

“Doutor, deve haver algum engano, eu não posso estar grávida.”

“Você não fez uma inseminação artificial no mês passado?”

O quê?

Ângela Alves quase caiu da cadeira.

Quando é que ela tinha feito uma inseminação artificial?

“Eu sou solteira, para quê faria uma inseminação artificial? Eu só fiz um exame.”

O médico olhou para ela, surpreso. “O registro médico está assim, o médico que realizou o procedimento já não trabalha mais aqui, não estou muito por dentro do caso. Se você não desejar manter a gravidez, posso agendar um procedimento de aborto para você.”

Ângela Alves sentiu como se um raio a tivesse atingido.

Meu Deus, ela estava mesmo grávida?

Na véspera, ela tinha dado todo o seu dinheiro para o tratamento médico do irmão, estava até usando o limite do cartão de crédito para comer, onde arranjaria dinheiro para um aborto?

Levantou–se e saiu do consultório cambaleando, a cabeça zumbindo.

Mal tinha saído pela porta do hospital, uma mulher a agarrou. “Você é Ângela Alves?”

Ela virou–se e estremeceu. Era a noiva do chefão da empresa, Tina Silva?

“Posso ajudar em alguma coisa?”

Tina lhe passou um cartão de visita. “Tenha o bebê, e qualquer condição que você tiver, pode falar.”

O quê?

Ela sentiu um calafrio. “Como você sabe que estou grávida?”

Tina a fitou irritada. “Não fale tanto, apenas faça o que eu disser.”

Ângela Alves como poderia não questionar? Ela não era nenhuma tola para ser manipulada assim.

“Se não me explicar direito, eu não vou aceitar.”

Tina franzia a testa, claramente frustrada, e olhou para a barriga de Ângela com um olhar sombrio.

“Para ser franca, a criança deveria ser minha. Usei um nome em inglês para registrar, que por acaso é igual ao seu, e aquele médico incompetente fez a inseminação em você por engano.”

Ângela Alves estava chocada e confusa.

Então, o pai da criança era o chefão?

Como ela poderia ter se envolvido em tal confusão monumental?

“Eu… preciso pensar.”

Como poderia tomar uma decisão tão repentinamente em uma situação dessas?

“Espero sua resposta amanhã, e se você ousar divulgar uma palavra sobre isso, estará morta.”

A mulher foi embora.

Caminhando de volta para a empresa, o coração de Ângela Alves estava emaranhado em confusão.

A oferta de Tina era tentadora.

O irmão estava doente, e as despesas médicas não tinham fim. Mas se tivesse o bebê, poderia continuar vivendo normalmente?

Ela entrou no elevador com uma expressão de preocupação.

No momento em que as portas do elevador estavam se fechando, uma figura alta e imponente entrou.

No segundo em que viu o homem, o coração de Ângela Alves deu um pulo, quase saindo do peito.

Era seu chefão, Felipe Martins!

O pai da criança que estava em sua barriga!

O mundo é pequeno?

Desde que entrou na empresa, ela só havia tido a sorte de vê–lo uma vez.

Um homem deslumbrante que causava inveja aos mortais, tão impressionante que uma única olhada era suficiente para ser lembrado por toda a vida.

“Sr. Martins, bom dia.”

Felipe, que mal a conhecia, acenou educadamente com a cabeça, com uma expressão naturalmente distante.

Ângela Alves tinha certeza de que ele ainda não sabia que seu filho tinha ido parar no lugar errado, no ventre dela, caso contrário, não estaria tão tranquiló.

Ela instintivamente tocou a barriga, confusa com a situação de estar grávida de alguém tão inesperadamente.

O clima no elevador se tornou opressivo.

Ela fixou os olhos no indicador do andar, esperando desesperadamente que chegasse logo ao seu destino.

Quando chegou ao quinquagésimo andar, o elevador começou a balançar violentamente, as luzes se apagaram e tudo ficou escuro.

Angela Alves, despreparada, perdeu o equilíbrio e caiu no chão.

“O que está acontecendo, o elevador está com defeito?”

“Fique parada.”

Felipe rapidamente se apoiou na parede interna, mantendo a calma. Ele havia enfrentado muitas adversidades e sabia como lidar com emergências.

Ele tirou o celular do bolso, prestes a acionar a lanterna, quando o elevador tremeu violentamente de novo.

Ângela Alves já estava com as pernas bambas de tanto medo quando seu corpo, sacudido, lançou–se para frente e bateu numa parede de carne.

Ela ficou tonta, tentou se levantar, mas percebeu que estava imobilizada.

A cabeça estava presa.

Entre dois “pilares” enormes!

Desesperada, ela ficou sem saber o que fazer, com a mente em branco.

Pequenas mãos tocayam freneticamente os “pilares“, sem direção, explorando em cima, embaixo, à esquerda e à direita.

Ela balançava a cabeça vigorosamente, tentando se desvencilhar, mas era em vão.

“Eu… Eu estou presa…”

O rosto de Felipe alternava estava sombrio.

Era a primeira vez que uma mulher o tocava assim, de cima a baixo.

Será que ela estava tentando seduzi–lo?

Um brilho ardente cruzou seus olhos escuros como gelo, e ele agarrou a mão dela, que o incomodava.

“Se você ousar se mexer mais uma vez, estas mãos não serão mais suas.”

Ângela Alves começou a soluçar, “Sr. Martins, eu realmente estou presa, e se hoje for o meu último dia, eu tenho um segredo para lhe contar.”

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