Switch Mode

Caminho Traçado: Meu bebê é filho do CEO Capítulo 171

Capítulo 0171

Já estava se completando quase dois meses que a bebê de Rafa havia nascido. Embora seu quadro clínico estivesse estável, Ava ainda não havia ganhado alta. Mesmo sem ir até o hospital, Ethan mantinha-se informado sobre o estado de saúde da bebê, diariamente.

Enquanto o caso de Eva ainda não estava concluído, ele havia se afastado do trabalho, mas depois que tudo foi resolvido, sentiu que já estava na hora de voltar.

Chegando no andar que dava para o seu escritório, encontrou uma mulher sentada no lugar que era de Rafaela.

que…

Bom dia, senhor Smith, sou a secretária temporária. Me chamo Fiona e estarei aqui até

Ele passou direto, a ignorando e entrando em seu escritório, fechando a porta em seguida.

Estranhamente, não gostou de ver outra pessoa ocupando o lugar de sua secretária, mesmo que fosse temporariamente.

Sentia-se estranho, mas estava sentindo a falta dela, até mesmo quando o irritava.

Sentando-se em sua mesa, observou o seu escritório totalmente arrumado. Tudo que havia quebrado naquele dia foi trocado por algo novo, inclusive o seu computador.

Estava com muito trabalho acumulado, mesmo assim, não conseguia se concentrar em nada.

Vendo que não conseguiria fazer nada naquele dia, saiu dali, com grande vontade de ver alguém específico.

Ava.

A pequena bebê dominava os seus pensamentos e fazia com que a vontade de vê-la vencesse todo o orgulho que tinha.

Graças à sua influência, pôde entrar no hospital discretamente.

Fazendo o mesmo processo de esterilização de rotina, entrou no berçário, já que a pequena havia saído da UTI neonatal.

Quando entrou no quarto, viu que a pequena Ava estava acordada e com os olhinhos abertos. O que o alegrou.

Como ela está hoje? – Perguntou para a enfermeira que cuidava dela.

Estável. Se continuar assim, irá para casa em breve.

A enfermeira notou o carinho que ele transmitia enquanto admirava a bebê. Então, o perguntou.

O senhor quer aproveitar que ela está acordada e pegá-la no colo?

Eu posso? – Perguntou animado.

Claro.

As mãos dele tremeram, quando a segurou pela primeira vez.

Sem entender nada, seus olhos começaram a encher de lágrimas, por pensar haverem lhe

Olhando-a com carinho, recebeu um pequeno sorriso.

Ela sorriu para mim, você viu?

Sim, os bebês fazem isso por reflexo

-a enfermeira explicou.

Ele não acreditou naquela história de reflexo, acreditava que Ava lhe sorriu por estar feliz com

a sua presença.

Aquela bebê não sabia, mas aquele sorriso fez com que toda a tristeza que estava em seu peito fosse embora.

– Ethan, o que faz aqui?

Sua alegria se esvaiu ao ver Rafaela entrando no quarto.

Ela o encarava com o olhar surpreso, ainda mais por vê-lo segurando a pequena bebê nos braços.

Só vim ver como ela estava – respondeu sem graça.

Sinto muito interromper, mas o número de visitas permitido nesta unidade é de apenas

uma pessoa.

Eu já estava de saída – disse ele.

Rafaela se aproximou e tirou a criança de seu colo e o viu sair dali sem dizer nada.

– Quanto tempo faz que ele está aqui? – Perguntou a enfermeira, após ele ter saído.

Há uns dez minutos.

Mesmo com a felicidade de poder estar com a filha, a cabeça de Rafa estava voltada à cena que havia presenciado.

Por que ele estava ali?

Após o horário de visita acabar, ela caminhou pelo hospital, tentando encontrá-lo, mas não o achou ali.

Do lado de fora, enquanto esperava por um táxi para ir para casa, viu o carro de Ethan se aproximar.

Entra disse ele.

Não pensou direito, e acabou fazendo o que ele pediu.

Havia muitas coisas que queria dizer e perguntar, mas sabia que não deveria ser direta, já que estava acompanhando, de fora, todas as coisas que ele passou nos últimos dias.

Ethan deu partida no carro, dirigindo pela cidade, em direção a um lugar específico.

Como você está?

perguntou, tentando iniciar uma conversa.

– Estou bem.

Sinto muito pelo que aconteceu com a sua noiva

comentou.

Não precisa dizer nada alertou. – Você, mais do que ninguém, sabe que não sou do tipo

A resposta dele a pegou de surpresa.

De qualquer forma, acho que devo expressar os meus sentimentos

concluiu.

Está mesmo triste pela morte dela? A questionou, fazendo com que ficasse sem graça.

Eu não ficaria feliz com a morte de ninguém – respondeu.

Não seja tão boazinha, Rafaela, se a Eva estivesse viva e tivesse se casado comigo, você seria a próxima vítima dela – revelou.

Ela sabia daquilo, mas não achava que seria bom concordar com ele, então ficou em silêncio.

– E você, como está? – perguntou, vendo o desconforto que a havia deixado.

Dentro do possível, estou bem.

——

Como está sendo a sua recuperação pós-parto?

– Tranquila – respondeu. – Tirando a parte de não ter a minha filha comigo.

Sinto muito, Rafa. – Foi a primeira vez que ele a chamou daquele jeito. Me sinto culpado pelo que aconteceu.

– É por isso que você estava lá, agora a pouco?

o questionou.

Ele queria mentir e dizer que sim, mas sentiu que não deveria ser tão duro.

Não é apenas por isso respondeu, sem tirar os olhos da estrada.

– Então, é por mais o quê?

– Vou te explicar quando chegarmos lá.

Para onde estamos indo?

era diferente do acostumado.

perguntou curiosa, ao ver que o percurso que estavam tomando

Quero te apresentar uma pessoa

respondeu.

Sabia que

seria perda de tempo perguntar quem era a pessoa, a quem ele iria lhe apresentar, já que Ethan não gostava de quem perguntava demais.

Após alguns minutos, os dois chegaram à entrada de um cemitério, o que a deixou totalmente

confusa.

Ele estaria ali para visitar o túmulo de Eva?

O que estamos fazendo aqui? – o questionou, vendo-o descer do carro.

Sem obter resposta, apenas o seguiu por alguns metros, até ficarem de frente a um túmulo.

Ao observar o monumento, surpreendeu-se ao ler o nome na lápide: Matteo Smith.

Pela data, percebeu que o bebê havia morrido no mesmo dia do seu nascimento.

Então, esse é o Matteo?

Sim.

O que aconteceu com ele?

perguntou.

Parando um pouco para pensar, Ethan decidiu contar sobre a história do filho.

Ele era um bebê saudável, que estava se desenvolvendo bem na barriga da mãe, mas…

A mãe dele, por conta de alguns desentendimentos, decidiu interromper a gravidez. pausou. Entendeu o que ele disse.

Quando vi a sua bebê, pequena e prematura, acabei me lembrando dele por isso, acabei visitando-a, preocupado com o estado de saúde dela.

Sinto muito

disse, sentindo uma enorme dor no peito.

continuou. E

confessou. Eu disse

Eu jamais me perdoaria, se acontecesse alguma coisa com a Ava que não gosto de crianças e que não as suporto, mas isso acontece apenas pelo fato de não me conformar que o meu filho não tenha tido as mesmas oportunidades que elas tiveram, ao

nascer.

O coração de Rafaela estava disparado, ao escutar aquela revelação vindo dele.

Quero que saiba que, quando digo isso, sobre não gostar de crianças, não estou incluindo a Ava, está me ouvindo?

Comment

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *

Options

not work with dark mode
Reset