Capítulo 90
O nome de Eduardo piscou na tela e Liliane, que um tanto cansada, atendeu o
telefonema.
Sr. Eduardo, algum problema? – Perguntou Liliane.
A voz ligeiramente fatigada de Eduardo ecoou do outro lado.
– Liliane, onde você está? – Perguntou Eduardo.
Sr. Eduardo, diga o que precisa. – Respondeu Liliane.
– Não acho que Mavis é minha irmã. Disse Eduardo, depois de permanecer em
silêncio por um tempo.
– O que isso tem a ver comigo? Disse Liliane, com frieza.
–
– Você está no Jardim Azul, certo? Perguntou Eduardo.
–
– Sim, estou. Respondeu Liliane, apática.
– Liliane, você se importaria de fazer um exame de DNA comigo? Perguntou
Eduardo.
– Sr. Eduardo, por que não fizeram o DNA com Mavis? Se já fizeram, ela é sua irmā. Por que me envolver nisso e me expor ao ridículo? Questionou Liliane, mantendo a
calma.
Não acredito que Mavis seja minha irmã. Se preferir não participar, posso
continuar investigando. Respondeu Eduardo, resignado.
Liliane, agora com dor de cabeça, não entendia a insistência de Eduardo.
Como a familia Lima poderia ser menos meticulosa na questão de reconhecer as
raizes?
Uma vez que estava confirmado, o que mais havia para negar?
Faça o que quiser, Sr. Eduardo. Não consigo te impedir, por isso não precisa falar desse assunto comigo. Não se esqueça do que prometeu, ficarei grata. Se não houver
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mais nada, vou desligar. – Disse Liliane, sem paciência.
Está bem. – Concordou Eduardo.
Ao desligar. Liliane fechou os olhos cansados.
Sabia que Mavis assumiria uma postura superior e arrogante em breve.
Sua única esperança era que os dados que obtinha fossem úteis.
Ao anoitecer, Marcela chegou ao Jardim Azul. Lucinda levou ela para cima.
Ao entrar, Marcela lançou diretamente em direção a Liliane.
– Liliane, você está tão pálida quanto um personagem da Familia Adams!
Comentou Marcela,
–
– Não me olhei no espelho. Disse Liliane, tocando o rosto instintivamente.
Marcela, se sentando na cama, observou o quarto.
Esse é o quarto do chefe? – Falou Marcela.
Sim. Assentiu Liliane, abaixando os olhos.
–
– É um milagre que você não se sente sufocada aqui! – Comentou Marcela e estalou a lingua – Exceto pelas paredes cinzas, tudo é preto.
Liliane sorriu sem graça, entregando a Marcela o leitor de baixo do travesseiro.
Quanto tempo para extrair os dados? – Perguntou Liliane.
Marcela guardou no bolso.
–
À noite. Meu amigo disse que levará cerca de três horas. – Respondeu Marcela.
– Espero que esses dados façam a diferença desta vez.-
Marcela, ansiosa, sussurrou:
– Esqueça os dados, por enquanto!
Disse Liliane.
Sussurrou Marcela, ansiosa, lançou um olhar
furtivo à porta e continuou. Tenho noticias sobre Viviane. A avó dela está no
–
hospital, eu pedi a um amigo meu que investigasse ela, sabe o que descobri? Recentemente, ela pagou quarenta mil reais em despesas médicas, quando antes eram apenas alguns milhares.
Liliane não esperava que Marcela agisse tão rapidamente.
– Parece que minha intuição estava certa. Ela está conspirando contra mim com
alguém. Comentou Liliane, abaixando os olhos.
– Tenho certeza de que o celular de Mavis tem registros de transferências. Vou te
enviar uma mensagem à noite. Prepare–se para ver ela ser desmascarada! – Disse
Marcela.
Liliane sentiu uma sensação indefinida.
Será que tudo era tão simples quanto parecia?
Com os dados em mãos, o que mais poderia dar errado?
Ela não podia imaginar, com tantos problemas recentes, talvez tivesse ficado mais
desconfiada.
– Está bem. Obrigada… Concordou Liliane.
Antes que ela pudesse terminar, a porta se abriu abruptamente.
Mavis estava parada lá.
Com um sorriso zombeteiro, olhou para Liliane na cama e Marcela ao lado.
Achei estranho lá embaixo ter mais um carro. Então é por isso, uma visita inesperada. – Comentou Mavis.
Marcela se levantou rapidamente.
– O que? Achou que fosse um homem? Invadiu para pegar no flagra? – Zombou
Marcela.