Capítulo 87
Ouvindo as palavras de William, Liliane sentiu um arrepio percorrer seu corpo.
Ela fechou os olhos, um sorriso resignado surgiu em seus lábios.
Se ela explicasse, ele acreditaria nela?
– Fale! – Gritou William, explodiu em um grito repentino..
Liliane olhou para ele com indiferença.
William, você acreditaria no que eu dissesse? Se não acreditar, minhas explicações.
serão inúteis! – Disse Liliane.
Eu não quero …
– esse tipo de conversa! Só quero que você explique! – Falou William, com os olhos começando a ficar vermelhos, quase parecia capaz de queimar Liliane com sua ira.
Com essa atitude, o que mais posso explicar? Retrucou Liliane, virou a cabeça, olhando pela janela do carro.
Ela não queria se explicar!
Trabalhando como sua secretária por três anos, se ela quisesse roubar segredos, já
teria feito!
Por que esperaria até agora?
William estendeu a mão, girando bruscamente o corpo de Liliane para encarar ele.
Ele rangou os dentes, a pressão de sua aura quase impediu Liliane de respirar.
Vou te perguntar pela última vez, vai explicar ou não? Estou te dando uma chance! Não desafie os meus limites! – Disse William, furioso.
William articulou cada palavra, sua mão apertava tão forte o braço de Liliane que
parecia prestes a quebrar.
Não desafiava os limites?
Liliane deu um sorriso frio, puxando sua mão de volta.
Ela encarou o olhar implacavel de William.
– O que quer ouvu? Que eu admita ter roubado os arquivos confidenciais da empresa, ou que isso nunca foi culpa minha? Você já me deu alguma confiança? Não foi só eu que entrei no seu escritório hoje! Mavis também! Ela passou mais tempo là do que eu por que você acha que eu sou a culpada? – Questionou Liliane.
– Então por que diabos veio me procurar? – Retrucou William, com os punhos cerrados, olhou intensamente para Liliane, sua voz ainda furiosa.
Liliane sentiu uma onda de impotência. Para essa pergunta, ela realmente não tinha uma resposta convincente.
William, eu disse, voltei apenas para pegar minhas coisas. mas sua confiança parecia fragil.
Respondeu Liliane,
– Você esta mentindo! – Disse William. Ele desferiu um soco forte no encosto do banco de Liliane, gritando com raiva. – Liliane! Por que porra é tão difícil para você
dizer a verdade?
Liliane encarou ele com incredulidade, os olhos cheios de desapontamento.
-William, sou tão indigna da sua confiança assim? – Perguntou Liliane, desapontada.
– Estou fazendo perguntas aqui! Caramba, você não tem o direito de me questionar! –
Gritou William, irritado.
– Você não sabe que quando não ha confiança, todas as minhas palavras são inúteis?
– Retrucou Liliane.
Liliane não conseguia mais se conter e gritou com William.
Ela estava cansada, realmente cansada.
Por que ela era automaticamente a culpada?
Por que suas explicações não eram aceitas?
Por fato de que ela era uma amante desprezivel?
– Não vai explicar, é isso? Então eu vou explicar para você! Você usou outras secretárias para rastrear meus movimentos e veio até o Jardim Azul inventar uma
–
desculpa para conquistar minha simpatia. No dia seguinte, você entrou na empresa!
Aproveitou o momento em que eu fui para o local e roubou os arquivos
confidenciais! Liliane! Eu não te dei dinheiro suficiente? Você se cansou da vida e
teve coragem de me trair? – Falou William, com voz sombria, contendo o desejo de
bater.
Ouvindo as acusações fervorosas de William, Liliane sentiu um aperto sufocante em
seu peito.
Ele já tinha todas as respostas, então para que mais perguntas?
Liliane deu um sorriso amargurado.
William, é assim que você me vê? Tão desprezível? Questionou Liliane.
O rosto imponente de William, de repente, relaxou a fúria, um sorriso zombeteiro.
surgindo em seus lábios.
– Suma. Gritou William.
Liliane, instintivamente, olhou para a escuridão na encosta da montanha.
Ele queria que ela saisse ali?
Por instinto, Liliane engoliu em seco, antes que pudesse reagir, ouviu o grito
histérico de William.
Eu disse para você sumir! – Repetiu William, gritando.
Liliane fungou, empurrando a porta rapidamente e saindo do carro.
No momento em que fechou a porta, o carro saiu disparadamente.
Uma curva e tudo ao redor ficava imerso na escuridão.
O vento frio entrou em seu colarinho, as densas árvores e o ambiente sombrio faziam Liliane se arrepiar.
Ela tremeu de leve, metendo a mão no bolso.
Ao tatear cuidadosamente, Liliane só então percebeu que deixou o celular no carro
de William.
Só tinha um leitor no bolso…
No carro.
William agarrou com força o volante, suas mãos mostravam veias azuis.
Ele pensou que ela estava apenas pegando suas coisas!
Ele até pensou que ela ainda tinha sentimentos por ele!
Ela estava doente e ele pediu a Lucinda para cuidar bem dela!
Quando ela estava de mau humor, ele levou ela para lá para ver a neve!
Mas ela, se aproveitando de sua compaixão, fez a coisa que ele mais odeiava!
Ele, William, nunca foi tratado assim por uma mulher!
A raiva nos olhos de William se transformava em uma intenção feroz. Ele levantou a
mão e bateu forte no volante.
Ela tinha coragem!
Descendo da encosta, Liliane caminhou na neve por duas horas.
Ao chegar ao pé da montanha, ela finalmente viu luzes não muito distantes.
Capítulo 88