Capítulo 80
“Vice–gerente Mavis, fiz o que você pediu e quanto ao dinheiro…“, perguntou a
secretéria, com cautela.
“Obrigada. Vou te dar dez mil agora, na segunda–feira, vou te ensinar o que fazer.“, respondeu Mavis.
A secretária, após receber os dez mil, deu um olhar sombrio na direção da loja de artigos para bebês.
Ela não sabia exatamente o que a vice–gerente Mavis estava planejando, mas, pela
saúde de sua avó, ela não tinha escolha senão desapontar Liliane!
Dois dias se passaram, Liliane não parou um segundo.
Tratando dos detalhes dos projetos, refinando suas ideias de design, ainda indo
procurar casas com Marcela.
Ela e Marcela já haviam discutido com cuidado isso.
Depois de um tempo de aprimoramento no exterior, era necessário ter um lugar para
chamar de lar.
Com três filhos, a distribuição adequada dos metros quadrados era crucial.
A casa não podia ser pequena demais, mas Liliane também não podia comprar uma
grande demais.
Sentada no banco do passageiro, ansiosa, Liliane olhava para as casas à sua frente.
Lili! Eu acabei de lembrar de algo! – Disse Marcela.
Marcela bateu no braço de Liliane animadamente, com os olhos brilhando.
Liliane a olhou, massageando o braço.
O que foi? – Perguntou Liliane.
– Da última vez você me disse que, depois de o Sr. William dar uma casa para Mavis,
ele também te deu uma, certo? Disse Marcela.
Liliane balançou a cabeça imediatamente.
Não pense mais nisso. O título da propriedade está no Jardim Azul e eu não trouxe
comigo. Não quero que ele me manipule no futuro, usando desculpas para afetar a
vida dos meus filhos. Recusou Liliane.
Marcela a encarou, indignada.
– Você é realmente ingênua! Aprenda algo com a falta de vergonha da Mavis, ok? –
Disse Marcela.
Liliane riu e suspirou.
Falando em Mavis, não ouvia notícias de Pablo havia um tempo.
– Aquele homem de Mavis, ainda não apareceu? – Perguntou Liliane.
– Ele desapareceu como se fosse fumaça, mas não é que não há notícias. Eu só quero
verificar antes de te contar. – Respondeu Marcela.
Liliane ajustou sua posição.
–
Diga, qual é a notícia? – Falou Liliane.
Da última vez que você mencionou Gomes, eu fiquei curiosa. Desde que comecei a seguir Mavis, sempre foi o mesmo homem. Então, por precaução, pedi a alguns amigos nos escritórios que procurassem por Pablo Gomes. Adivinha o que descobri? Eu vi fotos dele e esse Pablo é o Gomes! O nome dele é Pablo Gomes! Só que ele
desapareceu sem deixar rastros! Explicou Marcela.
Liliane ficou surpresa. Pablo Gomes…
Esse alguém estava sem noticias, ou estava escondendo sua localização de propósito, ou simplesmente não existia mais.
Liliane franzia a testa.
– Você tem algum hacker entre as pessoas que você pediu ajuda? – Pediu Liliane.
– Sim, tenho, mas eles têm habilidades técnicas limitadas. Se a investigação for mais profunda, pode não dar certo. Disse Marcela.
E quanto a verificar registros de chamadas e transferências bancárias? – Continuou Liliane.
Você quer dizer verificar Mavis? Marcela franzindo a testa, acrescentou.
Aguarde, vou fazer uma ligação!
Depois de fazer a ligação, Marcela olhou para Liliane,
-Se você puder conseguir o chip do celular da Mavis e usar um leitor para acessar os dados, ainda há esperança. Disse Marcela.
A expressão de Liliane ficou sombria, parecia que esta tarefa era meio complicada.
Se ela quisesse se aproximar de Mavis, passar um tempo com ela, provavelmente só poderia fazer isso no Jardim Azul.
Liliane soltou um respiro fundo.
Posso ir agora procurar seu amigo para pegar o leitor? Perguntou Liliane.
Claro que sim! – Respondeu Marcela.
–
A noite, às oito.
Liliane voltou para casa e se sentou no sofá, olhando para o leitor,
como um pen drive..
e era grande
Para ir ao Jardim Azul, ela precisaria que William a levasse para não levantar
suspeitas de Mavis.
Liliane ponderou por um momento, depois pegou o celular e abriu o WhatsApp.
Ao olhar para a foto de perfil de William, Liliane respirou.
Ela só podía usar isso para obter evidências! Não conseguiria permitir que um
assassino vivesse uma vida despreocupada!
Liliane enviou a mensagem.
“Sr. William, esqueci algumas coisas no Jardim Azul, você estaria livre amanhã à
3/5
noite?”
William, que tinha acabado de encerrar uma videoconferência, notou a vibração do celular.
Ao ver a tela com o nome de Liliane, seu olhar escureceu, pegando imediatamente o celular.
Ao ler o conteúdo da mensagem, sua expressão ficou ainda mais sombría.
“Vou pedir a Jorge que vá buscar você.”
Após enviar a mensagem, William jogou o celular com impaciência sobre a mesa.
Ela tinha procurado ele para pegar suas coisasr!–
Caso contrário, ela provavelmente nunca procuraria ele!
Ao ver a resposta de William, Liliane soltou um suspiro de alivio.
Pegar as coisas era apenas uma desculpa, afinal. Seu verdadeiro objetivo era morar no Jardim Azul.
Na noite de segunda–feira, Jorge foi buscar Liliane de carro.
Ao chegar no Jardim Azul, Liliane entrou na mansão e viu Mavis semi–reclinada no
sofá, comendo frutas.
Ouviu um barulho na entrada, Mavis se endireitou, seu rosto mudou num instante ao
ver Liliane.
Prestes a explodir, ela ouviu passos vindo de cima.
Toda a raiva de Mavis ficou presa na garganta ao ver aquela mulher.
Ela se levantou e foi até Liliane.
– O que você está fazendo aqui? – Perguntou Mavis, em voz baixa.
Procurando diversão com você. Está se sentindo feliz? – Respondeu Liliane, com
um sorriso irônico.
Mavis arregalou os olhos, ao perceber William pelo canto de olho, imediatamente
suavizou seu olhar.
– Liliane, deve estar frio lá fora. Entre logo. Disse Mavis.