Capítulo 60
Liliane retirou a mão de Beatriz da palma de sua mão.
– Srta. Lima, suas informações não estão atualizadas. A mulher ao lado de William. não sou eu, mas a vice–gerente do setor de design de vestimentas da empresa deles, Mavis. Se você quer confrontar alguém, confronte Mavis, não eu. Disse Liliane.
–
Quem? – Perguntou Beatriz, surpresa.
Mavis. Repetiu Liliane, para evitar complicações.
Como isso pode acontecer? Como William encontrou outra mulher? Murmurou Beatriz, com o rosto dolorido num instante, olhou com raiva para Liliane de repente, acrescentou. Sua vagabunda, você está me enganando? William não é esse tipo de
pessoa.
Liliane ficou sem palavras.
“Abrir e fechar a boca é fácil, vagabunda, será que acha que eu não tenho tempetamento?” – Pensava Liliane.
Srta. Lima, se você realmente gosta tanto do William, por que não fala com Mavis e a convence a sair? Ah, a propósito, a reputação de Mavis não é das melhores, tenha cuidado para não ser intimidada por ela. Disse Liliane, sorrindo com desdém.
– E se você estiver me enganando? Questionou Beatriz, confusa.
– Não vai demorar muito para que eles fiquem noivos. Você pode esperar para ver se
estou mentindo. Disse Liliane, calculando o tempo mentalmente.
Noivado? Beatriz exclamou, chocada. Você está dizendo que aquela mulher de
má índole vai noivar com William?
Percebendo a raiva crescente em Beatriz, Liliane provocou com um sorriso de
escárnio.
Enquanto Beatriz estava distraída, ela encontrou uma oportunidade para sair.
Ao entrar no táxi, finalmente relaxou.
Ela mandou uma mensagem para Marcela
“A sua parte está em andamento?”
Minutos depois, Marcela respondeu.
“Começamos ontem, mas infelizmente, a pessoa não apareceu.”
Liliane franziu a testa. Parecia que não seria tão fácil quanto ela pensava.
Antes de guardar o celular, uma mensagem de um número desconhecido apareceu.
“Liliane, desculpe, minha prima está causando problemas novamente.”
Liliane, olhando para o número, percebeu que era o mesmo que Eduardo passou para
ela alguns dias atrás.
“Não faz nada, você está livre esta noite?” – Respondeu Liliane.
“Se for para jantar, estou livre.” Disse Eduardo.
“Que tal o Restaurante Gostoso na Rua do Rio, em meia hora?” – Sugeriu Liliane.
“Ótimo, até lá.” – Concordou Eduardo.
Ao guardar o celular, Liliane instruiu o motorista a seguir para a Rua do Rio.
Vinte minutos depois, Liliane chegou primeiro ao Restaurante Gostoso.
O local era conhecido pelo sabor incomparável de seus bifes, embora os preços fossem igualmente elevados.
Mesmo que Liliane sentisse um aperto no coração ao gastar dinheiro, ela sabia que. não podia economizar ao levar Eduardo para jantar.
Ao entrar, ela solicitou uma sala privada ao garçom e enviou o número para Eduardo.
Em pouco tempo, ele apareceu, vestindo roupas casuais, com uma aura calorosa e
amigável.
– Sr. Eduardo, foi uma coincidência você chegar ao restaurante agora? – Brincou
Liliane.
Recebi sua mensagem assim que entrei. – Disse Eduardo, sorrindo de leve ao se sentar.
– Obrigada pelas duas vezes que me levou para oferecer a carona. Este jantar é um agradecimento. Agradeceu Liliane, passando o cardápio para ele.
Isso parece mais uma tentativa de esclarecer as coisas. Disse Eduardo, resignado. Liliane hesitou ao levantar o copo d’água. Na verdade, era isso mesmo.
Ele era uma pessoa de alta posição, enquanto ela era apenas uma trabalhadora
comum.
Pessoas com diferenças sociais tão marcantes geralmente não se tornavam amigas. – Sr. Eduardo é uma pessoa perspicaz. Algumas coisas não precisam ser ditas tão claramente. – Respondeu Liliane, tomando um gole d’água.
–
Não entendi muito bem. Respondeu ele de maneira direta. Acho que podemos ser amigos.
Liliane ficou surpresa, olhando para ele.
– Não me entenda mal. Quero dizer amizade genuína. Não importa a posição social, todos são iguais aos meus olhos. Liliane, você é talentosa e não precisa se rebaixar. Continuou Eduardo, com olhos gentis.
As palavras positivas de Eduardo tocaram Liliane de maneira inesperada.
Depois de três encontros, ela percebeu que ele era alguém sem pretensões e amigável, uma raridade entre os jovens de alta sociedade.
Liliane sorriu de leve, optando por não dizer mais nada.
Depois de terminarem a refeição, Liliane se preparou para pagar a conta, mas o garçom informou que Eduartdo já havia pago.
– Isso me deixa desconfortável, afinal, fui eu que o convidou. Disse Liliane, se
sentindo constrangida.
– Na próxima vez, eu deixo você pagar. – Disse Eduardo, não se importando.
Liliane concordou, saindo da sala junto com Eduardo.
No entanto, ao saírem, se depararam com William e Mavis.
Ao ver o rosto imponente e refinado de William, Liliane sentiu uma confusão súbita.
Que coincidência, Liliane. Você também está aqui para um encontro? Perguntou
Mavis, sorrindo.