Capítulo 472
Você ainda se lembra do Enzo, certo?
William ficou em silêncio, por um momento, antes de perguntar:
Quém?
O segurança que esteve ao seu lado por vários anos, você demitiu ele há cinco anos, ele se chama Enzo! Não me diga que você esqueceu! – Explicou Liliane.
– Não tenho ideia. – William respondeu. Se você tem algo importante a dizer, diga logo. Não tenho tempo para discutir sobre pessoas irrelevantes com você.
Liliane deu um sorriso irônico.
– Você está evitando algo?
O que eu precisaria evitar? – William perguntou confuso.
Então não foi você quem mandou Enzo bater no Carlos? – Liliane perguntou diretamente.
A expressão de William ficou sombria num instante.
– Onde você está?
– Você acha que eu iria querer te ver?
– Se quiser saber sobre isso, podemos conversar pessoalmente, caso contrário, não me incomode! – William disse, então desligou o telefone.
Liliane olhou para a tela do celular, frustrada por não conseguir dizer o que queria.
O que ele quis dizer com isso? Será que realmente foi ele? Por isso queria explicar pessoalmente? Por que complicar tanto uma simples conversa pelo telefone?
Liliane ficou furiosa. Ela mudou para o aplicativo de mensagens e mandou uma mensagem para William.
“Onde você está? Estou indo te encontrar!”
William respondeu rapidamente.
“Nos encontraremos no Jardim Azul.”
Depois de responder, William entrou no quarto de hospital, dizendo para Vinícius:
Vou até a casa buscar o computador do Breno e trocar de roupa.
Vinícius assentiu repetidamente.
Não tem problema se você não voltar esta noite, temos enfermeiras aqui e eu. Vá descansar um pouco.
William olhou fundo para Breno, já adormecido na cama, e saiu.
hesab
Meia hora depois.
Liliane chegou ao Jardim Azuil.
Ao entrar na casa, a empregada avisou ela:
– O Sr. William pediu para você subir e encontrar ele, ele está no quart
quarto.
Liliane agradeceu e subiu as escadas em direção ao segundo andar. Chegando à porta do quarto de William, Liliane bateu de leve.
A voz rouca de William veio de dentro do quarto:
– Entre.
Liliane não estava muito disposta a entrar, então disse:
– Você pode sair para conversarmos?
A voz de William soou um pouco sombria:
– Não vou repetir.
Liliane apertou os dentes e empurrou a porta.
Assim que entrou, viu um homem de roupão, com os cabelos ainda molhados, na sua frente.
Liliane desviou o olhar imediatamente.
– Você deveria se trocar primeiro.
Por quê? – William tinha um tom zombeteiro nos olhos. – Você acha que estou tramando algo contra você?
Liliane apertou as mãos e, relutante, foi até o sofá ao lado de William.
Sentada, Liliane foi direto ao ponto:
– Você pode explicar agora? Preciso voltar para o hospital.
William a encarou, dizendo:
– Você está assumindo que eu estou por trás disso só porque um segurança que demiti está envolvido?
–
– Você acha que há tantas coincidências no mundo? – Liliane retrucou friamente. É uma coincidência que o motorista que bateu no Carlos seja o segurança que você demitiu?
– Como você mesma disse, ele foi demitido por mim há cinco anos. Se eu quisesse lidar com Carlos, por que iria me incomodar em envolver alguém do meu passado? Poderia ter usado alguém ao meu alcance ou até mesmo uma pessoa desconhecida para você, assim evitaria qualquer complicação para mim.
– Lembra da situação da Lucinda? – Liliane zombou. – Aquela equipe médica era sua.
O rosto de William escureceu.
– Liliane, não quero me explicar mais sobre isso com você!
– Você não está explicando porque está se sentindo culpado? – Liliane riu com frieza. – Então, você está usando o mesmo truque de sempre, achando que eu não vou desconfiar!
O olhar de William se tornou frio, toda a pressão e irritação acumuladas naqueles dias foram desencadeadas pelas palavras de Liliane.
+15 B
– Liliane, o acidente de Carlos não tem nada a ver comigo! Eu não teria tempo para envolve um ex–segurança em algo assim! E sobre Lucinda, você esteve ao meu lado por três anos, quando você me viu fazer algo tão estúpido? Você acha que eu iria me expor só para prejudicar uma pessoa?