Capítulo 45
O rosto de Fátima se contraiu, sua respiração acelerou de raiva.
– Impossível! Isso é difamação! Eu posso te processar! – Comentou Fátima, com fúria.
Mavis, fingindo indignação, se levantou e disse:
Sra. Fátima, se não acredita em mim, pode ligar para Liliane! A palavra está com você. Deixe Liliane resolver seus próprios problemas!
Dito isso, Mavis saiu do quarto com saltos altos. Enquanto isso, Fátima, inquieta, ficou inundada pelas palavras de Mavis.
Quanto mais pensava, mais ela
pegar o celular e ligar para Liliane.
conseguia conter a dúvida e a raiva. Decidiu
Enquanto isso, no quarto do Jardim Azul, o clima estava romântico.
O celular vibrou, fazendo Liliane olhar para a mesa de cabeceira. Ela deu um tapinha no peito de William.
–
Meu celular está tocando… Ah… Falou Liliane.
Antes que pudesse terminar, William se inclinou e beijou os lábios sedutores de Liliane.
Sem escolha, Liliane deixou o celular de lado.
Após o ato, ela se levantou rapidamente da cama, pegou o celular e foi em direção ao banheiro.
Ao ver várias chamadas não atendidas da mãe, Liliane teve um pressentimento ruim. Ela retornou a ligação de imediato, que foi atendida em breve.
– Lili, por que não atendeu o telefone? – Perguntou Fátima, sua voz séria soaval do outro lado.
Liliane suspirou, aliviada, mas o prazer que ainda não havia desaparecido deixou sua voz ofegante. – Mãe, eu estava tomando banho e não ouvi.
Fátima percebeu a situação e perguntou com seriedade:
– Onde você está agora?
Liliane estava prestes a responder quando a porta do banheiro foi aberta.
William entrou com uma expressão séria, perguntando:
Com quem você está falando?
No momento em que William falou, Liliane, assustada, imediatamente encerrou a ligação.
Era minha mãe, na próxima vez, pode avisar antes de entrar? Explicou. Liliane, franzindo a testa.
Por que está nervosa? – Questionou William, dando um olhar de soslaio a ela.
Liliane, segurando com firmeza o celular, não estava disposta a responder às perguntas de William. Seus olhos em forma de amêndoa estavam cheios de ansiedade.
Ela não tinha certeza se sua mãe tinha ouvido a voz de William.
William pareceu perceber a preocupação de Liliane.
–
Você tem medo de que sua mãe descubra que estamos juntos? – Perguntou William.
Não. Liliane respondeu com perturbação. – É sobre ter um homem por perto.
William se apoiou na pia, se inclinando para sussurrar em seu ouvido:
Esse homem é o Dr. Carlos? Sua mãe não teria objeções se fosse ele, certo?
Os olhos de Liliane se arregalaram.
– Minha mãe não é assim! – Rspondeu Liliane, empurrando William.
Ela estava perplexa, se perguntando o que ela havia feito com o Dr. Carlos para que ele a perseguisse tão obstinadamente.
Enquanto isso, no quarto do hospital.
O rosto de Fátima ficou pálido ao colocar o celular de volta na mesa.
Ela definitivamente não havia ouvido errado, havia a voz de um homem que veio. do lado de Liliane.
Não podia ser um namorado, se fosse, Liliane não teria escondido.
Mas se fosse aquele tipo de relacionamento…
Fátima, pensando nisso, começou a tremer.
Ela queria acreditar em Liliane, mas as despesas médicas caras e as dívidas de Nelson eram uma quantia considerável.
Fátima fechou com tristeza os olhos. Se Liliane realmente tivesse feito algo tão
Do lado de fora do quarto, Mavis estava parada na porta, ouvindo cada palavra de Fátima.
Satisfeita, cla sorriu, pegou o celular e fez uma ligação.
Quando a chamada foi atendida, ela olhou para a câmera no corredor e disse:
–
Terminei meu trabalho, agora é com você.
No dia seguinte.
Liliane foi cedo para o hospital. Parada do lado de fora do prédio da internação, ela repassou com calma as desculpas preparadas na noite anterior.
Se certificando de que não havia pistas evidentes, respirou fundo antes de entrar. Ao descer pelo elevador, no momento em que as duas portas de metal se abriram, Liliane ficou paralisada.
O elevador estava coberto com suas fotos, onde uma linha vermelha imprimia claramente uma mensagem: amante disposta a tudo por dinheiro, conquista a cama do chefe!
Uma onda de sangue parecia fluir loucamente por todo o seu corpo e Liliane se sentiu como se tivesse caído em um abismo de gelo, com um zumbido incessante nos ouvidos.
As pessoas que passavam pelo elevador, ao perceberem o cartaz, voltaram seus olhares para Liliane, expressando repulsa.
Rapidamente, o nojo se espalhou por seus rostos.
Quando as portas do elevador se fecharam devagar, Liliane pareceu se lembrar de algo.
Se virou rigidamente e correu com pressa em direção à escada.
No elevador havia cartazes, mas e se estivesse pelos corredores? E no banheiro? E quanto ao quarto de sua mãe?
Liliane estava quase sem ar, suportando a dor no peito. Ignorando tudo, ela correu para o terceiro andar, onde a ala de oncologia estava localizada.
Ao virar a esquina, ao ver a multidão reunida em frente à porta do quarto de sua mãe, um trovão pareceu explodir em sua mente. A multidão comentou:
Não sei como essa mãe a educou. Deixar a filha seguir por esse caminho.
– A família deles já era desorganizada, mas quem imaginaria que a filha seria ainda pior.
– Tão jovem e fazendo esse tipo de coisa. No futuro, ninguém vai querer ela.
Meu filho estava em contato com ela outro dia. Quem sabe se ela não está carregando alguma doença!
Parem com isso! Vocês não devem ficar aqui! – Uma enfermeira tentou intervir, mas os familiares dos pacientes não mostraram sinais de sair.
As vozes insultuosas se sobrepunham. Liliane, atordoada, não sabia quando chegou à porta do quarto.
Ela chegou! É ela! – Alguém na multidão gritou.
De repente, todos os olhares de desdém se voltaram para ela.
Capitulo 46