Capítulo 441
A babá olhou preocupada para ele.
-Breno, se não gosta desse caldo, eu posso trocar por outra sopa para você, tudo bem?
Breno segurou as lágrimas, seus olhos ficaram vermelhos.
– Você pode ir trabalhar, não precisa se preocupar comigo.
– Ok.
Depois de falar, a babá se virou e voltou para a cozinha para lavar a louça, enquanto Breno deixou a colher cair e correu para o banheiro.
Ao se inclinar sobre o vaso sanitário, todo o alimento recém–ingerido saiu de seu estômago.
Com o corpo pequeno tremendo, Breno se sentou ao lado do vaso sanitário.
Depois de terminar de vomitar, Breno se levantou com dificuldade, mas a dor nas pernas fez ele perder o equilíbrio e cair no chão.
Uma dor aguda veio de seus joelhos, Breno olhou para baixo, vendo que a pele de seus joelhos estava cortada e o sangue vermelho escorria.
Breno rapidamente pegou um lenço de papel e pressionou contra o ferimento sangrando, mas, mesmo depois de um tempo, o sangue não parou.
–
-Breno?
De repente, a voz da babá veio de fora do banheiro.
Estou no banheiro. – Respondeu Breno, rapidamente.
– Ok, certo.
A babá saiu e Breno olhou para o ferimento que não parava de sangrar, franzindo a testa.
Ele devia estar doente.
Com sangramento no nariz, dores por todo o corpo, sem forças e começando a ter manchas vermelhas na pele.
Se fosse isso, como ele poderia contar ao pai?
O pai pensaria que ele não estava cuidando de si mesmo? Ele pensaria que Breno não era um homem de verdade? Ou ele ficaria tão preocupado com a doença de Breno que começaria a beber e fumar?
Breno se apoiou na parede, olhando para o vazio com os olhos vazios.
Ele mal conseguia se cuidar, então como ele poderia proteger sua mãe? 1
No hospital.
Mavis estava sentada no sofá, sonolenta, enquanto acompanhava Miguel.
De repente, a porta do quarto foi aberta e uma enfermeira entrou para retirar a agulha de Miguel.
Mavis acordou e perguntou baixinho:
–
Ele está sem febre?
Está. – A enfermeira retirou a agulha e tirou uma receita do bolso para entregar a Mavis. – Esses são os remédios dele, você pode pegar na farmácia.
Mavis pegou a receita e se levantou.
– Certo.
No prédio do consultório.
Mavis subiu as escadas até o segundo andar.
Justo quando ela estava prestes a subir os degraus, ouviu a conversa de dois médicos ao lado.
– Tem certeza disso? Ele é mesmo o filho do presidente da Novitex?
Sim, eu até fiz uma pesquisa online, ele se chama Breno.
– Meu Deus, que pena. Sua família nem percebeu que ele tinha leucemia? Foi a escola que descobriu durante o exame médico?
–
Não sei, mas talvez seja melhor não discutirmos esse assunto, para evitar criticas.
Ao ouvir as palavras dos médicos, Mavis ficou paralisada no lugar.
Leucemia? Breno?
Como assim? William não sabia de nada disso?
Se ele soubesse, aqueles médicos não teriam discutido daquela forma.
Mavis soltou um riso irônico. O que estava acontecendo afinal?
Como ela acabou ouvindo sobre isso?
Ela começou a andar devagar em direção ao segundo andar, cada passo acompanhado por uma estratégia se formando em sua mente.
Até chegar ao topo da última escada, Mavis já tinha um plano completo em mente.
Se ela pudesse aproveitar essa informação que havia acabado de ouvir, não só poderia ganhar
a confiança de Miguel, mas também fazer com que ele se lembrasse de suas boas ações!
Mavis sorriu de satisfação ao entrar na farmácia para pegar os remédios.
Depois de os pegar, ela voltou para o quarto de Miguel.
Naquele momento, Miguel já estava acordado, sentado na cama e mexendo no celular.
Ao ver Mavis voltar, Miguel colocou o celular de lado.
–
Eu estava prestes a te ligar.
Mavis fechou a porta e avançou, tentando controlar a agitação em seu coração.
– Miguel, acabei de ouvir algo importante.
– O quê? – Miguel perguntou confuso. – O que foi?
Breno está com leucemia! Revelou Mavis.
–
Miguel franziiu a testa ligeiramente, seu olhar ficando sério.
– Você tem certeza?