Capítulo 437
Não demorou muito, após Liliane enviar a mensagem, Carlos ligou para ela. Carlos, preocupado, perguntou:
Por que você quer ir à família Lima? Precisa que eu vá com você? Estou preocupado que o Sr. Gilberto possa fazer algo contra você.
Ouvindo a urgência na voz de Carlos, Liliane riu.
–
–
Por que você está mais nervoso do que eu?
Com o exemplo do Sr. Guilherme, como posso ficar tranquilo?
Eu não quero envolver você nisso.
Houve um momento de silêncio do outro lado da linha antes de Carlos dizer, com voz baixa:
– Você acha que eu não sou capaz o suficiente para te proteger?
Percebendo a melancolia na voz de Carlos, Liliane sentiu um aperto no coração.
Carlos, não é isso que eu quis dizer. Estou preocupada que você também seja humilhado.
Carlos respondeu com calma e firmeza:
–
Não importa o que aconteça, estarei ao seu lado.
As palavras de Carlos amoleceram o coração de Liliane. Se sentir protegida era reconfortante.
Liliane suspirou aliviada.
–
–
Está bem, então vamos juntos no Ano Novo.
Certo, eu irei te buscar. – Concordou Carlos.
Na família Lima.
Mavis ligou para Miguel assim que acordou.
Não podia ficar sem entender o que aconteceu na noite passada, ela precisava de uma explicação.
Depois de um tempo, Miguel atendeu com uma voz rouca.
–
– Mavis.
Mavis ficou confusa e perguntou rapidamente:
– Miguel, o que aconteceu?
Miguel respondeu sern energia:
–
– Acho que, talvez
por causa de um soco e meu corpo ainda não estar totalmente recuperado, acabei tendo febre.
Mavis pulou da cama.
Onde você está? Vou te encontrar!
– Vila Norte Verde.
Uma hora depois, Mavis chegou à mansão de Miguel.
Como Miguel havia instruído os seguranças, eles não impediram ela de entrar.
Mavis entrou apressada e a empregada informou:
–
Srta. Mavis, o Sr. Miguel está lá em cima.
Em seguida, ela pressionou o botão do elevador para Mavis.
Obrigada. – Assentiu Mavis.
– De nada.
–
Mavis entrou no elevador, indo até o terceiro andar.
Assim que as portas se abriram, Mavis avistou Miguel deitado na poltrona da sala de estar. Ela se aproximou e disse:
– Miguel?
Miguel, com o punho cerrado perto dos lábios, tossiu levemente e perguntou:
Você chegou? Já comeu?
Mavis negou com a cabeça e se agachou ao lado de Miguel.
–
Ainda não, assim que soube que você não estava se sentindo bem, corri para cá. Miguel deu um sorriso gentil.
Você é tão prestativa. Vou pedir para os empregados prepararem algo para você comer. O que você quer?
Agora não é hora de comer. – A preocupação estava estampada no rosto de Mavis. – Você não deveria chamar um médico? Ou devíamos ir para o hospital?
Miguel acariciou o rosto de Mavis, mudando de assunto.
– Você está me culpando pelo que aconteceu ontem à noite?
Corando de vergonha, Mavis segurou a mão de Miguel.
―
Não, não estou te culpando. Você ainda está se recuperando.
Eu quero te compensar. – Disse Miguel
Disse Miguel com suavidade e comseus olhos fixos nos dela, como se pudesse ler sua alma.
O coração de Mavis batia forte, ela queria pular nos braços de Miguel naquele instante, mas ela sabia que não podia ceder à tentação.
Ela estava lá para cuidar dele, não para dormir com ele. Caso contrário, ela seria menosprezada por ele mais cedo ou mais tarde.
–
Vamos ver o médico primeiro e depois falamos sobre outras coisas, está bem? Para mim, sua saúde é o mais importante. – Disse Mavis.
Miguel retirou a mão.
–
Está bem, vou seguir o seu conselho.
Mavis assentiu.
Ótimo, vamos para o hospital.
À tarde.
–
Liliane foi buscar as crianças na escola. Os alunos foram levados pelos professores para as áreas designadas de suas respectivas turmas, onde os pais aguardavam eles. Liliane havia acabado de chegar à área de espera quando viu William sair de um carro. Da mesma forma, William logo avistou Liliane entre a multidão.