Capítulo 390
Eduardo subiu até o terceiro andar e, ao se dirigir à sala 303, viu Liliane debruçada sobre a mesa com a cabeça baixa em outra sala.
Ele tirou o casaco e se aproximou dela por trás, cobrindo ela com ele.
Liliane deu um pulo de susto ao sentir a presença de Eduardo e só relaxou quando viu quem era. Ela desviou o olhar, tentando esconder os olhos inchados, mas mesmo
assim Eduardo percebeu.
Lili, por que está chorando? – Perguntou Eduardo, se agachando ao lado dela.
Liliane apertou os lábios, abaixando os olhos e mentiu:
A ferida rasgou, dói tanto que me fez chorar.
Ela não queria mencionar William, caso contrário, Eduardo provavelmente correria
para confrontar ele novamente.
Eduardo franziu o cenho, enquanto disse:
– Vamos embora, vamos voltar para o hospital. Da próxima vez, não saia sem dizer
nada, não importa o motivo.
Sua voz gentil carregava um tom de comando que não aceitava recusas.
Liliane se levantou.
– Tudo bem.
Na casa da familia Lima.
Depois do jantar, Mavis arrastou Gilberto para jogar xadrez.
– Por que você está tão interessada em jogar xadrez comigo hoje? – Perguntou
Gilberto, com um sorriso./
Mavis serviu uma xícara de chá para Gilberto, dizendo com uma expressão
melancólica:
Apartamento Internacional da Serafim, não quero causar mais problemas para voce.
Gilberto ficou surpreso.
O que você está dizendo, Mavis? Temos um lugar para você aqui em casa e alguém para cuidar de você. Por que quer sair?
Mavis entregou a xícara de chá para Gilberto, enquanto disse:
Vovô, eu sou um problema.
– Onde você seria um problema? Gilberto franziu o cenho, perguntando. – Alguém
está te incomodando?
__________
Mavis balançou a cabeça rapidamente.
– Não, não, vovô, é que eu sinto que não estou fazendo o suficiente.
Gilberto ficou sério, colocando a xícara de chá de volta na mesa.
– O que está acontecendo afinal?
Mavis abaixou a cabeça, explicando:
– Vovô, desde que meu tio e sua familia voltaram, eu sinto que eles não gostam muito de mim. Meu irmão administra a empresa e eu moro aqui, parece que não há mais lugar para eles na família Lima.
Que absurdo é esse? – Disse Gilberto, franzindo o cenho. sobre você, vou lá agora mesmo!
Com isso, Gilberto se levantou, pronto para subir as escadas.
Mavis correu para segurar ele.
Se eles disseram algo
Vovô, quanto mais você fizer isso, menos eles vão gostar de mim!
– Mavis, não tenha medo deles! Enquanto eu estiver vivo, eles não se atreverão a te
incomodar.
Vovô, talvez possamos usar uma abordagem diferente para fazer com que eles
aceitem a minha presença.
Disse Mavis, com a voz baixa.
Gilberto ficou intrigado.
Qual seria o seu plano?
Um brilho de satisfação passou pelos olhos baixos de Mavis.
– Em vez de repressão, podemos oferecer benefícios à família do meu tio. Afinal, ele já saiu da empresa há algum tempo. O que você acha, vovô?
Gilberto ficou em silêncio por um momento.
Mavis, entendi o que você quer dizer. Suba lá e chame todos para descerem.
Mavis subiu obedientemente e chamou João e sua família. Sentados na sala de estar, João mal olhou para Mavis e a Sra. Lima também não parecia muito receptiva.
Gilberto observou a antipatia em seus rostos e resmungou com frieza:
– Mavis veio falar comigo em seu favor agora pouco. Acho que ela está certa. João, a partir da próxima semana, você voltará para o Grupo Lima como vice–presidente.
João e a Sra. Lima ficaram surpresos.
Você quer dizer que posso voltar para a empresa, pai? – Perguntou João.
– Mavis está certa. Fui muito rigoroso com você antes. É hora de voltar para a
empresa e fazer um bom trabalho. – Respondeu Gilberto.
João e a Sra. Lima se olharam, conscientes do esforço de Mavis para agradar eles.
Era um entendimento mútuo.
A Sra. Lima sorriu e disse:
Mavis, obrigada por isso.
Mavis deu um sorriso doce e respondeu:
– Tia, não precisa agradecer. O vovô já estava pensando em trazer o tio de volta para a empresa. Eu só dei uma ajudinha.
