Capítulo 386
Vinicius colocou a foto de volta na pasta, abaixou devagar a mão e disse:
Desculpe, não vou mais me envolver nisso.
Ele teve que pensar nas coisas sob a perspetiva de William.
Se estivesse no lugar dele, também poderia suspeitar de Marcela. Ele não conseguia
nem imaginar o quão devastador foi para William ver sua mãe naquele estado.
Com sua mãe biológica morta de forma tão brutal diante de seus olhos, ninguém
conseguiria manter a sanidade.
William fechou a gaveta e trancou, depois olhou para o relógio em seu pulso e
perguntou:
–
Você tem mais alguma coisa para dizer?
Ah, eu estava pensando em te convidar para jantar. Você vai sair? – Perguntou
Vinicius, de volta.
Compromissos. Respondeu William, pegando seu casaco. – Você pode ir.
Ah, tudo bem então.
Cinco e meia.
–
Disse Vinícius.
Liliane chegou ao Restaurante do Rio e ligou para Marcela antes de subir.
Ela queria garantir que não ficaria ocupada com compromissos até tarde e perderia a
hora de falar com os filhos.
Marcela atendeu com um tom abatid
– Lili.
Liliane percebeu a mudança de tom de Marcela e perguntou com preocupação:
O que aconteceu com você?
A voz de Marcela soou culpada:
Lill, não sei como te encarar agora. Descobri sobre a fábrica, e a fabrica de roupa
da Novitex.
Liliane respirou aliviada, pensando que algo tinha acontecido com Marcela,
Ela tentou tranquilizar ela:
– Não se preocupe, com o dinheiro da multa posso encontrar outra fábrica para lidar
com o próximo mês.
Mesmo? – Perguntou Marcela, ansiosa.
Sim, é mesmo. – Disse Liliane, com um sorriso fraco. Não se preocupe comigo. E
as crianças? Estão ao seu lado?
–
Acabaram de voltar da escola. Quer falar com eles? Disse Marcela.
Liliane olhou para o relógio, enquanto disse:
Sim, me deixe falar com eles rapidamente.
Marcela foi até as escadas e gritou para cima:
Alice, Ian, sua mãe está ligando!
Logo, a voz ansiosa das crianças veio do celular.
– Mamãe!
Alice começou a chorar. Mamãe, sinto tanto sua falta.
Ian também falou:
Mamãe, eu também sinto muito sua falta.
Liliane sentiu o coração apertado.
Meus queridos, também sinto muito a falta de vocês.
Ela nunca tinha ficado tanto tempo longe dos filhos antes e tinha dificuldade para
dormir todas as noites.
Quando você vai voltar, mamãe? – Choramingou Alice.
– Não chore, querida, estarei de volta em uma semana. – Respondeu Liliane, com
carinho
Mamãe, não se preocupe conosco. Se cuide e coma direito. – Disse lan
Liliane se sentiu reconfortada.
Sim, vou cuidar de mim. Vocês, estão obedecendo à madrinha nesses dias?
Estamos sim. – As duas crianças responderam juntas.
Liliane disse com um sorriso:
Se a madrinha não souber cozinhar, pode sair para comer o que quiserem. Eu vou
dar dinheiro para ela.
– Não precisa se preocupar com isso! Gritou Marcela, ao lado.
Liliane riu, enquanto Ian dizia:
Mamãe, não se preocupe conosco. Nós vamos aproveitar ao máximo antes de você
voltar.
–
Ei! Você, moleque, estou te aguentando há muito tempo! Gritou Marcela, irritada.
– Você não pode, madrinha ainda não casou, se não guardar dinheiro, ela vai ficar
sozinha para sempre.
Acrescentou Alice.
Liliane achou graça, de onde Alice tirou essa ideia?
Mas ouvir as risadas e brincadeiras das crianças tranquilizou ela.
Após algumas conversas, Liliane se despediu das crianças e desligou a ligação.
Depois de sair do carro, Liliane instruiu o segurança a pegar a garrafa de vinho preparada e o acompanhou até o restaurante.
Chegando à porta da sala reservada, Liliane pegou a garrafa.
– Você não precisa esperar aqui. Vá comer algo. O segurança olhou para a sala e
Liliane suspirou. Não se preocupe, eu posso lidar com isso e ainda tem garçons
aqui.
Somente então, o segurança saiu.
Liliane respirou fundo e empurrou a porta da sala reservada.
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