Capítulo 362
Liliane se levantou às pressas e correu atrás, mas os funcionários impediram ela, advertindo:
Senhora, não faça isso! É muito perigoso!
Incapaz de passar, Liliane teve que gritar na direção de Marta:
Marta, não abra a porta, apenas fique sentada aí e não se mexa!
Marta acenou com a cabeça, indicando que entendia.
Liliane continuou encarando com intensidade a cabine onde Marta estava sentada, até ser obrigada pelos funcionários a descer da plataforma.
– Mamãe. Breno não queria que Liliane ficasse muito preocupada, disse. – A vovó quer sorvete, vamos comprar.
Vendo que não havia outra opção no momento, Liliane teve que levar as crianças para comprar sorvete.
No caminho, Liliane continuava fixada na roda–gigante.
Alguns minutos depois, com a cabine onde Marta estava prestes a atingir a altura máxima, o coração de Liliane estava tenso.
Observando a cabine balançando devido ao vento, suas mãos e pés também ficaram fracos.
Não sabia se Marta estava com medo sozinha lá em cima, só esperava que ela não tocasse em nada!
Na cabine.
Marta estava sentada olhando para a vasta paisagem da Serafim e aos poucos sua mente começou a se acalmar.
Ela parecia se lembrar do homem que havia andado de roda–gigante com ela.
Ele se chamava Zeca.
Por causa do tempo, a imagem dele em sua memória estava um pouco embaçada. Marta fechou devagar os olhos, se lembrando dos gestos gentis de Zeca com ela. Durante o tempo em que ela e Zeca estavam apaixonados, eles andaram juntos na roda–gigante.
Quando a roda–gigante atingiu a altura máxima, Zeca disse a ela que queria se
casar com ela.
Mas tudo deu errado, cerca de um mês antes de Marta e Zeca ficarem nolvos, Guilherme notou ela.
Ele levou ela à força à família Gabaldo, forçando ela a se casar com ele, senão Zeca sofreria as consequências.
Ao saber disso, Zeca ficou furioso e tentou–recuperar ela da família Gabaldo.
Provocou a fúria de Guilherme, depois foi espancado até quase a morte e desapareceu sem deixar vestígios.
Com um som alto, os pensamentos de Marta foram interrompidos. Por instinto, ela olhou para o teto, onde a cabine começou a balançar violentamente.
Marta ficou atordoada por um momento.
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Em seguida, a cabine estremeceu mais duas vezes.
Marta entendeu, parecia que estava prestes a cair.
Diante da iminência da morte, Marta permaneceu calma, até mesmo um leve sorriso apareceu em seus lábios.
Ela olhou para a pequena loja de sorvetes lá embaixo.
Ela estava prestes a se despedir de Liliane e das crianças.
Marta se apoiou no parapeito da cabine, rindo enquanto fechava os olhos.
“Zeca, parece que vou te encontrar… pensou Marta.
Oh meu Deus! Olhem para isso! – Na entrada da sorveteria, um turista olhando para a roda–gigante de repente gritou.
Ao ouvir isso, Liliane, que estava limpando o rosto de Alice, se virou rapidamente. para olhar.
Ela viu uma cabine já começando a descer de maneira bastante intensa.
O sorvete nas mãos de Ian caiu no chão. Ele arregalou os olhos, tremendo, exclamando:
Mamãe, é a cabine da vovó!
Ele continuou observando, jurando que não estava enganado!
Liliane ficou tensa, nenhuma das outras cabines estava se movendo, apenas a de Marta? Antes que ela pudesse entender, a cabine de repente se moveu mais duas- vezes rapidamente.
Vai cair! Gritaram os turistas.
Não vai! Gritou Liliane, mas no momento em que suas palavras foram pronunciadas, a cabine se soltou num instante, despencando em alta velocidade.
– Vovó! – Alice largou o sorvete, correndo em direção à roda–gigante com os olhos vermelhos.
Breno e Ian correram para segurar Alice.
Alice! Perigo!
– Alice, não vá!
Um enorme som de impacto ressoou, como se tivesse batido com força no coração de Liliane!
O tempo parecia parar de repente, Liliane ficou paralisada no lugar como se fosse. feita de chumbo.
– Não! Não! Não! Vovó! – O grito dilacerante de Alice ecoou sob a roda–gigante.
