Capítulo 350
+26 BONUS
Liliane apertou a testa e disse:
– Depois de elaborarem o plano cirúrgico, me forneçam um contrato. Quando eu confirmar, vocês podem prosseguir com a cirurgia.
O médico, ao ver Liliane concordar, parecia aliviado.
– Ótimo!
Marta, parada ao lado da cama, olhou para dona Lucinda e perguntou:
Lili, esta é sua mãe?
-Não, é a dona Lucinda, que cuidava de mim antes. – Liliane respondeu, se sentando ao lado da cama.
Ela olhou melancolicamente para dona Lucinda.
– Dona Lucinda é como uma família para mim. Minha mãe biológica e minha madrasta já faleceram.
Cinco anos se passaram desde que Liliane partiu, agora que voltou, ela não teve coragem de ir ao túmulo de sua mãe. Ela temia que sua mãe a repreendesse por ser inútil, já que ainda não tinha conseguido levar os assassinos à justiça.
Se conseguisse descobrir a verdade e punir os culpados, Liliane certamente se ajoelharia diante do túmulo de sua mãe, buscando consolo para a alma dela.
Ao ver as lágrimas escorrendo pelo rosto de Liliane, Marta, preocupada, pegou um lenço para enxugar.
Liliane, surpresa, levantou os olhos. Marta já estava delicadamente acariciando o rosto frio dela.
– Lili, não chore. Embora elas não estejam mais aqui, você ainda tem a mim. Eu posso ser sua mãe, posso te tratar como uma filha. – Marta sorriu levemente.
O sorriso de Marta era gentil e puro.
Liliane, com os olhos vermelhos, não pôde deixar de se jogar nos braços de Marta.
Marta acariciou suavemente os longos cabelos de Liliane.
– Lili, não chore….
Liliane sabia que, neste momento, o coração de Marta estava puro e claro.
Às onze horas.
Liliane e Marta compraram um pouco de sopa e depois foram para a suite VIP.
William estava sentado na cama, lendo alguns documentos. Ao ver Liliane e Marta entrando juntas, ele ficou completamente atordoado.
Mãe.. – William exclamou surpreso. – Como você veio até aqui?
Marta lançou um leve sorriso para William e, em seguida, se sentou em silêncio no sofá.
Nos olhos profundos de William, passou um traço de solidão.
Era apenas quando as coisas estavam normais que ela lhe mostrava esse sorriso distante.
Observando isso, Liliane se aproximou com a sopa:
Ainda não almoçou, certo?
– Não. A voz de William estava rouca.
O coração de Liliane apertou um pouco. Marta pode não amar William, mas William a via como a sua única parente verdadeira.
– Comprei uma porção de sopa para você.
Liliane falou novamente, quebrando a atmosfera opressiva no quarto de hospital.
– Você já comeu? – William deu uma olhada.
Liliane balançou a cabeça, puxou uma cadeira e se sentou ao lado da cama, pegando uma faca de frutas para cortar uma maçã.
– Vamos comer juntos primeiro.
William levantou ligeiramente o braço e perguntou friamente:
Você acha que posso segurar algo com esta mão?
“Quer que eu te alimente, então fala diretamente! Para que rodeios!”
Liliane deixou a maçã cair com força, pegou uma tigela, a encheu de sopa e deu a William na boca.
Ela aguentou! Afinal, William a salvou!
William, irritado pelo vapor da sopa, franziu a testa descontente e olhou para Liliane.
Você quer me queimar?
Liliane apertou a colher, retirou a mão, assoprou para resfriar e depois ofereceu
+25 BONUS
novamente a William.
Desta vez, ele ficou satisfeito, abrindo os lábios finos e começando a comer.
Marta, sentada no sofá, encarava intensamente as ações dos dois.
Quanto mais ela olhava para os traços faciais de William, mais a imagem do rosto de Miguel surgia em sua mente! O rosto que lhe trouxe inúmeros pesadelos!
As mãos de Marta começaram a se cerrar, o peito subia e descia rapidamente, e a raiva nos olhos aumentou de repente.
No segundo seguinte, Marta se levantou abruptamente e se atirou em direção a
William.