Capítulo 295
William, com um olhar sombrio, foi arrancado de seus pensamentos pela voz de Liliane.
Por que minha mãe está aqui com você? – Perguntou William, em um tom sério.
Sua mãe? – Repetiu Liliane, confusa.
Então, como se algo tivesse se acendido em sua mente, Liliane rapidamente olhou para Marta. Ao comparar os olhos de William com os de Marta, percebeu a semelhança surpreendente.
Liliane ficou sem palavras, percebendo que, sem saber, estava cuidando da mãe de William durante esse tempo!
Liliane, você não acha que deve me dar uma explicação? – Perguntou William, com uma voz fria e uma expressão de raiva intensa em seus olhos.
A reação hostil de William enfureceu Liliane.
–
Você quer uma explicação de mim? Você não consegue cuidar nem mesmo da sua própria mãe e agora quer que eu explique? Você publicou algum anúncio procurando por ela? Me disse que estava procurando alguém? Marta foi uma pessoa que encontrei na rua! Ela estava com os pés machucados e sangrando! Você, incapaz de cuidar até da sua mãe biológica, por que acha que tem direito de exigir explicações de mim? – Retrucou Liliane.
Marta, ouvindo as palavras fervorosas de Liliane, se virou olhando
para atrás.
Ao ver William, após um minuto de reflexão, ela se lembrou de quem ele era, aparentemente, seu filho.
Ela se apressou a se aproximar e tentou acalmar Liliane.
– Lili, Lili, não fique zangada. Este é meu filho. – Disse Marta.
Liliane ficou sem palavras.
William, ao ouvir a explicação, aliviou um pouco sua raiva.
Liliane estava certa.
Ele nunca divulgou uma foto de sua mãe e não havia contado a ninguém que estava procurando alguém.
Como Liliane poderia saber?
A menos que ela tivesse espiado as coisas na gaveta dele.
Peço desculpas. Desculpou William, com frieza, contendo suas emoções. Então, ele se dirigiu a Marta. Mãe, você não deveria sair sozinha.
Marta, com uma expressão descontente, olhou para William.
– Embora você seja meu filho, não somos próximos. Eu queria sair para me divertir. Disse Marta.
William sentia uma dor de cabeça, sua mãe estava tendo a recorrência da doença.
Você quer sair? Posso te levar. Agora, venha comigo de volta. Persuadiu William.
Não, eu quero ficar com a Lili! Recusou Marta, sem cerimônia, até abraçou Liliane, dizendo. Lili, vamos entrar logo, não liga para ele! Ele só quer nost separar, não dá bola pra ele!
Liliane ficou em silêncio e imóvel, tentando compreender o que estava
acontecendo e se questionava sobre o que aconteceu com Marta para ela chegar a esse estado.
Teria sido algo relacionado à família Gabaldo?
Durante os três anos em que ela esteve com William, ele nunca mencionou sua mãe. Liliane, pensando que a mãe de William já tinha falecido, desconhecia completamente essa parte da vida dele.
Onde Marta esteve durante aquele periodo?
– Mãe, ela está ocupada, não sobrecarregue ela ainda mais. Disse William, com uma miriade de emoções complexas em seus olhos.
Eu não sobrecarreguei ela! – Disse Marta, encarando William com raiva. – Você tem dinheiro, dê dinheiro para a Lili! Assim ela não terá problemas!
– Está bem, vou dar dinheiro a ela, mas você precisa ir comigo. William tentou acalmar ela.
Eu disse que não vou! Por que você não entende o que eu estou dizendo? Explodiu Marta.
Mãe, você deveria voltar comigo, em vez de ficar na casa dos outros. – Insistiu William, com voz profunda.
Não me force! – Gritou Marta, se virando e correndo em direção à mansão.
William tentou seguir ela, mas Liliane bloqueou seu caminho.
Você não acha que suas ações estão tornando as coisas difíceis para a Marta?
Perguntou Liliane, encarando ele. – Ela é sua mãe, é claro, tanto moral quanto
– legalmente, deveria voltar com você. Mas, neste momento, ela claramente está à beira de um surto. Você deve dar a ela tempo para se acalmar.
Ao ouvir Liliane mencionar a possibilidade de um “surto“, William estreitou de leve os olhos.
Você sabe algo sobre a situação da minha mãe? – Questionou William.
Eu não sei nada. Eu não preciso saber nada sobre a situação atual de Marta. Você pode confiar que ela ficará aqui bem. Contratei um médico para acompanhar ela diariamente. – Respondeu Liliane, com indiferença.
