Capitulo 263
Ao ver a expressão derrotada de William, Vinicius mal podia conter a alegria.
Ele estava determinado a provocar William para que ele tivesse coragem de
reconquistar a mulher que sempre dele.
William, segurando com firmeza o contrato, tinha o rosto sombrio como se estivesse
coberto de cinzas.
Se Eduardo também tivesse uma fabrica de roupas em seu nome para ajudar ela em
emergências, Liliane teria recusado a gentileza dele?
Quando foi que William se tornou a segunda opção para os outros? Pensando nisso, ele atirou com raiva o contrato no rosto sorridente de Vinicius.
A tarde, Liliane se preparava para visitar a nova fábrica quando Nanda bateu à porta.
Sra. Liliane, há quatro pessoas lá embaixo que querem ver você, dizem ser parentes
seus. Informou Nanda.
– Parentes? – Perguntou Liliane, surpresa.
– Eles afirmam ser parentes de sua cidade natal, do lado do seu pai Nelson. –
Respondeu Nanda.
Ao ouvir esse nome distante, Liliane se sentiu atordoada por um momento.
Ela sabia que seu pai adotivo tinha uma irmã na cidade natal, mas Fátima sempre disse que aquela família não era confiável, então Liliane nunca conheceu eles.
O que eles estavam fazendo ali agora?
– Não receba eles. – Recusou Liliane, sentindo algo estranho.
– Estat
Disse Nanda.
Ela estava prestes a sair quando o telefone na mesa de Liliane tocou.
Ao atender, ouviu a voz da recepção.
–
– Sra. Liliane, há pessoas insistindo em ver você… Disse a recepção.
Antes que a recepção terminasse, o telefone foi arrancado das mãos d.
Você é Liliane, né? Perguntou uma mulher, de meia–idade, com uma voz aguda.
Não sou, você está enganada! – Respondeu Liliane.
Você é sim! É melhor você me deixar subir, senão não se surpreenda se eu chamar os repórteres! Esqueceu que foi você quem mandou seu pai para a prisão? – Ameaçou a mulher.
O que você quer afinal? – Perguntou Liliane, os dedos dela se contraíram.
– Está com medo? Então encontra pessoalmente. Deixe subir. Disse a mulher.
Liliane respirou fundo, controlando suas emoções, olhou para Nanda.
Deixe eles subir. Disse Liliane.
–
Sim, Sra. Liliane. Respondeu Nanda.
–
Em menos de cinco minutos, dois homens e uma mulher, além de uma menina de
sete ou oito anos, apareceram diante de Liliane.
O homem mais jovem, aparentando pouco mais de trinta anos, tinha uma aparência que lembrava um malandro da rua. O outro homem parecia ter cerca de cinquenta anos. Os dois entraram primeiro, começando a examinar o escritório de Liliane de
maneira curiosa.
A mulher de meia–idade tinha um rosto afiado e amargo, puxou a menina consigo e se sentou diretamente no sofá. Um olhar empolgado se espalhava por seu rosto enquanto ela tocava o sofá de couro genuíno de Liliane com suas mãos grosseiras.
Raul, olhe a qualidade desse couro no sofá! Deve valer uma boa quantia! –
Comentou a mulher.
O homem chamado Raul se aproximou e tocou.
Ah, este sofá deve custar pelo menos alguns milhares de reais. Disse Raul.
–
Assim que eles entraram, cada um começou a fazer suas próprias coisas, como se
–
Liliane fosse apenas um pedaço de ar, completamente sem se incomodar com sua
presença.
Liliane se sentou friamente em sua cadeira, observando eles se movimentarem pelo
escritório.
Sra. Liliane, eu vou sair. – Disse Nanda, depois de observar por um tempo.
Liliane assentiu. Assim que Nanda saiu, a mulher de meia–idade olhou para Liliane
de lado e avaliou ela.
Você é a filha do meu irmão, né? Eu sou sua tia, Paula! – Disse a mulher.
Liliane não disse nada, então Paula continuou apresentando
O que está usando a jaqueta vermelha de couro é meu filho mais velho, seu irmão,
Diego! Esta é minha filha mais nova, súa irmãzinha, Viviane, e seu tio, Raul!
Após a longa introdução, Liliane soltou um sorriso irônico.
– E daí? – Zombou Liliane.
Paula franziu o cenho.
O
que
“e dai“? Seu pai morreu, não tem mais ninguém para dar a nós dinheiro, então agora você, como filha, tem que ajudar, né? – Questionou Paula.
–
Eu não… – Disse Liliane.
Entendi! Agora que você está rica, olha para parentes pobres com desdém, né? – Interrompeu Paula, antes que Liliane pudesse terminar.