Capítulo 246
William limpou o sangue de seus lábios, seu rosto desarrumado ainda mantinha uma beleza fria.
– Um é meu amigo, outro é a mulher que busquei por mais de vinte anos! – Disse William.
Ele soltou um sorriso frio, seus olhos pretos, agora tingidos de vermelho, revelando uma melancolia que não podia ser ocultada.
– Beleza! – William deu um passo para trás, comentando. – Vocês dois são realmente incríveis!
Dizendo isso, ele apertou o rosto, com uma expressão tensa, saiu da mansão.
Vendo sua figura solitária e melancólica, o peito de Liliane doeu tanto que ela mal conseguia respirar.
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– Srta. Liliane, o Sr. William tem sofrido muito nos últimos cinco anos. Disse Jorge, suspirando.
Deixando essas palavras, Jorge rapidamente seguiu os passos de William.
Liliane abaixou os olhos, escondendo a tristeza e amargura em seus olhos.
Ele ainda era assim.
Ele só acreditou em seu mal–entendido, sem dar a ela a chance de se explicar.
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– Lili… – Chamou Eduardo, com feições doloridas, se levantou devagar do chão.
Liliane recuperou seus pensamentos, inspirou profundamente e ajudou Eduardo a se levantar.
– Vou cuidar desses ferimentos para você. – Disse Liliane.
Eduardo se apoiou no sofá ao lado de Liliane.
– Lili, é melhor que você não se reconcilie com ele. Ele é muito louco. – Comentou Eduardo.
Liliane não disse uma palavra, pegou o kit de primeiros socorros e se sentou ao lado de Eduardo, começando a tratar seus ferimentos.
Olhando para o rosto pálido de Liliane, Eduardo sentiu uma dor mais intensa do que nos ferimentos.
Lili… Falou Eduardo.
–
Não fale! – Interrompeu Liliane, em tom frio.
Eduardo ficou em silêncio, aguardando em silêncio enquanto Liliane aplicava os…
curativos.
Quando ela terminou de cuidar dos ferimentos, Liliane parou, mudando de
assunto.
–
– Deixa ele mal entender sobre o assunto das crianças. – Falou Liliane.
–
– Esquece, não tem pressa. – Interrompeu Liliane. – Quanto mais tentamos recuperar as crianças, mais suspeitas criaremos.
Os olhos de Liliane refletiam uma calma calculada.
No caminho para o local, ela já havia pensado claramente. Agir de forma frenética apenas daria a impressão de culpa.
Seu maior receio, na verdade, era pela segurança dos filhos.
Contudo, ela ponderava que, se Guilherme estivesse tão determinado a recuperar as crianças, por que arriscaria machucar elas?
Além disso, se William não conseguiu descobrir a verdade, por que se preocupava que Guilherme pudesse descobrir algo?
A menos que Guilherme levasse médicos e equipamentos médicos para a família Gabaldo para uma comparação direta no local.
–
As coisas sempre se revelam, Lili. Você realmente não pretende contar a ele? Talvez, depois de saber a verdade, ele não dispute a guarda das crianças com
você? – Disse Eduardo.
Eu não vou fazer suposições desse tipo! – Declarou Liliane. – Assim que William souber e se aproximar das crianças, Guilherme, com a visão afiada que tem, eventualmente saberá! Além disso, mesmo que William não busque a
guarda, não significa que Guilherme não fará!
–
Na verdade, esconder isso dele é muito injusto. – Disse Eduardo, suspirando. – Se fosse eu, também ficaria indignado, falando francamente.
– É justo para mim, então? Não esqueça que, na prisão, eu esperava ansiosamente por ele. Mas, depois de ouvir as palavras que ele disse, eu desistì completamente. Se não fosse por você, eu e as três crianças já teríamos virado pó.
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– Retrucou Liliane.
—
– Lili, essas rixas podem ser resolvidas. Ele te salvou três vezes.
–
Disse Eduardo.
– Lógico que sou grata por isso. – Zombou Liliane. – Mas eu não consigo esquecer como ele, por acreditar em outra mulher, me deixou sozinha afundando na desgraça.
Eduardo ficou em silêncio, mergulhado na contemplação.
Ele sabia que Liliane estava expondo verdades nuas e cruas.
Capítulo 247