Capítulo 220
Ok. Liliane não contestou, apenas assentiu.
Na verdade, Eduardo estava certo antes. Se não fosse pela sua falta de cautela, a situação com as crianças não teria chegado a esse ponto.
Já perguntei à polícia. Eles dizem que Heitor planejou o acidente. Ele não machucou outras crianças, apenas mirou em lan. Quem está por trás disso confessou, é a Mavis. Ela está na delegacia, mas o avô não foi ajudar ela. – Continuou
Eduardo.
Quem é essa criatura? Vou lá e acabo com ela!
Disse Kerry, indignado.
Questionou Eduardo,
– Ela agora faz parte da familia Lima. Você vai mesmo?
olhando para ele.
Kerry se engasgou por um momento. Embora fosse novo na situação, ele sabia sobre as très grandes familias da Serafim.
Enfrentar a família Lima sozinho seria como se entregar à morte.
Kerry, sem jeito, coçou o pescoço.
– Bem, sabe como é, enquanto houver vida, há esperança! Vamos planejar primeiro. –
Disse ele.
Nos olhos de Liliane, passou um frio intenso.
Ela subestimou a maldade de Mavis! Não só mexeu com Breno, agora queria usar outras pessoas para atingir lan!
Eduardo, quero ir até a delegacia. Disse Liliane, olhando com frieza para Eduardo.
– Bem, vou cuidar do lan para você. – Concordou Eduardo, depois de um breve
silêncio.
– Pode me dar uma carona? – Disse Liliane, se levantando e olhando para
Kerry.
Vamos! Respondeu Kerry.
Na delegacia.
Mavis estava impaciente na sala de interrogatório.
Ela estava lá há meio dia e seu avô ainda não havia conseguido um advogado para
ela.
Heitor, aquele idiota!
Ela pensou que um estudante no exterior teria um pouco de inteligência, mas acabou sendo burro o suficiente para contar tudo!
De repente, a porta da sala de interrogatório se abriu.
Mavis, alguém quer falar com você. Disse um policial.
Mavis ficou animada, certamente seria seu avô que mandou alguém!
Ela se levantou, indo em direção à porta, lançando um olhar de desprezo para o
policial.
– Eu disse, não saia prendendo as pessoas por aí. Pode perder seu emprego.
Zombou Mavis.
– Certo ou errado, sabemos julgar! – Respondeu o policial, com dignidade.
Mavis resmungou e saiu da sala de interrogatório.
Mas, ao invés de ver um advogado, ela se deparou com Liliane parada a certa distância, com uma expressão glacial.
Mavis deu um passo vacilante e até considerou voltar para a sala de interrogatório.
Aquela mulher louca era difícil de lidar!
Mas, por questões de dignidade, Mavis engoliu a saliva e caminhou até Liliane.
– Por que você veio… Falou Mavis.
Mas antes que ela pudesse terminar, Liliane deu um tapa forte em seu rosto.
Você é a pessoa mais leviana que já conheci. – Disse Liliane, com frieza, encarando
Mavis.
Mavis, segurando a bochecha ardente, encarou ela com raiva.
Como você se atreve a me bater na delegacia? Questionou Mavis.
– Por que não ousaria? – Zombou Liliane. – Pergunte a si mesma, a polícia ajudaria
uma criatura tão desprezivel?
– Não há evidências. Por que acha que eu machucaria seu filho? Apenas com as palavras de Heitor vai me condenar? Protestou Mavis, com olhos vermelhos de
raiva.
Você pode inventar qualquer coisa, escapar de responsabilidades legais é sua habilidade. Mas já ouviu um ditado? Suas más ações voltarão para você um dia!
Retrucou Liliane.
Dizendo isso, Liliane deu um passo em direção a Mavis.
Seus olhos sanguinários focaram em Mavis.
Mavis, lembre–se! Se voltar a prejudicar meu filho, farei você implorar por misericórdia de uma forma que nunca imaginou! – Provocou Liliane.
Mulher louca! – Mavis, aterrorizada, recuou. – Você é uma mulher louca!
Com isso, com o rosto pálido, Mavis correu para a porta da sala de interrogatório e se
trancou lá dentro.
Liliane desviou o olhar, se virando para sair da delegacia.