Capítulo 201
Ela parece ter sido vitima de violência grave, o que gerou um medo intenso de homens. Esse medo desencadeou um comportamento subconsciente de autodefesa, se transformando em raiva, levando ela a atacar homens. O diagnóstico preliminar é um transtorno mental grave causado por estresse excessivo. Eu sugiro que vocês levem ela para o hospital para tratamento. Respondeu a Dra. Daise.
– Eu não sou da família dela, não tenho o direito de tomar decisões por ela. Há outra
forma de tratamento? Disse Liliane, indecisa.
Eu poderia ficar aqui e observar ela enquanto administro medicamentos por um tempo. Mas eu te aconselharia a encontrar os familiares dela o mais rápido possível.
– Sugeriu a Dra. Daise, depois de ficar em silêncio por um momento.
– Obrigada, Dra. Daise! Eu vou dar um jeito! Por enquanto, conte comigo para o que
precisar. O dinheiro não é problema, vou tentar o meu melhor.
Agradeceu Liliane.
-Não
precisa, o Dr. Carlos já me pagou.
Disse a Dra. Daise, sorrindo.
Liliane ficou surpresa. Ele acertou tudo para ela mais uma vez?
– Vocês têm uma boa relação, hein. Brincou a Dra. Daise, olhando para Liliane.
Liliane, com o rosto corado de leve, respondeu baixinho com um “sim“.
À tarde.
Liliane levou os três pequenos para visitar Lucinda no Hospital Santa Cruz
Enquanto caminhavam em direção à ala de internação, um carro branco estaval
estacionado atrás deles.
Mavis, de dentro do carro, observava atentamente Liliane e as crianças.
Logo em seguida, ela olhou para o prédio da internação e não pode deixar de se perguntar quem será que eles estavam indo visitar?
Mavis teve uma ideia. Ela rapidamente colocou os óculos escuros, desceu do carro é
foi atrás deles.
No topo do hospital.
Alice, surpresa, admirou a enfermaria à frente.
Mamãe, que lugar bonito! Eu também quero morar aqui. Disse ela.
– Alice, isso é um hospital, não dá pra ficar morando aqui. Rápido, faz “pff” três vezes, espanta o azar. – Disse Liliane, sorrindo sem jeito.
Alice fez careta e imitou Liliane.
Liliane conduzindo os três filhos em direção ao quarto de Lucinda.
Ao ver Lucinda com a máscara de oxigênio, os grandes olhos bonitos de Alice
ficaram vermelhos num instante.
Ela correu para frente e se jogou na cama.
– Lucinda.
Chamou Alice, enquanto chorava.
Mamãe, quando Lucinda vai acordar? – Perguntou Ian, também com os olhos
vermelhos.
–
Não sei. Eu também quero que ela acorde logo. Respondeu Liliane, com emoção
contida.
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Breno não conhecia muito Lucinda, então não foi muito afetado emocionalmente.
Mamãe, não fique triste. Lucinda é uma pessoa boa, vai melhorar. Consolou ele,
baixinho.
Liliane fungou e se agachou, olhando para Breno.
– Querido, agradeço suas palavras de conforto. Lucinda está deitada na cama agora e
só restaram vocês três, meus amores. Vocês precisam ficar saudáveis e felizes. –
Disse Liliane,
Breno, pensando em seu próprio episódio de sangramento nasal, parecia um pouco
abatido.
Sim, vamos ficar. Respondeu Breno, com voz abafada.
Não muito
longe dali, Mavis, usando óculos escuros, avistou Lucinda na cama.
Entretanto, na enfermaria, além de Liliane e seus filhos, não se via nenhum familiar
de Lucinda.
Mavis deu uma risada fria. Lucinda passou por algo tão grande, Liliane estava
escondendo isso de outras pessoas?
Era Ridiculo.
Uma oportunidade tão boa foi parar nas mãos dela por pura coincidência!
Ela não podia deixar escapar uma chance tão boa de causar problemas para Liliane.
Ela pegou o elevador e desceu.
De volta ao carro, ela pegou o celular para obter informações sobre a condição de Lucinda e instruiu seus seguranças a procurarem o contato dos familiares de
Lucinda.
Logo, o número de telefone do filho de Lucinda chegou ao celular de Mavis.
Ela apertou a ligação e após alguns instantes, alguém atendeu.
– Por favor, é o Sr. Heitor? – Perguntou Mavis, com voz chorosa.
Capítulo 202