Capítulo 191
A tarde.
Liliane e o departamento de produção realizaram uma reunião, prevendo que em dez dias a primeira remessa de roupas encomendadas estaria pronta.
A estimativa surpreendeu Liliane, ultrapassando suas expectativas.
A velocidade de produção é importante, temos poucos funcionários aqui, mas não force eles a fazer horas extras. – Alertou Liliane, olhando para o diretor de produção.
Ela não saía correndo atrás só de velocidade, priorizava a qualidade das roupas e o bem–estar dos trabalhadores.
Entendi, Sra. Liliane. Seguiremos suas regras, horários normais e sem trabalho
noturno.
Respondeu o diretor.
Liliane assentiu, depois se virou para Nanda, sua recém–contratada secretária.
–
Nanda, avise o departamento de segurança para ficar atento à situação na fábrica.
durante este periodo. Não podemos descuidar. Instruiu ela.
–
Nanda, uma mulher na casa dos trinta, ostentando um corte de cabelo curto que
denotava uma firmeza evidente.
Liliane escolheu ela para ficar ao seu lado porque enxergava em seus traços sérios e sem muitos sorrisos um reflexo de seu próprio passado.
Entendido, Sra. Liliane. Respondeu Nanda, assentindo com seriedade ao ouvir as
instruções de Liliane.
Após a reunião, o horário de saída chegou.
Incerta se William iria buscar as crianças, Liliane decidiu ir primeiro à escola
infantil.
Ao sair da empresa, de repente, um carro de luxo preto estacionou à sua frente.
Jorge desceu do banco do motorista, contornou até ficar na frente de Liliane e abriu
a porta do carro.
Sita. Liliane, o St William pediu que te levasse a algum lugar. Avisou Jorge.
-Não vou. As crianças estão prestes a sair da escola, alquém precisa buscar elas.
Recusou Liliane, olhando para o homem bonito e sério no banco de trás.
– Ja organizei alguém para buscar elas. Entre no carro, vamos.
levantando os olhos.
Disse William,
Onde você está me levando? – Perguntou Liliane, franzindo a testa.
Para ver Lucinda. Respondeu William, diretamente.
Lucinda está no Hospital da Serafim. Se eu quiser ver ela, posso ir a qualquer
—
momento. Não precisa se incomodar. Disse Liliane, com um sorriso.
-Se acha que pode ver Lucinda indo ao Hospital da Serafim, vá por conta própria. –
Zombou William.
– O que você quer dizer com isso? Questionou Liliane, o sorriso dela desapareceu.
–
Literalmente, claro que você pode recusar.
pode recusar. – Respondeu William, com
calma.
– Você transferiu Lucinda para outro hospital sem minha permissão? – Disse Liliane,
ansiosa. – Você sabe que ela ainda está em perigo? Como ousa fazer isso? Se algo
acontecer com Lucinda, você vai assumir a responsabilidade?
William ficou sério, talvez aos olhos dela, ele e Mavis fossem vilões?
– Se posso fazer isso, posso garantir a segurança de Lucinda. Ir ou não, é com você. –
Disse William, com uma pontada no coração, sua voz era mais fria.
Liliane apertou as mãos. Se ela não fosse, pelo temperamento de William, ele não
diria onde Lucinda estava!
Por Lucinda, ela engoliu a raiva e entrou no carro.
Vinte minutos depois, o carro parou em frente ao Hospital Santa Cruz.
Liliane desceu, observando o imponente hospital. Em suas memórias, Serafim não tinha esse hospital.
Quando foi construído esse hospital? A qualificação dos médicos lá dentro é boa?
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Perguntou, preocupada, olhando para o homem alto ao seu lado.
William deu a ela um olhar, sem explicação, seguiu diretamente para o hospital.
Srta. Liliane, este hospital foi fundado pelo Sr. William, apenas não foi divulgado publicamente. Os médicos lá dentro foram selecionados pelo Sr. William, são os
melhores do mundo, não precisa se preocupar com a competência deles. – Explicou
Jorge, ao lado.
Ele não estava envolvido nessa área antes? Questionou Liliane, surpresa.
– Desde que o Sr. William soube da sua suposta morte, decidiu construir o hospital.
Ele acha que os médicos da Serafim são incompetentes. – Respondeu Jorge, com um
tom sério.
Liliane ficou em silêncio.
O afeto tardio não valia nada.
Capítulo 192